Imagem referencial / Crédito: Flickr
Jesús Domínguez (CC-BY-NC-SA-2.0)
REDAÇÃO CENTRAL, 23 set. 20 / 07:00 am (ACI).- “Fica Senhor comigo, pois preciso da tua presença para não te esquecer”, é parte de uma oração escrita por São Pio de Pietrelcina e que foi recomendada em um artigo publicado no site da Diocese de Celaya (México) para as pessoas que sofrem de depressão ou enfrenam uma tristeza profunda. No artigo de 2018, assinala que “o Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais (DSM) inclui definições clínicas para a depressão”, mas também se pode recorrer “à explicação sobre a escuridão espiritual que São João da Cruz escreve em ‘A noite escura da alma’”. “Seja qual for a forma em que tenha chegado a um estado depressivo, seja qual for a história que te levou até aí, a chave nesses momentos escuros é estender a mão, buscar o contato” com Deus, afirmou. O autor indicou que “o estado de escuridão e depressão não é um vazio”, mas “um espaço cheio de conhecimento diante do qual estamos momentaneamente cegos”. “Quando tentamos alcançá-lo sozinhos, às vezes estamos muito exaustos para continuar a aprofundar e, assim, sucumbimos às ondas de desespero”, assinalou. “Embora nos tenham ensinado que perder a esperança é voltar as costas para Deus – o que é pecado –, há outro elemento do desespero que às vezes passa batido. Deriva da Regra de São Bento: ‘Que em tudo Deus seja glorificado’”. O Autor relatou que em uma confissão, “estando eu em uma época de depressão, o sacerdote me deu uma penitência muito concreta. Devia ler sobre Jesus caminhando sobre o mar tempestuoso e sobre o medo de Pedro, em Mateus 14,30-31. Em seguida, teria que refletir, especificamente, sobre o momento em que Pedro se desespera e busca a ajuda de Nosso Senhor, esse segundo exatamente antes de Jesus segurar sua mão”. “Foi um momento escuro, cheio de dúvida para Pedro, cuja fé tinha fraquejado. Também foi uma resposta intuitiva para uma pessoa que se afoga fisicamente: estender a mão”, assinalou. Explicou que esta é “uma metáfora para estender a mão para Cristo psicologicamente e espiritualmente. Surpreendeu-me a rapidez com que o instinto de sobreviver espiritualmente se uniu ao desejo de viver fisicamente quando se está esgotado e em águas profundos”.
“Por isso, com tranquilidade de saber que o Senhor
pegou minha mão e que não me afogarei, frequentemente, leio esta oração, às vezes até mesmo
três vezes inteira”:
Fica Senhor comigo, pois
preciso da tua presença para não te esquecer.
Sabes quão facilmente posso te
abandonar.
Fica Senhor comigo, porque sou
fraco e preciso da tua força para não cair.
Fica Senhor comigo, porque és
minha vida, e sem ti perco o fervor.
Fica Senhor comigo, porque és
minha luz, e sem ti reina a escuridão.
Fica Senhor comigo, para me
mostrar tua vontade.
Fica Senhor comigo, para que
ouça tua voz e te siga.
Fica Senhor comigo, pois desejo
amar-te e permanecer sempre em tua companhia.
Fica Senhor comigo, se queres
que te seja fiel.
Fica Senhor comigo, porque, por mais pobre que seja minha alma, quero que se transforme num lugar de consolação para ti, um ninho de amor.(São Pio de Pietrelcina, Oração para depois da Comunhão.)
Lucas 9,7-9
Aleluia, aleluia, aleluia.
Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 9 7 o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo
o que Jesus fazia e ficou perplexo. Uns diziam: “É João que ressurgiu dos
mortos”; outros: “É Elias que apareceu”;
8 e ainda outros: “É um dos antigos profetas que ressuscitou”.
9 Mas Herodes dizia: “Eu degolei João. Quem é, pois, este, de
quem ouço tais coisas?” E procurava ocasião de vê-lo.
Palavra da
Salvação.
Comentário do Evangelho
O DESEJO DE VER JESUS
As palavras e os milagres de Jesus atraíam em torno dele verdadeiras multidões.
Contudo, era impossível controlar a intenção de cada pessoa. Muitos vinham por
pura curiosidade. Outros, esperando que Jesus os curasse de alguma enfermidade
ou, de qualquer forma, os libertasse. Outros, ainda, eram movidos por um desejo
sincero de escutar Jesus e tornar-se seus discípulos, escolhendo como projeto
de vida a proposta do Reino.
Esta variedade de intenções não influenciava a conduta do Mestre. Ele não
satisfazia a curiosidade das pessoas, por exemplo, fazendo milagres sob
encomenda. Suas curas beneficiavam somente àquelas que, de algum modo,
demonstravam ter fé. Os corações sinceros dependiam da vontade expressa de
Jesus para se tornarem seus discípulos. Só se punha a segui-lo quem ele chamava
pelo nome. Não adiantava oferecer-se.
O violento Herodes, tendo ouvido falar de Jesus, manifestou curiosidade de
vê-lo. Este rei não sabia de quem se tratava. As hipóteses levantadas lhe
satisfaziam. Daí seu desejo de vê-lo pessoalmente. Quiçá esperasse presenciar o
espetáculo de um milagre realizado por Jesus, pois tivera notícia de sua fama.
Seu desejo de ver o Mestre só seria realizado por ocasião da paixão. Mas,
naquela ocasião, Jesus o decepcionou, por não ceder a seus caprichos.
Santo do Dia: São Pacífico
Pacífico nasceu no ano de 1424 em Cerano, na
Itália. Muito cedo ficou órfão dos pais, sendo educado e formado pelo Superior
dos beneditinos do Mosteiro de São Lorenzo de Novara.
Após a morte do seu benfeitor beneditino ele decidiu seguir a vida religiosa,
mas preferiu ingressar para a Ordem dos Irmãos Menores franciscanos. Em 1444,
com vinte e um anos de idade tomou o hábito franciscano. Em seguida foi enviado
para completar os estudos à Universidade de Sorbone em Paris, regressando para
a Itália com o título de Doutor.
Desde então se dedicou à pregação e percorreu inúmeras regiões da Itália. O seu
apostolado era combater a ignorância religiosa, tanto entre os leigos como no
meio do clero, especialmente em relação ao Sacramento da Penitência. Na sua
cidade natal mandou construir uma igreja em homenagem a Nossa Senhora.
Pacífico destacou-se na sua ordem religiosa e tornou-se comissário geral e
visitador. Neste cargo Pacífico percorreu a Itália e as ilhas da Sardenha e
Sicília. Em 1471 o Papa Xisto IV o enviou em missão à Sardenha para controlar a
invasão muçulmana. Dia 04 de junho de 1482 Pacífico morreu em Sardenha, longe
de sua terra natal que tanto amava. (Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Pacífico é considerado pelos
teólogos "insígne por sua doutrina e santidade, consolo e protetor de sua
pátria". Sua força era a pregação da Palavra de Deus. Também nós somos
chamados constantemente para espalhar o Evangelho a todos os povos, exercendo
assim nossa vocação cristã. A Palavra de Deus transforma e vivifica a
realidade.
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