Estátua do Padre Pio / Crédito: RiccardoT - Wikimedia Commons (CC BY 3.0) San Giovanni Rotondo, 24 set. 20 / 11:30 am (ACI).- Embora o Padre Pio de Pietrelcina seja lembrado por todo o bem que fez em vida, seus muitos milagres, os santos estigmas que recebeu ou por ser um grande confessor, nem todos sabem que o Padre Pio foi o gestor do nascimento dos grupos de oração que conhecemos hoje. Os grupos de oração foram desejados e concebidos pelos Frades Menores Capuchinhos com o fim de unir as almas na oração por meio da recitação do Santo Terço, assim como a união da comunidade com a participação na Missa e nos sacramentos. Em 1947, a convite do Padre Pio, começaram a ser formados os primeiros grupos de oração, sendo estes, num primeiro momento, um apoio à Casa Sollievo della Sofferenza (Casa para o Alívio do Sofrimento) na localidade de San Giovanni Rotondo, Itália. A formação dessas novas comunidades foi uma resposta ao pedido de oração pela paz que o Papa Pio XII confiou aos fiéis, com a aproximação da Segunda Guerra Mundial. Padre Pio Prayer Groups USA informa que essas comunidades de fiéis mais tarde tomaram "uma forma mais estável" e se tornaram "as precursoras dos grupos de oração que conhecemos hoje". Um dia, o Dr. Guglielmo Sanguinetti, um dos principais colaboradores do Padre Pio na construção da Casa Sollievo della Sofferenza, ouviu o Santo dizer: “Comecemos a fazer algo. Vamos colocar as mãos à obra. Sejamos os primeiros em responder ao chamado do nosso Sumo Pontífice”. Em 5 de maio de 1966, por ocasião do décimo aniversário da inauguração da Casa Sollievo della Sofferenza, Padre Pio dirigiu-se aos grupos de oração e disse-lhes que eram “as posições avançadas desta cidadela da caridade, viveiros de fé, fogueiras de amor, nas quais o próprio Cristo está presente todas as vezes que se reúnem para a oração e o Ágape Eucarístico”. “A oração é essa força conjunta de todas as almas boas que move o mundo, que renova as consciências, que sustenta a 'Casa', que conforta aqueles que sofrem, que cura os enfermos, que santifica o trabalho, que eleva os cuidados de saúde, que dá força moral e resignação cristã ao sofrimento humano, que estende o sorriso e as bênçãos de Deus sobre todo abatimento e fraqueza”, continuou o santo dos estigmas.Finalmente, Padre Pio os encorajou a que nunca deixem de rezar. “Rezem muito, meus filhos, rezem sempre sem nunca se cansar, porque é precisamente à oração que confio esta Obra, que foi desejada por Deus e que continuará a sustentar e prosperar graças à ajuda da Providência Divina e ao contributo espiritual e à caridade de todas as almas que rezam”, concluiu. Meses antes do falecimento do Padre Pio, em 31 de julho de 1968, a Santa Sé nomeou um Diretor Geral para os grupos de oração. Anos depois, em 4 de maio de 1986, foi informado que a Santa Sé havia aprovado o Estatuto dos Grupos de Oração do Padre Pio. Esses novos estatutos confirmaram os princípios e objetivos básicos que Padre Pio estabeleceu desde o início, ou seja, que os grupos devem se distinguir por sua fidelidade à Igreja, ao Papa e aos bispos, e que devem sempre visar a uma formação cristã integral através da oração e da caridade generosa para com os que sofrem. “Devem estar unidos e não se cansar de fazer o bem, obedecer e respeitar a Hierarquia, ser firmes e perseverantes no seu compromisso”, foram as palavras do Padre Pio a Giancarlo Setti, a quem confiou a liderança dos grupos de oração nos anos sessenta. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado Por Nathália Queiroz.
Evangelho
(Lc 9,18-22)
Jesus estava orando, a sós, e
os discípulos estavam com ele. Então, perguntou-lhes: «Quem dizem as multidões
que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem que és João Batista; outros, que és
Elias; outros ainda acham que algum dos antigos profetas ressuscitou». Mas
Jesus perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou?». Pedro respondeu: «O Cristo
de Deus». Mas ele advertiu-os para que não contassem isso a ninguém. E
explicou: «É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos
anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar».
