Papa Francisco em oração. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa FORTALEZA, 01 set. 20 / 03:52 pm (ACI).- O Papa Francisco escreveu uma carta de próprio punho, enviada à família do jovem Jefferson Teixeira Brito, de apenas 14 anos, coroinha da Paróquia São Pedro, em Fortaleza, que foi assassinado em 18 de agosto.
A missiva do Santo Padre foi uma resposta ao e-mail enviado a Vatican News por Kilbert Amorim Maciel, um paroquiano de São Pedro, o qual relatou o que havia acontecido com o jovem coroinha. “Muito me dói o que me contas sobre Jefferson Brito Teixeira. Estou perto de você e rezo por ti, pela Comunidade Paroquial de São Pedro da Barra do Ceará. Rezo pelo eterno descanso de Jefferson e também rezo pela avó que tem ficado só”, afirma o Pontífice na carta. Francisco também pede que “Deus tenha misericórdia dos assassinos”. “Por favor, não te esqueças de rezar por mim e te peço digas à avó de Jefferson que estou perto dela. Que Jesus te abençoe e a Virgem Santa te cuide”, conclui o Santo Padre. O coroinha morava com sua avó, dona Tereza. Segundo o site da Arquidiocese de Fortaleza, a carta do Papa Francisco chegou em 25 de agosto, mas não foi possível entrega-la logo à avó do menino, porque ela “estava viajando e passando um tempo sem comunicação, na tentativa de poder absorver tudo o que havia acontecido anteriormente”. Dona Tereza retornou na segunda-feira, 31 de agosto, e nesta terça-feira, o pároco de São Pedro, Frei João Flores, Kilbert Amorim e mais dois paroquianos foram entregar a carta para a avó de Jefferson. De acordo com a Arquidiocese, a avó recebeu a carta “muito emocionada” e “agradeceu a Deus por está ao seu lado direto e a todos pelo apoio que vem recebendo neste período tão difícil e doloroso em sua vida”. Jefferson Teixeira Brito foi morto de forma trágica, a tiros e pedradas, em 18 de agosto. De acordo com a imprensa local, o jovem voltava para a casa após uma aula de capoeira. Mas, pegou um caminho diferente e acabou sendo abordado por um grupo em uma região dominada por uma facção. No último dia 21 de agosto, três pessoas suspeitas de envolvimento no homicídio foram detidas pela Polícia Militar do Ceará (PMCE). Na época em que ocorreu o crime, o pároco de São Pedro, Frei João Antônio Flores, contou ao G1 que o jovem coroinha era “um menino dedicado, esforçado e sempre pronto para servir a igreja. Chegava sempre cedo até mesmo antes do padre e preparava tudo inclusive quando havia festa na outra comunidade daqui da paróquia e ele estava sempre lá para ajudar e sempre disponível”.
Oração: Pai de bondade e de
misericórdia, dignai-vos cumular-nos com todos os dons do céu e na companhia de
santa Ingrid da Suécia, encontrar-vos com fidelidade evangélica. Por Cristo
nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 4,38-44)
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e entrou na
casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. Intercederam
a Jesus por ela. Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, mandou
que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e
pôs-se a servi-los. Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes, com diversas
enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e
os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: «Tu és o Filho de
Deus!». Ele os repreendia, proibindo que falassem, pois sabiam que ele era o
Cristo.
De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o
procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele
disse-lhes: «Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras
cidades, pois é para isso que fui enviado». E ele ia proclamando pelas
sinagogas da Judéia.
«Ele impunha as mãos sobre cada
um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona,
Espanha)
Hoje, nos encontramos ante um claro contraste: as pessoas que procuram
Jesus e Ele que cura toda “doença” (começando pela sogra de Simão Pedro); à
vez, «de muitas pessoas saíam demônios, gritando» (Lc 4,41). Quer dizer: bem e
paz, por um lado; mal e desespero, pelo outro.
Não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da
presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado
de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a
Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro
de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus
incomodava a sua vergonhosa tranqüilidade).
Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha!
Atrapalha-nos ter que ir à Missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito
que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em
lugar de ir ao Médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão...
Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir a nos encontrar, pois nós mesmos
nos fazemos rogar para deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de
quem é o Pastor das nossas vidas! Isto se chama, simplesmente, tibieza.
Tem um diagnóstico para isto: atonia, falta de tensão na alma, angustia,
curiosidade desordenada, hiperatividade, preguiça intelectual com as coisas da
fé, pusilanimidade, vontade de estar só consigo mesmo... E existe também um
antídoto: deixar de se olhar a sim mesmo e se por mãos à obra. Fazer o pequeno
compromisso de dedicar um momento cada dia a olhar e escutar a Jesus (o que se
entende por oração): Jesus o fazia, pois «de manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi
para um lugar deserto» (Lc 4,42). Fazer o pequeno compromisso de vencer o
egoísmo numa pequena coisa cada dia pelo bem dos outros (isto se chama amar).
Fazer o pequeno-grande compromisso de viver cada dia em coerência com nossa
vida Cristã.
Ingrid nasceu na metade do século treze, na Suécia. Seus pais deram a ela e aos outros filhos, uma educação digna dos fidalgos, no rigoroso seguimento de Cristo. A menina desde os primeiros anos de vida se mostrou muito virtuosa, amável, caridosa, surpreendendo a todos com seu forte ideal religioso. No início da adolescência, como era costume da época, teve de contrair um casamento. Mesmo contrariando sua vocação, ela aceitou tudo com humilde resignação, mas continuou serenamente a cuidar das obras de caridade que fundara para os pobres e doentes abandonados. Possuindo dons especiais de profecia e cura, gozava entre a população da fama de santidade. Ingrid ficou viúva muito cedo e pode assim entregar-se ainda mais ao ideal de vida religiosa. Fez várias peregrinações, pela terra santa, por Roma e chegou a ir até Santiago de Compostela. Nessas andanças seu amor a Jesus só fez aumentar. Só então Ingrid retornou para a Suécia. Logo depois, em 1281, seguindo seu confessor e orientador espiritual, ela fez seus votos perpétuos e fundou um Mosteiro sob as regras de São Domingos. Nele, junto com um grande número de jovens da corte, se dedicou totalmente às orações contemplativas e à vida de rigorosa austeridade. Morreu com fama de santidade, no dia 02 de setembro de 1282.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR).
Reflexão: Para Santa Ingrid o importante sempre foi viver o
amor de Cristo no momento presente. Ela vivia dizendo: “Quero hoje hospedar-me
em sua casa!”. Esta perseverança diária a fez vencer os obstáculos e a
entregar-se de coração ao projeto de redenção do Cristo.
TJL@ - ACIDIGITAL.COM – A12.COM – EVANGELI.NET
Nenhum comentário:
Postar um comentário