BOM DIA EVANGELHO
Madre Teresa. Foto: Flickr sa Índia 7 Network
(CC-BY-2.0) REDAÇÃO CENTRAL, 05 set. 20 / 09:00 am (ACI).- A Madre Teresa
dialogou e teve visões de Jesus antes de fundar as Missionárias da Caridade,
algo que não se soube até a sua morte, um fato que também era ignorado por um
dos seus amigos durante 30 anos, o Pe. Sebastian Vazhakala. Em diálogo com o
Grupo ACI em 2016, o
sacerdote missionário da caridade explicou que isto “foi uma grande
descoberta”. Em 1997, dois anos depois de sua morte, foi aberta a causa de
canonização da religiosa e foram encontrados diversos documentos nos quais
foram relatadas estas locuções e visões que a Madre Teresa teve há muitos anos.
O período desta profunda experiência foi entre o dia 10 de setembro de 1946 e 3
de dezembro de 1947, quando a Beata ainda permanecia na congregação das Irmãs
de Loreto. A Madre Teresa escreveu que um dia, durante a Comunhão, escutou
Jesus dizer: “Quero religiosas indianas, vítimas do Meu amor, que sejam Marta e
Maria. Que estejam tão unidas a mim que irradiem Meu amor às almas”. Nestas
locuções o Senhor instruiu a Madre Teresa para que fundasse as Missionárias da
Caridade. Outra coisa que Jesus lhe disse foi: “Venha, seja Minha luz”, que
além disso é o título do livro que o postulador da causa de canonização, Pe.
Brian Kolodiejchuk, publicou com as cartas privadas da Beata. Em outra visão,
Jesus Cristo disse a Madre Teresa que na nova congregação devia haver “freiras
livres cobertas com a Minha pobreza da Cruz. Quero freiras obedientes cobertas
com a minha obediência na cruz. Quero freiras cheias de amor cobertas com a
minha caridade na Cruz”, explica o Pe. Vazhakala. Depois desta época intensa de
visões e locuções do Senhor, em 1949, a Madre Teresa começou a experimentar uma
“terrível escuridão e secura” em sua vida espiritual, uma
etapa que duraria 50 anos, quase até o final da sua vida terrena, um período
que na vida de fé é chamado de “noite escura”. Há alguns anos, em uma
entrevista concedida a um meio de comunicação espanhol, o Pe. Brian Kolodiejchuk
explicou que a “noite escura” é um momento “da vida espiritual no qual a pessoa
é purificada antes da união íntima e transformante com Cristo”. ““O que
entendemos por noite escura foi vivido pela beata quando ainda estava em
Loreto, a congregação religiosa onde começou sua entrega a Deus. Os anos
1946-1947 foram de íntima união gozosa e doce com Jesus. ‘Jesus se deu a mim’,
diz a Madre em uma das suas cartas. A união da Madre com Jesus foi meio
‘violenta’, profundamente sentida e vivida. Em seguida, ao iniciar a obra com
os pobres e a fundação da congregação, veio essa nova e prolongada escuridão,
que já não era preparatória de outra etapa espiritual. Esta escuridão ela
relata nas cartas aos seus confessores e diretores espirituais”.“Em 1942, a
Madre fez um voto de não negar nunca nada a Jesus. Pouco depois foi quando
ouviu que Jesus lhe dizia: ‘Venha, seja Minha luz’. No princípio a Madre levava
a ‘luz’ a lugares inclusive de absoluta escuridão física: muitos pobres não
tinham nem janelas. Aceitou sua escuridão interior para levar a luz a outros. O
jesuíta Neuner (um de seus confessores) em 1962 explicou que essa escura noite
era o ‘lado espiritual de seu trabalho apostólico’”, explicou o Pe.
Kolodiejchuk.No recente diálogo do Pe. Vazhakala com o Grupo ACI, o sacerdote
recorda que a Madre Teresa dizia: “se minha escuridão e secura pode ser uma luz
para algumas almas, me deixem ser a primeira a fazer isso. Se minha vida, meu
sofrimento, vai ajudar a salvar almas, então prefiro sofrer e morrer desde a criação
do mundo até o fim dos tempos”.O sacerdote recorda que a religiosa também
dizia: “quando eu morrer e for para a casa com Deus, poderei levar mais almas a
Ele”.“Não vou dormir no céu, vou trabalhar mais ainda de outra forma”,
afirmava.
Oração: Deus fiel Te agradecemos por ter inspirado o Beato Frederico
Ozanam e seus companheiros na criação da Sociedade de São Vicente de Paulo.
Deus de amor Te pedimos que nos ajudes a preservar e perpetuar, em sua
autenticidade original, o espírito e a visão do Beato Frederico para nos guiar
na busca de seu sonho: "abraçar o mundo em uma rede de Caridade". Por
Cristo Nosso Senhor. Amém!
Mateus
1,1-16.18-23
Sois feliz, virgem Maria, e mereceis todo louvor; pois de vós se
levantou o sol brilhante da justiça, que é Cristo, nosso Deus, pelo qual nós
fomos salvos!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
1 1 Genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de
Abraão.
2 Abraão gerou Isaac. Isaac gerou Jacó. Jacó gerou Judá e seus
irmãos.
