terça-feira, 15 de setembro de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 16 DE SETEMBRO DE 2020




 

BOM DIA EVANGELHO

Dia 16 de Setembro - Quarta-feira

SANTOS CORNÉLIO E CIPRIANO PAPA E BISPO MÁRTIRES (Vermelho, Prefácio Comum ou dos Mártires - Ofício da Memória)

Recinto de Oração do Santuário de Fátima com lotação máxima / Foto: Santuário de Fátima FATIMA, 15 set. 20 / 11:55 am (ACI).- No último dia 13 de setembro, por ocasião da Peregrinação Internacional Aniversária, o Santuário de Fátima (Portugal) atingiu a sua lotação máxima, dentro dos limites de segurança adotados devido à pandemia de coronavírus. Segundo informou o Santuário, pela primeira vez, foi preciso fechar as entradas, pondo em prática o plano criado no âmbito da pandemia de Covid-19, que prevê uma ocupação segura para o Recinto de Oração. Em declarações à Rádio Renascença, a porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, explicou que contaram com a colaboração da GNR (Guarda Nacional Republicana) para o controle da entrada dos peregrinos. Durante a celebração, foram feitos apelos constantes para o cumprimento das regras de distanciamento social, chamadas de atenção que foram bem recebidas pela multidão de peregrinos, que se dispersou pelo extenso Recinto de Oração. Carmo Rodeia reiterou que “há um uso generalizado da máscara” e que “o próprio santuário vai fazendo avisos ao longo da celebração para que as pessoas possam manter o distanciamento social”.  De acordo com dados do Santuário, foram acolhidos na Cova da Iria no último fim de semana nove grupos nacionais, um da França, quatro da Espanha, dois da Itália e um da Polônia. Além disso, estiveram presentes participantes da 6ª Peregrinação da Comunidade Surda.

Pandemia expôs nossa fragilidade : A Peregrinação Internacional Aniversária de setembro foi presidida pelo Bispo Emérito de Santarém, Dom Manuel Pelino. Na noite de sábado, 12, durante a vigília de oração, o Prelado afirmou que “a pandemia veio pôr a nu a nossa fragilidade e as falsas seguranças em que assentamos as nossas vidas”. “Precisamos de mudar, de nos converter da indiferença à solidariedade, da autossuficiência à humildade e ao serviço fraterno”, salientou. Dom Pelino falou sobre os “muitos momentos de escuridão, de sofrimento, de desânimo, de medo”, e lembrou que é nestas ocasiões que Nossa Senhora nunca nos abandona. “Nessas ocasiões, recorremos ao amparo da nossa Mãe do Céu para que ela nos envolva com o seu manto de luz. Ela é para nós a aurora que anuncia a luz do Sol Nascente, que vem iluminar os que vivem nas trevas”, expressou.

O perdão é atitude essencial do cristão: Já na manhã de domingo, 13 de setembro, Dom Pelino presidiu a Santa Missa na Cova da Iria e, ao refletir sobre as leituras do dia, ressaltou a importância do perdão constante como atitude essencial do cristão. “O perdão tem de estar sempre presente porque as ofensas, as palavras e atitudes que magoam, as vaidades e invejas que dividem, o azedume das más disposições, estão enraizados no coração humano e residem permanentemente na comunidade, como residem na família, nos grupos e na sociedade em geral”, declarou o prelado, segundo quem, “para formar comunidade” é necessário “perdoar mutuamente e constantemente”. “Somos, verdadeiramente, um povo de pecadores, mas não esquecemos a nossa vocação à santidade. (…) O perdão alicerça a convivência fraterna na comunidade e aproxima-nos de Deus, levando-nos a amar como Ele nos ama. Orienta-nos, assim, para uma existência reconciliada e faz resplandecer mais claramente, na nossa vida e na da Igreja, a misericórdia e a graça de Deus”, concluiu.

Oração: Deus eterno e todo-poderoso quiseste que São Cornélio governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Lucas 7,31-35

Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,63.68).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
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31 “A quem compararei os homens desta geração? Com quem se assemelham?
32 São semelhantes a meninos que, sentados na praça, falam uns com os outros, dizendo: Tocamos a flauta e não dançastes; entoamos lamentações e não chorastes.
33 Pois veio João Batista, que nem comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Ele está possuído do demônio.
34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Eis um comilão e beberrão, amigo dos publicanos e libertinos’.
35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos”.

Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho: ATITUDES CONTRADITÓRIAS

O modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem  pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo,  não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.

Santo do Dia: São Cornélio

Cornélio nasceu em Roma. Foi eleito para o pontificado, depois de um período vago na Cátedra de São Pedro. O Papa Cornélio foi eleito quase por unanimidade, mas precisou enfrentar a ousadia de Novaciano. Sem que ninguém esperasse, Novaciano fez-se ordenar bispo e proclamou-se anti-papa. Nesta condição se criou o primeiro cisma da Igreja.

Segundo os partidários de Novaciano, Cornélio teria adotado um discurso e postura muito indulgente, boa e compreensiva, para com os desertores da fé católica, os chamados “lapsi”. Para socorrer a postura de Cornélio, um bispo de Cartago, chamado Cipriano, entrou em cena. Este bispo ajudou Cornélio a defender a verdadeira autoridade papal.

Assim, a Igreja viu-se dividida entre duas posturas: os seguidores de Cornélio eram favoráveis a admissão dos cristãos pecadores de volta à Igreja, enquanto os adeptos de Novaciano defendiam a exclusão total dos pecadores.

Porém, pressionado pelo imperador Valeriano, um grande perseguidor dos cristãos, Cornélio, na sua atitude compreensiva e misericordiosa, acabou sendo exilado, onde viveu seus últimos dias. Seu único amigo e defensor era Cipriano, que se correspondia com ele, animando-o através de cartas. Esta amizade custou caro a Cipriano, que também foi condenado à morte.

Cornélio morreu em junho de 253, sendo sentenciado ao martírio pelo imperador, por não aceitar prestar o culto aos deuses pagãos. Foi sepultado no cemitério de São Calixto.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A igreja é alimentada continuamente pelo Espírito Santo, força que garante a autoridade da Igreja como proclamadora da palavra do Cristo. Mas o lado humano da Igreja às vezes fala mais alto. Discussões, lutas pelo poder, acusações são parte da rica história da nossa Igreja. Hoje, celebrando São Cornélio, nós percebemos que a injustiça acaba destruindo as relações amigáveis na Igreja. Rezemos para que encontremos o melhor caminho de viver a fé e que a Igreja converta-se continuamente ao nome de Jesus.

TJL@- ACIDIGITAL.COM – A12.COM – DOMTOTAL,COM

 

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