Capela de Nossa Senhora das Mercês / Foto: Iepha
Mariana, 21 ago. 20 / 11:30 am (ACI).- Em 5 de novembro de
2015, o rompimento das barragens Fundão e Santarém gerou um mar de lama e
causou grande destruição a Bento Rodrigues e outros distritos; mas, em meio a
tudo isso, a Capela de Nossa Senhora das Mercês resistiu e agora foi tombada em
caráter definitivo pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) de
Minas Gerais.
Em reunião on-line
no último dia 13 de agosto, o Conep foi favorável ao tombamento definitivo da
Capela de Nossa Senhora das Mercês, em Bento Rodrigues. Esse reconhecimento já
tinha sido aprovado em 2018, mas agora foi inscrito nos Livros do Tombo de
Belas Artes (II) e Patrimônio Histórico (III) do Instituto Estadual do
Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG).
“Situada em cota
elevada no povoado de Bento Rodrigues, atingido pelo rompimento da Barragem de
Fundão em 2015, a Capela das Mercês foi uma das poucas edificações não afetadas
pelo desastre”, ressalta o Iepha.
Evangelho
(Jo 1,45-51)
Naquele tempo, Filipe encontrou-se com Natanael e
disse-lhe: «Encontramos Jesus, o filho de José, de Nazaré, aquele sobre quem
escreveram Moisés, na Lei, bem como os Profetas». Natanael perguntou: «De
Nazaré pode sair algo de bom?». Filipe respondeu: «Vem e vê!». Jesus viu
Natanael que vinha ao seu encontro e declarou a respeito dele: «Este é um
verdadeiro israelita, no qual não há falsidade!». Natanael disse-lhe: «De onde
me conheces?». Jesus respondeu: «Antes que Filipe te chamasse, quando estavas
debaixo da figueira, eu te vi». Natanael exclamou: «Rabi, tu és o Filho de
Deus, tu és o Rei de Israel!». Jesus lhe respondeu: «Estás crendo só porque
falei que te vi debaixo da figueira? Verás coisas maiores que estas». E
disse-lhe ainda: «Em verdade, em verdade, vos digo: vereis o céu aberto e os
anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!».
«Vem e vê!»
Mons. Christoph BOCKAMP Vigário Regional do Opus Dei na Alemanha
(Bonn, Alemanha)
Hoje celebramos a festa do apóstolo São Bartolomeu. O evangelista São
João relata seu primeiro encontro com o Senhor com tanta vivacidade que resulta
fácil incluir-nos na cena. São diálogos de corações jovens, diretos, francos...
Divinos!
Jesus encontra a Filipe casualmente e lhe diz «Segue-me» (Jo 1,43). Pouco
depois, Filipe entusiasmado pelo encontro com Jesus Cristo, procura o seu amigo
Natanael para comunicar-lhe que —finalmente — encontrou a quem Moisés e os
profetas esperavam: «Jesus, o filho de José, de Nazaré» (Jo 1,45). A resposta
que recebe não é entusiasta, senão céptica: «De Nazaré pode sair algo de bom?»
(Jo 1,46). Em quase o mundo todo acontece algo parecido. É comum que em cada
cidade, em cada vila se pense que da cidade, da vila vizinha não pode sair nada
que valha a pena... Lá são quase todos ineptos... E vice-versa.
Mas Filipe, não se desanima. E como são amigos, não dá mais explicações, e diz:
«Vem e vê!» (Jo 1,46). Vai, e o seu primeiro encontro com Jesus é o momento da
sua vocação. O que aparentemente é uma casualidade, nos planos de Deus já fazia
tempo que estava preparado. Para Jesus, Natanael não é um desconhecido: «Antes
que Filipe te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi» (Jo
1,48). De qual figueira? Talvez tenha sido um lugar preferido de Natanael onde
acostumava se dirigir quando queria descansar, pensar, estar sozinho... Embora
sempre baixo a olhada amorosa de Deus. Como todos os homens, em todo momento.
Mas para perceber este amor infinito de Deus para cada um, para estar
consciente de que está na minha porta e chama preciso de uma voz externa, um
amigo, um “Filipe” que me diga: «Vem e vê!». Alguém que me leve ao caminho que
São Josemaria descreve assim: Procurar a Cristo; achar a Cristo; amar a Cristo.