3 Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esron. Esron
gerou Arão.
4 Arão gerou Aminadab. Aminadab gerou Naasson. Naasson gerou
Salmon.
5 Salmon gerou Booz, de Raab. Booz gerou Obed, de Rute. Obed
gerou Jessé. Jessé gerou o rei Davi.
6 O rei Davi gerou Salomão, daquela que fora mulher de Urias.
7 Salomão gerou Roboão. Roboão gerou Abias. Abias gerou Asa.
8 Asa gerou Josafá. Josafá gerou Jorão. Jorão gerou Ozias.
9 Ozias gerou Joatão. Joatão gerou Acaz. Acaz gerou Ezequias.
10 Ezequias gerou Manassés. Manassés gerou Amon. Amon gerou
Josias.
11 Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no cativeiro de
Babilônia.
12 E, depois do cativeiro de Babilônia, Jeconias gerou
Salatiel. Salatiel gerou Zorobabel.
13 Zorobabel gerou Abiud. Abiud gerou Eliacim. Eliacim gerou
Azor.
14 Azor gerou Sadoc. Sadoc gerou Aquim. Aquim gerou Eliud.
15 Eliud gerou Eleazar. Eleazar gerou Matã. Matã gerou Jacó.
16 Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que
é chamado Cristo.
18 Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava
desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude
do Espírito Santo.
19 José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo
difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente.
20 Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe
apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria
por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo.
21 Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus,
porque ele salvará o seu povo de seus pecados.
22 Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor
falou pelo profeta:
23 ‘Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, que se
chamará Emanuel’, que significa: Deus conosco”.
Palavra da
Salvação.
Comentário
do Evangelho
A HUMANIDADE
DO MESSIAS
A genealogia de Jesus contém elementos importantes para a correta compreensão
de sua identidade. Seu objetivo é mostrar a inserção de Jesus na história do
povo de Israel e fazer sua presença, na história humana, ligar-se com a longa
história da salvação da humanidade. Jesus, portanto, é apresentado como
verdadeiro homem e não como um ser estranho, vindo do céu, não se sabe bem
como.
A sucessão de gerações, que prepara a vinda do Messias Jesus, é um retrato da
humanidade a ser salva por ele. Repassando a lista de nomes, encontramos gente
de todo tipo: piedosos e ímpios, pessoas de comportamento correto e gente de
vida não recomendável, operadores de justiça e indivíduos sem escrúpulos no
trato com os semelhantes, judeus e estrangeiros, homens e mulheres. Todos eles
formam o substrato humano no qual nasceu Jesus. Esta é a humanidade carente de
salvação, para a qual ele foi enviado pelo Pai.
Jesus, porém, é apresentado como dom salvífico do Pai para a humanidade. O fato
da concepção virginal aponta nesta direção. Quando a lista chega em José,
diz-se que ele é o esposo de Maria da qual nasceu Jesus. A sucessão pela linha
masculina é rompida, ficando implícito que o Pai de Jesus é o próprio Deus. Ou
seja, a salvação não é obra do ser humano. Ela é oferecida pelo Pai por meio do
Messias Jesus.
Santo do Dia:Frederico Ozanam
Nascido na Itália, em 23 de abril de 1813,
Antonio Frederico Ozanam viveu na França. Muito de sua vida de caridade e
serviço aos pobres se deve ao pai, João Antônio, um exemplo de caridade cristã.
Frederico estudou na Sorbone, uma importante
universidade francesa. Neste período envolveu-se com intelectuais cristãos,
fazendo do cristianismo um ideal de vida. Entendia que era necessário
fundamentar a fé no exercício de uma obra de caridade. Voltou-se para os pobres
e norteou a sua vida no sentido de servi-los, a exemplo de seu pai e dos
ensinamentos de Jesus Cristo.
Junto de outros jovens cristãos, com o mesmo
objetivo, fundou a Sociedade de São Vicente de Paulo, em 1833, uma instituição
católica de leigos, direcionada para dar abrigo e assistência aos pobres e aos
excluídos. Junto com o acompanhamento caritativo, Frederico pedia que fosse
administrado o conforto e a formação religiosa. Por esta visão humanitária e
democrática da fé cristã ele é considerado precursor da doutrina social da
Igreja.
Frederico Ozanam se casou em 1841 e teve uma
filha. Sua vida matrimonial continuou a testemunhar a amor a Cristo. Difundiu
sua obra por toda a Europa até o dia em que tomado pela doença passou a residir
numa das casas vicentinas, levando vida simples e humilde.
Morreu em 08 de setembro de 1853, em Marselha,
França.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Em nosso mundo, onde a publicidade toma conta de muros e telas,
os vicentinos são os artesãos da caridade discreta. Uma caridade que é antes de
tudo uma partilha. Partilha do que se é e do que se tem, buscando um autêntico
desenvolvimento de todo homem e de todos os homens. Partilha não somente do
supérfluo, mas do necessário. Esta partilha é bem diferente de uma esmola. Ela
é amor e serviço, troca e enriquecimento recíproco.
TJL@ ACIDIGITAL.COM – A12.COM – DOMTOTAL.COM
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