BOM DIA EVANGELHO
Transmissão no Santuário Nacional de Aparecida. Foto: Thiago Leon /
Santuário de Aparecida
APARECIDA, 11 set. 20 / 11:18 am (ACI).- O Santuário Nacional de Aparecida comunicou que a festa da Padroeira neste ano, de 3 a 12 de outubro, será celebrada de forma virtual, em razão da pandemia do coronavírus; além disso, algumas atividades realizadas em anos anteriores, como as procissões, tiveram que ser canceladas. “Diante do cenário de pandemia que o mundo vive, que continua inspirando profundo cuidado e respeito pelo próximo, sobretudo no nosso país, o Santuário Nacional e a Arquidiocese de Aparecida optaram por realizar as festividades da padroeira do Brasil de um jeito diferente: este ano, sem a presença física dos devotos nas celebrações. Todos estão convidados a viver a novena e a festa da padroeira em suas casas, pelos meios de comunicação”, declarou o reitor do Santuário, Pe. Eduardo Catalfo em uma mensagem de vídeo. O reitor indicou ainda que “a experiência de fé de cada devoto também é vivida a partir do cuidado que demonstramos por ele”. Por isso, exortou os devotos da Virgem Aparecida a que “façam sua peregrinação particular em seu lar, junto à família, com toda a responsabilidade que o momento exige”. A mudança na programação inclui também o cancelamento das procissões externas, vigílias, carreata e passeio ciclístico, assim como não estão previstas apresentações musicais e artísticas. O tema da Novena e Festa da Padroeira 2020, é: “Com Maria, em família, revestir-se da Palavra” e as reflexões promoverão a família e sua intimidade com a Palavra de Deus. Para Pe. Catalfo, esse tema “será motivação para prestar as homenagens que Nossa Senhora merece, mas será também base para a experiência dessa Igreja doméstica, vivida em família”.
Oração: Ó Deus Pai de
bondade, que enviastes vosso servo São Materno para reconciliar os cristãos
entre si e manter a unidade da fé, ensinai-nos a viver de tal modo unidos a Vós
e que em tudo que fizermos proclamemos vosso amor. Por Cristo nosso Senhor.
Amém
Versículo
antes do Evangelho (---): Aleluia. Nós Vos adoramos e bendizemos,
Senhor Jesus Cristo, que pela vossa santa cruz remistes o mundo. Aleluia.
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém
subiu ao céu senão aquele que desceu do céu: o Filho do Homem. Como Moisés
levantou a serpente no deserto, assim também será levantado o Filho do Homem, a
fim de que todo o que nele crer tenha vida eterna. De fato, Deus amou tanto o
mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas
tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele».
«A fim de que todo o que nele
crer tenha vida eterna»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona,
Espanha)
Hoje, o Evangelho é uma profecia, isto é, uma olhada no espelho da
realidade que nos introduz em sua verdade, mais além do que nos dizem nossos
sentidos: a Cruz, a Santa Cruz de Jesus Cristo, é o Trono do Salvador. Por
isso, Jesus afirma que «deve que ser levantado o Filho do homem» (Jo 3,14).
Bem sabemos que a cruz era o suplício mais atroz e vergonhoso de seu tempo.
Exaltar a Santa Cruz não deixaria de ser um cinismo se não fosse porque ai está
o Crucificado. A cruz, sem o Redentor, é simples cinismo; com o Filho do Homem
é a nova árvore da sabedoria. Jesus Cristo, «oferecendo-se livremente à paixão»
da Cruz abriu o sentido e o destino de nosso viver: subir com Ele à Santa Cruz
para abrir os braços e o coração ao Dom de Deus, num intercâmbio admirável.
Também aqui nos convém escutar a voz do Pai desde o céu: «Este é meu Filho
(...), em quem me comprazo» (Mc 1,11). Encontrarmos crucificados com Jesus e
ressuscitar com Ele: Eis aqui o porquê de tudo! Há esperança, há sentido, há
eternidade, há vida! Nós os cristãos não estamos loucos quando na Vigília
Pascal, de maneira solene, quer dizer, no Pregão Pascal, cantamos, louvando o
pecado original: «Oh!, Culpa tão feliz, que tem merecido a graça de tão grande
Redentor», que com sua dor tem impresso sentido à mesma dor.
«Olhai a árvore da cruz, foi sacrificado o Salvador do mundo: vem e adoremos»
(Liturgia da sexta-feira Santa). Se conseguirmos superar o escândalo e a
loucura de Cristo crucificado, não há nada mais que adorá-lo e agradecer-lhe
seu Dom. E procurar decididamente a Santa Cruz em nossa vida, para termos a
certeza de que, «por Ele, com Ele e Nele», nossa doação será transformada, nas
mãos do Pai, pelo Espírito Santo, em vida eterna: «Derramada por vós e por
muitos para o perdão dos pecados».
Santo do Dia: São Materno de Colônia
São Materno é celebrado pela tradição como o primeiro bispo da cidade de Colônia, na Alemanha. Ainda segundo a tradição, no século quarto, Materno veio da Palestina para evangelizar os germânicos. Materno viveu num período de crise da Igreja. Após um período de perseguições do império, o problema agora estava no próprio seio da Igreja, que estava em perigo de dividir-se por causa das heresias. O bispo Materno foi um grande pacificador na Igreja. Por causa da heresia donatista, ele viu-se obrigado a deslocar-se para o norte da África. A heresia donatista pregava o elitismo moral cristão, deixando de lado os infiéis e pecadores. Por causa de suas infidelidades, estes cristãos não poderiam nunca mais ser admitidos a comunhão da Igreja. Materno interferiu na comunidade africana, mostrando-se favorável ao reestabelecimento da paz e da comunhão dos cristãos que tinham extraviado do bom caminho. Mas, mesmo assim, o cisma donatista continuou a espalhar-se pelo norte da África. São Materno é venerado pelo povo germânico e suas ações estão estampadas nos vitrais da Catedral de Tréveris, que também abriga seus restos mortais.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR )
Reflexão: Na
história da Igreja muitos foram os homens e mulheres que doaram suas vidas e
suas capacidades para manter a unidade da fé. Guiados pelo Espírito Santo e
convictos da Boa Nova do Reino, estas pessoas viveram plenamente sua vocação de
servir a Deus e ao próximo, a exemplo de Jesus Cristo.
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