E, a narração evangélica parece como o cumprimento da parábola do fariseu e do
publicano. (Lc 18,9-14). Humilde e sincero de coração, o publicano orava no seu
interior: «Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!»(Lc 18,13); e hoje
contemplamos como Jesus Cristo perdoa e reabilita a Zaqueu, o chefe de
publicanos de Jericó, um homem rico e influente, mas odiado e desprezado por os
vizinhos, que se sentiam extorquidos por ele:Zaqueu, desce depressa! Hoje eu
devo ficar na tua casa» (Lc 19,5).O perdão divino leva a Zaqueu a se converter;
hei aqui uma das originalidades do Evangelho: O perdão de Deus e gratuito: não
é tanto pela causa de nossa conversão que Deus nos perdoa, senão que acontece
ao contrário: A misericórdia de Deus nos move ao agradecimento e a dar uma
resposta.
Como naquela ocasião Jesus, no seu caminho a Jerusalém, passava por Jericó.
Hoje e cada dia, Jesus passa por nossa vida e nos chama por nosso nome. Zaqueu
não tinha visto nunca a Jesus, tinha ouvido falar Nele e tinha curiosidade por
saber quem era aquele mestre tão célebre. Jesus, porém, sim conhecia a Zaqueu e
as misérias da sua vida. Jesus sabia como tinha se enriquecido e como era
odiado e marginado pelos seus vizinhos; por isso, passou por Jericó para
tirá-lo desse poço. «O Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava
perdido» (Lc 19,10).
O encontro do Mestre com o publicano mudou radicalmente a vida deste último.
Depois de ter ouvido o Evangelho, pense na oportunidade que Deus lhe brinda
hoje e que você não deve desaproveitar: Jesus passa por sua vida e o chama por
seu nome, porque lhe ama e quer lhe salvar, Em que poço está preso? Assim como
Zaqueu subiu a uma arvore para ver a Jesus, sobe você agora com Jesus à arvore
da cruz e saberá quem é Ele, conhecera a imensidade do seu amor, já que
«escolhe um chefe de publicanos: Quem desesperará de si mesmo quando este
alcança a graça?» (Santo Ambrósio).
Santo do Dia: São Bartolomeu - Apóstolo
Bartolomeu também chamado Natanael foi um dos doze
primeiros apóstolos de Jesus. Bartolomeu nasceu em Caná, na Galiléia, uma
pequena aldeia a catorze quilômetros de Nazaré. Era filho do agricultor Tolmai.
No Evangelho, ele também é chamado de Natanael. Os historiadores são unânimes
em afirmar que Bartolomeu-Natanael se trata de uma só pessoa. Seu melhor amigo
era Felipe e ambos eram viajantes.
Até este seu primeiro encontro com Jesus, Bartolomeu era cético e às vezes
irônico com relação às coisas de Deus. Porém, depois de convertido, tornou-se
um dos apóstolos mais ativos e presentes na vida pública de Jesus. Mas a melhor
descrição que temos de Bartolomeu foi feita pelo próprio Mestre: "Eis um
verdadeiro israelita no qual não há fingimento" (Jo 1,47).
Ele teve o privilégio de estar ao lado de Jesus durante quase toda Sua missão
na terra. Compartilhou do Seu cotidiano, presenciou Seus milagres, ouviu Seus
ensinamentos, viu Cristo ressuscitado nas margens do lago de Tiberíades e,
finalmente, assistiu Sua ascensão ao céu. A tradição informa que Bartolomeu
pregou o evangelho na região da Armênia.
Perseguido por aqueles que não aceitavam a Boa-Nova de Cristo, Bartolomeu foi
esfolado vivo e, como não morreu, foi decapitado no ano de 51.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR)
Reflexão:
Bartolomeu
viu os prodígios operados pelo Mestre, ouviu a sua mensagem, assistiu a sua
paixão e glorificação, depois se tornou arauto da Boa Nova, aceitando com o
mesmo entusiasmo as conseqüências de um testemunho comprometido. Um verdadeiro
apóstolo, que nos inspira também ao seguimento de Jesus.
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