BOM DIA EVANGELHO
O Papa Francisco
conversa com uma das famílias numerosas que participou da Audiência Geral de 9
de setembro no Vaticano. Crédito: Daniel Ibáñez / ACI Prensa.
Vaticano,
10 set. 20 / 11:55 am (ACI).- O Papa
Francisco expressou uma grande alegria ao receber na quarta-feira, 9 de
setembro, em sua Audiência Geral várias famílias numerosas no claustro de São
Dâmaso do Palácio Apostólico do Vaticano.
Nos
vídeos e fotografias registradas durante o evento – a segunda audiência geral
com fiéis após o início da pandemia de coronavírus Covid-19 –, o Papa Francisco
é visto sorridente, saudando e conversando com as famílias numerosas.
Em
sua catequese de sua Audiência Geral, o Santo Padre incentivou a que, tanto nas
famílias como nos bairros se propicie “o amor, a partilhar o amor, o perdão”.
Ao
agir assim, assegurou, “haverá o amor e o perdão para todos”.
O
Papa Francisco destacou várias vezes a importância das famílias, Em janeiro de
2015, assegurou que “dá-nos consolo e esperança ver tantas famílias numerosas
que acolhem os filhos como um verdadeiro dom de Deus: eles sabem que cada filho
é uma bênção”.
“Ouvi
dizer por alguns que as famílias com muitos filhos e o nascimento de tantas
crianças estão entre as causas da pobreza. Parece-me uma opinião simplista.
Posso dizer, todos podemos dizer, que a causa principal da pobreza é um sistema
econômico que tirou a pessoa do centro e colocou o deus dinheiro; um sistema
econômico que exclui, exclui sempre: exclui as crianças, os idosos, os jovens,
sem trabalho… e que cria a cultura do descartável que vivemos”, disse.
“Estamos
habituados a ver pessoas descartadas. Este é o motivo principal da pobreza, não
as famílias numerosas”, assegurou na ocasião.
Oração: Deus eterno e
todo-poderoso, que destes ao Beato João Gabriel Perboyre a graça de lutar pela
justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor
as adversidades e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
Lucas 6,39-42
Aleluia,
aleluia, aleluia.
Vossa palavra é a verdade; santificai-nos na verdade! (Jo 17,17)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
6 39 Jesus
contou uma parábola aos discípulos: “Pode acaso um cego guiar outro cego? Não
cairão ambos na cova?
40 O discípulo não é superior ao mestre; mas todo discípulo
perfeito será como o seu mestre.
41 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão e não reparas
na trave que está no teu olho?
42 Ou como podes dizer a teu irmão: Deixa-me, irmão, tirar de
teu olho o argueiro, quando tu não vês a trave no teu olho? Hipócrita, tira
primeiro a trave do teu olho e depois enxergarás para tirar o argueiro do olho
de teu irmão”.
Palavra da
Salvação.
Comentário do Evangelho: É FÁCIL PERCEBER O DEFEITO ALHEIO
Havia, em alguns discípulos de Jesus, a tendência a querer arvorar-se em guia
dos outros, sem terem condições para isto. Sem se preocupar em corrigir seus
próprios defeitos, eles se apresentavam como modelo e com o intuito de serem
seguidos pelos demais. Esta pretensão inconseqüente foi denunciada por Jesus.
Querer guiar os outros, sem estar apto para isto, é igual a um cego deixar-se
guiar por outro cego. Ambos estão fadados a cair no primeiro buraco que
encontrarem pela frente.
Outra falha consistia em perceber as limitações e os pecados alheios, por
menores que fossem, e, ao mesmo tempo, não se dar conta de estar incorrendo em
pecados bem mais graves. A mesma pessoa que vê um cisquinho no olho alheio, não
raro nem percebe o pedaço de pau existente em seu próprio olho.
Jesus denuncia tal hipocrisia. Ele aconselha, a quem assim age, a tirar o cisco
que tem nos olhos, para poder ver bastante bem o que se passa com os outros.
Evidentemente, quando a pessoa é capaz de perceber seus defeitos pessoais, será
cautelosa em censurar o próximo. Os hipócritas não se dão conta da gravidade do
que fazem, por isso julgam-se perfeitos e no direito de corrigir os outros. O
discípulo de Jesus, ao contrário, é parcimonioso quando se trata de descobrir o
pecado alheio. Ele tem consciência de ser objeto da misericórdia divina e, por
isso, sabe também ser misericordioso e paciente com os demais.
Santo do Dia: São João Gabriel
João Gabriel Perboyre nasceu em 1802 na França, numa família de agricultores profundamente cristã. Era o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai. Mas o menino era muito piedoso demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim aos catorze anos, junto com dois de seus irmãos ingressou na Congregação da Missão fundada por São Vicente de Paulo. João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos Seminários Vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China. Depois de várias tentativas, João Gabriel conseguiu chegar na China e viveu disfarçado, pois a presença de estrangeiros era proibida por lei. Entretanto foi denunciado e preso, na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado à uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840. Beatificado em 1889, João Gabriel foi proclamado Santo, pelo Papa João Paulo II, em 1996. Ele se tornou o primeiro missionário da China a ser declarado Santo pela Igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão:
A
Igreja é desde sua origem missionária. Somos vocacionados para levar a Boa Nova
de Jesus para todas as pessoas. Alguns cristãos, como João Gabriel, assumiram
com convicção a tarefa de evangelizar os lugares mais distantes e doaram a
própria vida em favor do Evangelho. Que Deus nos inspire o ardor missionário e
nos faça verdadeiros evangelizadores.
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