terça-feira, 11 de agosto de 2020

bom dia evangelho - 12. agosto. 2020

 

Bom dia evangelho

12 de agosto de 2020

Dia Litúrgico: Quarta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

São Maximiliano Kolbe e a Medalha Milagrosa / Crédito: Domínio Público / Rodripf - Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)

PARIS, 11 ago. 20 / 03:30 pm (ACI).- Enquanto a Segunda Guerra Mundial ocorria ao seu redor na Polônia, São Maximiliano Kolbe lutou pelas almas usando uma “arma”: a Medalha Milagrosa. "Mesmo que uma pessoa seja da pior espécie, se somente aceita usar a medalha, dá-lhe ... e depois reza por ela, e no momento certo se esforce para aproximá-la de sua Mãe Imaculada, para que possa recorrer a ela em todas as dificuldades e tentações”, disse Kolbe sobre a Medalha Milagrosa. “Esta é verdadeiramente a nossa arma celestial”, disse o santo, descrevendo a medalha como “uma munição com a qual um soldado fiel atinge o inimigo, ou seja, o mal, e assim resgata almas”. A Medalha Milagrosa é um sacramental inspirado na aparição mariana a Santa Catarina Labouré, em Paris, em 1830. Nossa Senhora apareceu para ela como a Imaculada Conceição, ela estava vestida de branco e de pé sobre um globo com a luz saindo de suas mãos e esmagando uma serpente sob seus pés. “Uma voz me disse: ‘Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças’”, disse Santa Catarina. Como seminarista franciscano que estudava em Roma, em 1917, Kolbe foi tocado pela história do papel que a Medalha Milagrosa desempenhou na conversão de Afonso de Ratisbona. Ratisbona era um maçom francês e ateu de ascendência judaica que recebeu a graça da conversão enquanto usava uma medalha milagrosa dada a ele por um de seus amigos católicos em Roma. A Virgem Maria apareceu a ele em 20 de janeiro de 1842, em uma capela lateral da Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, em Roma. São Maximiliano Kolbe escolheu celebrar sua primeira Missa em 29 de abril de 1918 na capela lateral de Sant'Andrea delle Fratte, onde Nossa Senhora apareceu a Ratisbona. Este último foi ordenado sacerdote jesuíta, e finalmente deixou a ordem para se mudar para Jerusalém em 1855, onde fundou um convento para irmãs da Congregação de Nossa Senhora de Sion, uma congregação fundada para “testemunhar na Igreja e no mundo que Deus continua sendo fiel em seu amor pelo povo judeu. " São Maximiliano deu a vida no lugar de um companheiro de prisão em Auschwitz, um homem que tinha mulher e filhos. Ele morreu de uma injeção de ácido carbólico (fenol) no campo de concentração, em 14 de agosto de 1941. Os oficiais nazistas incineraram o corpo do santo na festa da Assunção de Maria. Kolbe é conhecido por ser um evangelizador e missionário eficaz. Antes de se mudar para o Japão, em 1930, fez uma peregrinação à Capela da Medalha Milagrosa na Rue de Bac, em Paris. São João Paulo II recordou a visita de São Maximiliano quando rezou na capela de Paris em 1980. “Venho como peregrino, depois de todos os que vieram a esta capela a partir de há 150 anos; como todo o povo cristão que em grande número está aqui todos os dias para vos dizer a sua alegria, a sua confiança e a sua súplica. Venho como o Beato Maximiliano Kolbe: antes da sua viagem missionária ao Japão; precisamente há 50 anos, veio ele aqui procurar o vosso apoio particular para propagar aquilo a que chamou depois "A Milícia da Imaculada" e veio lançar a sua obra prodigiosa de renovação espiritual, sob o vosso patrocino, antes de dar a vida pelos seus irmãos”, disse São João Paulo II. São Maximiliano formou a Milícia da Imaculada em 1917 para "levar cada indivíduo com Maria ao Sacratíssimo Coração de Jesus". Ele pediu a todos os seus membros que usassem a Medalha Milagrosa como um sinal de sua consagração total a Maria. “Agora, nesta época da Imaculada Conceição, a Santíssima Virgem entregou à humanidade a 'Medalha Milagrosa'. Sua origem celestial foi comprovada por inúmeros milagres de cura e, particularmente, de conversão”, escreveu Kolbe. “A própria Imaculada, ao revelá-lo, prometeu muitas graças a todos aqueles que a usassem, e dado que a conversão e a santificação são graças divinas de Deus, a Medalha Milagrosa será um dos melhores meios para obter estes dons”, disse. À oração de Santa Catarina associada ao sacramental: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", Kolbe acrescentou, “e por todos os que não recorrem a Vós, especialmente pelos inimigos da Igreja e aqueles que vos recomendam. Amém”. Publicado originalmente em Catholic News Agency. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

 Oração: Concedei-nos, ó Deus, a sabedoria e o amor que inspirastes à vossa filha Santa Joana Francisca de Chantal, para que, seguindo seu exemplo de fidelidade, nos dediquemos ao vosso serviço, e vos agrademos pela fé e pelas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho (Mt 18,15-20):

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganhado o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles».

«Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! (...) Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles»

Rev. D. Pedro-José YNARAJA i Díaz
(El Montanyà, Barcelona, Espanha)

Hoje, neste breve fragmento do Evangelho, o Senhor nos ensina três importantes modos de proceder que frequentemente se ignoram.
Compreensão e advertência com o amigo ou o colega. Faça-o ver, com discrição e reservadamente («tu e ele a sós»), com claridade («vai corrigi-lo»), o seu comportamento equivocado para que acerte o seu caminho na vida. Acudir à colaboração de um amigo, se a primeira tentativa não deu certo. E, se nem assim se consegue a sua conversão e, se seu pecar escandaliza, não duvide em exercer a denúncia profética e pública, que hoje pode ser uma carta ao diretor de uma publicação, uma manifestação pública ou um cartaz. Esta maneira de proceder é uma exigência que pesa para o mesmo que a prática, e que frequentemente é ingrata e incômoda. Por tudo isso é mais fácil escolher o que chamamos equivocadamente de “caridade cristã” e, que costuma ser puro escapismo, comodidade, covardia, falsa tolerância. Na verdade, «está reservada a mesma pena para os que fazem o mal e para aqueles que o consentem» (São Bernardo).
Todo cristão tem o direito de solicitar dos nossos sacerdotes o perdão de Deus e da sua Igreja. O psicólogo, em um determinado momento, pode apaziguar o seu estado de ânimo; o psiquiatra em um ato médico pode conseguir vencer um transtorno endógeno. Ambas as atitudes são muito úteis, mas insuficientes para determinadas situações. Só Deus é capaz de perdoar, apagar, esquecer, pulverizar destruindo o pecado pessoal. E só, sua Igreja pode atar ou desatar comportamentos, transcendendo a sentença no céu. E com isso gozar da paz interior e começar a ser feliz.
Nas mãos e palavras do sacerdote está o privilégio de tomar o pão e que Jesus - Eucaristia seja realmente presença e alimento. Qualquer discípulo do Reino pode unir-se a outro, ou melhor, pode unir-se a muitos e, com fervor, Fé, coragem e Esperança, submergir no mundo e convertê-lo em verdadeiro corpo do Jesus - Místico. E, na sua companhia acudir a Deus Pai que escutará às suas súplicas, pois seu Filho comprometeu-se a isso: «pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles» (Mt 18,20).

Santo do Dia: Santa Joana Francisca de Chantal

Joana era filha de uma famoso político francês. Casou-se com o barão de Chantal, católico fervoroso, com quem levou uma vida profundamente religiosa e feliz. Na sua casa o clima religioso era constante. Diariamente era rezada uma missa, da qual todos os servidores domésticos participavam. Ocupou-se pessoalmente da educação religiosa dos serviçais, ajudando-os em todas as suas necessidades materiais.
Joana ficou viúva aos vinte e oito anos de idade, com os filhos para criar. Dedicou-se inteiramente à educação das suas crianças, abrindo espaço em seus horários apenas para a oração e o trabalho. Nessa época conheceu Francisco de Sales, futuro santo da Igreja, e o escolheu para ser seu diretor espiritual.
Passados nove anos de viuvez retirou-se em um convento. No ano seguinte, em 1610, junto com Francisco de Sales fundou a Congregação da Visitação de Santa Maria, destinada à assistência aos doentes.
Joana professou os votos e foi a primeira a vestir o hábito da nova Ordem. Eleita a Madre Superiora, acrescentou Francisca ao nome de batismo e se dedicou exclusivamente à esta obra de caridade. Fundou mais setenta e cinco casas para suas religiosas com toda a sua fortuna.
Depois de uma dura agonia motivada por uma febre, Joana morreu em 1641.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Santa Joana, modelo de esposa e mãe, desligou-se da família para tornar-se, em meio a grandes provações, exemplo de santidade na vida religiosa. A ela podem ser aplicados, com justiça, os grandes elogios que o Livro dos Provérbios faz à Mulher forte: "Quem achará uma mulher forte? O seu valor excede tudo o que vem de longe, e dos últimos confins da Terra. Levantaram-se seus filhos, e aclamaram-na ditosíssima; levantou-se seu marido, e louvou-a" (Prov., cap. 31, 10-28).

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