BOM DIA EVANGELHO
Papa Francisco no Vaticano. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa Vaticano, 14 set. 20 / 11:53 am (ACI).- O Papa Francisco destacou hoje, 14 de setembro, dia em que a Igreja celebra a Exaltação da Cruz, que o Crucifixo "é o grande livro do amor de Deus". Assim indicou o Santo Padre em uma mensagem escrita em sua conta oficial no Twitter @Pontifiex_pt na qual enfatizou que "a revelação do amor de Deus por nós parece uma loucura", mas acrescentou que "cada vez que olhamos para o Crucifixo, encontramos esse amor. O Crucifixo é o grande livro do amor de Deus". Nesta linha, o Papa Francisco exortou na Audiência Geral da quarta-feira da última Semana Santa a "abrir todo o coração na oração" com o Crucifixo e o Evangelho. “Deixemos que ele fixe seu olhar em nós” para entender que “não estamos sozinhos, mas somos amados, porque o Senhor não nos abandona e nunca se esquece de nós, nunca!”, disse o Papa em 8 de abril de 2020. Além disso, o Santo Padre convidou no Ângelus de 12 de março de 2017 a contemplar “com devoção a imagem do Crucifixo” porque “é o símbolo da fé cristã, é o emblema de Jesus, morto e ressuscitado por nós”. Nesse sentido, o Papa explicou que a cruz "é o sinal mais desconcertante" porque "é realmente uma revelação de Deus de cabeça para baixo", pois "precisamente por meio da cruz, Jesus chegará à gloriosa ressurreição" e que será definitiva. “Jesus transfigurado no Monte Tabor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória, não para evitar a eles que passassem pela cruz, mas para indicar aonde leva a cruz. O que morre com Cristo, com Cristo ressuscitará. E a cruz é a porta da ressurreição. Quem luta junto a Ele, com Ele triunfará”, afirmou. Por último, o Santo Padre advertiu naquela ocasião que “a cruz cristã não é uma mobília da casa ou um ornamento a ser usado, mas a cruz cristã é uma recordação do amor com o qual Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado”.
Evangelho
(Lc 2,33-35)
Naquele tempo, o
pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino. Simeão os
abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e de
reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição -e a ti,
uma espada traspassará tua alma- e assim serão revelados os pensamentos de
muitos corações».
«Uma espada traspassará tua
alma»
Dom Josep Mª SOLER OSB Abade de Montserrat (Barcelona, Espanha)
Hoje, na festa de Nossa
Senhora, a Virgem das Dores, escutamos palavras pungentes de boca do ancião
Simeão: «E a ti, uma espada traspassará tua alma!» (Lc 2,35). Afirmação que, no
seu contexto, não aponta unicamente à paixão de Jesus Cristo, senão que ao seu
mistério, que provocará uma divisão no povo de Israel e, por conseguinte uma
dor interna em Maria. Ao longo da vida pública de Jesus, Maria experimentou o
sofrimento pelo fato de ver a Jesus rejeitado pelas autoridades do povoado e
ameaçado de morte.
Maria, como todo discípulo de Jesus, teve de aprender a colocar as relações
familiares em outro contexto. Também Ela, por causa do Evangelho, tem que
deixar ao Filho (cf. Mt 19,29), e há de aprender a não valorizar a Cristo
segundo a carne, ainda quando tinha nascido dela segundo a carne. Também Ela há
de crucificar sua carne (cf. Ga 5,24) para poder ir se transformando a imagem
de Jesus Cristo. Mas, o momento forte do sofrimento de Maria, no que Ela vive
mais intensamente a cruz, é o momento da crucificação e a morte de Jesus.
Também na dor, Maria é modelo de perseverança na doutrina evangélica ao
participar nos sofrimentos de Cristo com paciência (cf. Regra de São Bento,
Prólogo 50). Assim tem sido perante sua vida toda e, sobre tudo, no momento do
Calvário. Assim, Maria transforma-se em figura e modelo para todo cristão. Por
ter estado estreitamente unida à morte de Cristo, também está unida a sua ressurreição
(cf. Rm 6,5). A perseverança de Maria na dor, fazendo a vontade do Pai, lhe dá
uma nova irradiação no bem da Igreja e da Humanidade. Maria nos precede no
caminho da fé e do seguimento de Cristo. E o Espírito Santo nos conduz a nós a
participar com Ela nessa grande aventura.
Santo do Dia: Beato Antônio Maria Schwartz
Antônio nasceu em uma família humilde e cristã, em 1852, na Áustria. Aos quinze anos ficou órfão de pai, vivendo uma grave crise pessoal, que durou dois anos. Em 1869, recuperado, foi estudar na escola popular gratuita de padres. Ali conheceu a obra do fundador São José Calazans, tornando-se um seu devoto extremado. Ainda jovem resolveu seguir a vida religiosa, e mesmo passando por momentos de grave enfermidade, conseguiu ordena-se sacerdote em 1875. O Padre Antônio Maria foi capelão por quatro anos, depois viajou à Viena, para promover assistência espiritual aos doentes nos hospitais das Irmãs da Misericórdia. Além disso, lembrando-se de sua própria infância, começou a orientar na religião, os operários e os jovens aprendizes em formação profissional. Neste período sofreu outro período conturbado de enfermidades, mas não desanimou. Em 1888 criou o "Artesanato cristão", um jornal para os artesãos e operários, que escreveu durante um longo tempo sozinho. Também buscou e conseguiu os meios para construir a primeira igreja para os operários de Viena. Foi nessa igreja que, para melhor assisti-los, fundou a "Congregação dos Pios Operários", adotando a regra de São José de Calazans. Morreu em 15 de setembro de 1929, em Viena, Áustria. O Papa João Paulo II o proclamou Beato em 1998, designando a data da morte para a homenagem litúrgica.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Antônio
Maria vivificou sua obra com valentia cristã durante quarenta anos. O
"Apóstolo Operário de Viena" que, dividia opiniões, permaneceu sempre
fiel a si mesmo e à Igreja de Cristo. Seus passos foram corajosos para
conseguir lugares de formação profissional para os jovens e para o justo
repouso dominical dos operários.
TJL@-
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