Papa Francisco. Crédito: Daniel Ibáñez (ACI)
Vaticano, 17 ago. 20 / 03:11 pm (ACI).- O Papa Francisco escreveu aos religiosos e religiosas
do Brasil por ocasião da Semana da Vida Consagrada, que
se celebra de 16 a 22 de agosto, para promover e renovar sua missão. O Pontífice
recordou que “a caminhada vocacional tem sua origem na experiência de saber-se
amado por Deus: a própria vida já é fruto de uma chamada de Deus; nos chamou à
vida porque nos ama e tudo predispôs para que cada um de nós fosse único
acompanhando-nos ao longo das estradas poeirentas da nossa vida”. Nesse sentido,
afirmou que “perante os desafios impostos pela sociedade atual, que vive numa
mudança de época, é preciso estar vigilantes, a fim de se evitar a tentação de
ter um olhar mundano, que nos impede ver a graça de Deus como protagonista da
vida e nos leva a sair à procura de qualquer substituto”. Por último,
destacou que “o melhor antídoto contra a tentação é dar prioridade à oração em
meio a todas as nossas atividades, certos de que a pessoa que mantém o olhar
fixo em Jesus aprende a viver para servir”. A Semana Nacional
da Vida Consagrada é promovida pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB)
e acontece pela primeira vez, de 16 a 22 de agosto, com o tema “Amados e
Chamados por Deus”. Segundo a
presidente da CRB, Ir. Maria Inês, a iniciativa foi pensada não somente para
celebrar no terceiro domingo de agosto o dia do religioso, como também destinar
toda a terceira semana para celebração, formação e divulgação da vocação à vida
consagrada.
Oração: Ó
Deus, que concedestes a Santa Helena, mãe de Constantino, Imperador de Roma, a
graça da piedade cristã e das resolutas atividades em prol da Verdade Histórica
da fé, dai-me também ser sempre ativo e trabalhador pela causa do Evangelho.
Santa Helena, rogai por nós.
Evangelho
(Mt 19,23-30):
Naquele
tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Em verdade vos digo, dificilmente um
rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo passar
pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus». Ouvindo
isso, os discípulos ficaram perplexos e perguntaram: «Quem, pois, poderá
salvar-se?». Jesus olhou bem para eles e disse: «Para os homens isso é
impossível, mas para Deus tudo é possível».
Em seguida, Pedro tomou a palavra e disse-lhe: «Olha! Nós deixamos tudo e te
seguimos. Que haveremos de receber?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo,
quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua
glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos,
para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas,
irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos, por causa do meu nome, receberá cem
vezes mais e terá como herança a vida eterna. Ora, muitos que são primeiros
serão últimos, e muitos que são últimos serão primeiros».
«Dificilmente um rico entrará
no Reino dos Céus (...) Quem, pois, poderá salvar-se?»
Rev. D. Fernando PERALES i Madueño(Terrassa,
Barcelona, Espanha)
Hoje, contemplamos a reação
que suscitou entre os ouvintes o diálogo do jovem rico com Jesus: «Quem, pois,
poderá salvar-se?» (Mt 19,25). As palavras do Senhor dirigidas ao jovem rico
são manifestamente duras, pretendem surpreender, despertar as nossas
sonolências. Não se tratam de palavras isoladas, acidentais no Evangelho:
repete vinte vezes este tipo de mensagem. Devemos recordá-lo: Jesus adverte
contra os obstáculos que implicam as riquezas, para entrar na vida...
E, no entanto, Jesus amou e chamou homens ricos, sem lhes exigir que
abandonassem as suas responsabilidades. A riqueza em si mesma não é má, a não ser
que a sua origem tenha sido adquirida de forma injusta, ou o seu destino, que
se utilize de forma egoísta sem ter em conta os mais desfavorecidos, se fecha o
coração aos verdadeiros valores espirituais (onde não há necessidade de Deus).
«Quem, pois, poderá salvar-se?». Jesus responde: «Para os homens isso é
impossível, mas para Deus tudo é possível». (Mt 19,26). «Senhor, tu conheces
bem as habilidades dos homens para atenuar a tua Palavra. Tenho que o dizer,
Senhor ajuda-me! Converte o meu coração».
Depois do jovem rico ter ido embora, entristecido pelo seu apego às suas
riquezas, Pedro tomou a palavra e disse: «Concede, Senhor, à tua Igreja, aos
teus Apóstolos que sejam capazes de deixar tudo por Ti».
«Quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua
glória?» (Mt 19,28). O Teu pensamento dirige-se para esse “dia”, até esse
futuro. Tu és um homem com tendência para o fim do mundo, para a plenitude do
homem. Nesse tempo, Senhor, tudo será novo, renovado, belo.
Jesus Cristo diz-nos: «Vós que deixastes tudo pelo Reino, vos sentareis com o
Filho do Homem... Recebereis cem vezes mais do que tiveres deixado... E
herdareis a vida eterna...» (cf. Mt 19,28-29).
O futuro que Tu prometes aos teus, aos que te seguiram renunciando a todos os
obstáculos... É um futuro feliz, é a abundância da vida, é a plenitude divina.
«Obrigado, Senhor. Conduz-me até esse dia!».
Flávia Júlia Helena
nasceu em meados do século III na Ásia Menor. Era descendente de uma família
pobre e se tornou uma bela jovem, inteligente e bondosa. Casou-se com
Constantino, que seria imperador de Roma. Entretanto Constantino separou-se de
Helena, deixando-a separada do filho por quatorze anos.
Com a morte do Pai, o filho de Helena, também chamado Constantino, mandou
trazer sua mãe para a corte. Nesta época, Helena já era cristã e tratou de
rezar pela conversão do filho.
Auxiliado pela sabedoria de Helena, o filho tornou-se o supremo Imperador de
Roma, recebendo o nome de Constantino, o Grande. Para tanto, teve de vencer seu
pior adversário, Maxêncio, na histórica batalha travada em 312 às portas de
Roma. Inspirado pela oração de Helena e por um sonho, Constantino pintou cruzes
nas bandeiras usadas na batalha e acabou alcançando a vitória.
Nesse mesmo dia, o imperador mandou cessar imediatamente toda e qualquer
perseguição contra os cristãos, editou o famoso decreto de Milão de 313, onde
concedeu liberdade de culto aos cristãos e deu à Helena o honroso título de
"Augusta".
Helena passou a se dedicar na expansão da evangelização e crescimento do
Cristianismo em todo os domínios romanos. Patrocinou a construção de igrejas
católicas, de mosteiros e ajudou a organizar as obras de assistência aos pobres
e doentes.
Apesar de idosa e cansada, foi em peregrinação para a Palestina visitar os
lugares da Paixão de Cristo. Conta a tradição que Helena ajudou, em Jerusalém,
o Bispo Macário a identificar a verdadeira Cruz de Jesus. Morreu no ano 330.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santa Helena
é a figura materna que preocupou-se a vida toda com seu filho, mas não
descuidou-se do zelo apostólico para com os mais pobres. Soube conviver com a
separação do marido e do filho e quando encontrou-se cercada de belezas reais
não deixou de lado o cuidado com os necessitados. Que Deus conceda aos corações
maternos muita paciência e sabedoria.
TJL@-
A12.COM – EVANGELIT – ACIDIGITAL.COM
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