«Quem dizem as multidões que eu sou?(...) E vós, quem dizeis que eu sou?»Rev. D. Pere OLIVA i March (Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)
Hoje, no Evangelho, há dois interrogantes que o mesmo Maestro formula a
todos. O primeiro interrogante pede uma resposta estatística, aproximada: «Quem
dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18). Faz que giremos ao redor e
contemplemos como resolvem a questão os outros: os vizinhos, os colegas de
trabalho, os amigos, os familiares mais próximos... Olhamos o entorno e
sentimo-nos mais ou menos responsáveis ou próximos -depende dos casos- de
algumas dessas respostas que formulam quem têm relação conosco e com nosso
âmbito, as pessoas... E a resposta diz-nos muito, informa-nos, situa-nos e faz
que tomemos consciência daquilo que desejam, precisam, buscam os que vivem ao
nosso lado. Ajuda-nos a sintonizar, a descobrir com o outro, um ponto de
encontro para ir além...
Há uma segunda interrogação que pede por nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?»
(Lc 9,20). É uma questão fundamental que chama à porta, que mendiga a cada um
de nós: uma adesão ou uma rejeição; uma veneração ou uma indiferença; caminhar
com Ele e Nele ou finalizar numa aproximação de simples simpatia... Esta
questão é delicada, é determinante porque nos afeta. Que dizem nossos lábios e
nossas atitudes? Queremos ser fiéis àquele que é e dá sentido ao nosso ser? Há
em nós uma sincera disposição a seguí-lo nos caminhos da vida? Estamos
dispostos a acompanhá-lo à Jerusalém da cruz e da glória?
«É um caminho de cruz e ressurreição (...). A cruz é exaltação de Cristo.
Disse-o Ele mesmo: Quando seja levantado, atrairei a todos para mim. (...) A
cruz, pois, é glória e exaltação de Cristo» (São André de Creta). Dispostos
para avançar para Jerusalém? Somente com Ele e Nele, verdade?
Santo do Dia: Santas Aurélia e Neomísia
Aurélia nasceu na Ásia Menor, no Oriente,
provavelmente no século III. Era muito unida à sua irmã Neomísia. Elas
costumavam procurar pobres e doentes pelas ruas para lhes fazer caridade. E
assim fizeram durante toda a adolescência, se mantendo muito piedosas e
fervorosas cristãs. O sonho das irmãs era conhecer a terra santa.
De fato, Aurélia e Neomísia, foram para a Terra Santa e viram onde Jesus nasceu
e viveu. Depois, fizeram todo o trajeto percorrido por Ele até o monte
Calvário, onde foi Crucificado e morreu para nos salvar. Aurélia, envolvida
pela religiosidade da região e com o sentimento da fé reforçado, decidiu
continuar a peregrinação até Roma.
No caminho as duas foram surpreendidas, na via Latina, por um grupo de
invasores que as identificaram como cristãs. Ambas foram agredidas e
chicoteadas até quase a morte. Por causa deste incidente, as irmãs resolveram
estabelecer-se aos pés de uma colina muito perto da cidade de Anani. Lá elas
retomaram a vida de caridade, oração e penitência, sempre auxiliando e
socorrendo os pobres, velhos e doentes.
Aurélia e a irmã adoeceram e morreram no mesmo dia: 25 de setembro, de um ano
não registrado. O culto à Santa Aurélia é um dos mais propagados e antigos da
tradição romana.(Colaboração: Padre
Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: A coragem das duas
irmãs, Aurélia e Neomísia, é um ótimo exemplo de como o amor ao Cristo pode
fazer maravilhas. Num período marcado pelas perseguições, as duas mulheres
viajaram sozinhas pelas estradas do império, somente para ter a alegria de ver
a terra onde Jesus viveu. Quantas vezes nós não temos a miníma coragem de
caminhar até a igreja mais próxima, para ali louvar nosso Senhor e Pai? Pense
nisso!
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