BOM DIA EVANGELHO
SÃO MATEUS APÓSTOLO E EVANGELISTA
(Vermelho, glória, Prefácio dos Apóstolos - Ofício da Festa)
Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, mostre o sangue de São Januário. Foto: Captura de Youtube NÁPOLES, 19 set. 20 / 10:23 am (ACI).- Mais uma vez, neste sábado, 19 de setembro, o sangue de São Januário, padroeiro de Nápoles, se liquefaz milagrosamente no dia em que a Igreja celebra a festa deste mártir italiano. Às 10h02, hora da Itália, o Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles, anunciou a repetição do milagre e destacou que, nesta ocasião, o sangue se tornou totalmente líquido, sem grumos, como aconteceu em ocasiões anteriores. “Louvado seja Jesus Cristo! Queridos amigos, queridos fiéis todos. Mais uma vez, com alegria, com emoção, informo que o sangue do nosso padroeiro, Januário, se liquefez. Totalmente liquefeito, sem grumos, como aconteceu nos últimos anos, sinal de amor, de bondade, da misericórdia de Deus e da proximidade, da amizade, da fraternidade de nosso São Januário. Seja dada glória a Deus e veneração ao nosso santo. Amém”, foram as palavras do Cardeal na Catedral de Nápoles.
A liquefação do sangue de São Januário: A liquefação do sangue deste santo é um fenômeno inexplicável que acontece três vezes por ano: no sábado anterior ao primeiro domingo de maio, por ocasião do translado dos restos mortais do santo a Nápoles; no dia de sua festa litúrgica, 19 de setembro; e em 16 de dezembro, aniversário da intercessão de São Januário para evitar os efeitos da erupção do vulcão Vesúvio no ano 1631. Em dezembro de 2016, o milagre não aconteceu, o que provocou certa preocupação entre os fiéis. Embora o fato de que não se liquefaça costuma ser interpretado como o anúncio de um desastre, isso nem sempre é certo. De fato, o processo nem sempre acontece do mesmo modo: às vezes demora várias horas, ou mesmo dias, ao se liquefazer. Em outros momentos, como em 2018, o milagre acontece antes da celebração litúrgica e, em outros episódios, por motivos desconhecidos, o sangue não se liquefaz. O próprio Papa Francisco foi testemunho do inexplicável fenômeno em março de 2015. Naquela ocasião, o sangue se liquefez diante do olhar do próprio Santo Padre fora das três datas indicadas. Por isso, tratou-se de um fato extraordinário, que também aconteceu em 1848 diante do Papa Pio IX.O milagre não aconteceu durante as visitas de São João Paulo II, em 1979, nem de Bento XVI, em 2007. O martírio de São Januário : São Januário, padroeiro de Nápoles, foi Bispo de Benevento. Durante a perseguição contra os cristãos, foi feito prisioneiro junto com seus companheiros e submetido a terríveis torturas. Certo dia, ele e seus amigos foram lançados aos leões, mas as feras apenas rugiram sem se aproximar. Então, foram acusados de usar magia e condenados a morrer decapitados perto de Pozzuoli, onde também foram enterrados. Isso aconteceu por volta do ano 305. As relíquias de São Januário foram transladadas a diferentes lugares até que finalmente chegaram a Nápoles em 1497.
Mateus 9,9-13
Aleluia, aleluia, aleluia.
A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos, vos louva, ó Senhor, o
coro dos apóstolos.
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 9 Partindo dali, Jesus viu um homem chamado Mateus, que
estava sentado no posto do pagamento das taxas. Disse-lhe: "Segue-me. O
homem levantou-se e o seguiu".
10 Como Jesus estivesse à mesa na casa desse homem, numerosos
publicanos e pecadores vieram e sentaram-se com ele e seus discípulos.
11 Vendo isto, os fariseus disseram aos discípulos: "Por
que come vosso mestre com os publicanos e com os pecadores?"
12 Jesus, ouvindo isto, respondeu-lhes: "Não são os que
estão bem que precisam de médico, mas sim os doentes.
13 Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a
misericórdia e não o sacrifício. Eu não vim chamar os justos, mas os
pecadores."
Palavra da
Salvação.
Comentário do Evangelho: QUEM PRECISA DE MÉDICO?
No tempo de Jesus, a postura preconceituosa de certa ala do farisaísmo era bem conhecida. Julgando-se melhores que todo mundo por observarem, escrupulosamente, a Lei mosaica, sentiam-se no direito de desprezar quem não agia assim. Olhavam com desprezo para os pecadores e todos os que eram incapazes de praticar a Lei de modo "tão perfeito" como eles. Por outro lado, por serem contrários aos romanos, recusavam-se a conviver com os colaboradores do poder opressor. Nesta categoria, incluíam-se os cobradores de impostos. Isto explica por quê se admiraram ao ver Jesus sentado à mesa com eles e com os pecadores. O gesto de Jesus parecia-lhes digno de censura. Entretanto, o modo de proceder do Mestre ia na direção contrária. Sabendo-se revestido da missão de libertar o povo do seu pecado, buscava a companhia e a amizade dos que mais necessitavam da misericórdia divina. Longe de desprezá-los e marginalizá-los, sempre tinha para com eles gestos benevolentes de acolhida. Um provérbio popular bem conhecido ajudava-o a compreender sua missão. Afinal, ao médico interessa quem está doente e carece de ajuda, e não quem está sadio e em boa forma. Sendo ele o médico enviado por Deus para curar o pecado da humanidade, urgia colocar-se junto às vítimas do pecado. É o que fazia, sem se importar com os preconceitos dos fariseus.
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