quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

bom dia evangelho - 18. fev. 021

 

BOM DIA EVANGELHO


18 DE FEVEREIRO DE 2021
Quinta-feira depois de Cinza

Dom Gil Antônio Moreira / Foto: Facebook Arquidiocese de Juiz de Fora JUIZ DE FORA, 17 fev. 21 / 02:52 pm (ACI).- Por ocasião do início da Quaresma de 2021, o Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira, autorizou os sacerdotes a realizarem o rito da imposição das cinzas também na quinta e sexta-feira; além disso, ofereceu orientações a respeito da Campanha da Fraternidade Ecumênica, indicando que não se deve usar o texto-base da mesma. Ao falar sobre esta Quaresma, que ocorre no contexto da pandemia de Covid-19 e as restrições que esta gerou, incluindo o pequeno número de pessoas que podem participar presencialmente das celebrações, o Prelado dá “licença aos párocos e administradores paroquias para realizarem o rito da imposição das cinzas, além da quarta-feira, também na quinta e sexta-feira seguintes”. “As missas sejam celebradas com o texto litúrgico de cada dia. As celebrações sejam multiplicadas para atender ao máximo de fiéis, em grupos que não excedam o limite determinado pelas autoridades de cada município”, indica o Arcebispo, acrescentando que os fiéis devem ser “orientados para o recolhimento e o silêncio próprios deste tempo e tenham o cuidado de não se aglomerarem na chegada e nem na saída das celebrações, como temos orientado desde o início da pandemia”. Dom Gil fala também sobre o sacramento da Confissão, o qual deve ser realizado, “com os devidos cuidados de distanciamento, uso de máscaras e as demais medidas já conhecidas”. Além disso, recomenda que, “na medida do possível, as Confissões sejam feitas ao ar livre”. “Para se evitar aglomerações, não poderá, em nenhuma hipótese, haver mutirões de confissão”, afirma. Em seguida, o Prelado aborda a questão da Campanha da Fraternidade (CF) 2021, que é ecumênica e tem gerado polêmica por conter em seu texto-base conteúdo ligado à ideologia de gênero. Nesse sentido, orienta que este texto não seja usado. “Após ler, ouvir e ver praticamente todos os posicionamentos prós e contra, em consciência, e para ser fiel à Igreja, oriento que o texto-base da CFE 2021 não seja utilizado em nossa Igreja Particular”, afirma. O Arcebispo recorda que “a CF não obriga às dioceses, mas é uma oferta pastoral da CNBB às Igrejas Particulares a critério do Bispo Local”. Conforme assinala, “neste ano, houve uma grave falha com relação ao texto-base que tem provocado séria polêmica, por apresentar conceitos duvidosos em relação à doutrina social e à Moral cristã, em sua redação e na sua subjacência, sendo a autora adepta de correntes morais não aceitas pela Igreja Católica e nem por grande parte dos nossos irmãos evangélicos”. Assim, indica que “a explicação da polêmica como apenas questões entre conservadores e liberais não me parece séria. Há algo mais profundo na base da questão”. Contudo, assinala Dom Gil, “, o tema e o lema da Campanha, independente do referido texto-base, são belos e devem ser acolhidos: Tema: Fraternidade e diálogo: compromisso de amor. Lema: Cristo é a Nossa Paz: do que era dividido, fez uma unidade”. Por isso, sugeriu “para base de nossa reflexão quaresmal a Encíclica Fratelli Tutti e a Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma”. As orientações de Dom Gil Antônio foram apresentadas em uma mensagem com orientações para o clero e os fiéis da Arquidiocese, na qual, além da Quaresma, falou sobre o Triênio para o Centenário da Diocese, que teve início em 31 de janeiro. Segundo assinalou, três comemorações caminharão juntos neste período: o Segundo Sínodo da Arquidiocese de Juiz de Fora, o Triênio para o Centenário e o Ano de São José. Para ler as orientações de Dom Gil Antônio Moreira na íntegra, acesse AQUI.

 Oração: Querido Pai, Deus Uno e Trino, pela intercessão do bispo São Simeão, conserve em nós a fidelidade ao projeto de amor aos mais abandonados e sofredores e que o testemunho deste apóstolo seja alimento de nossa fidelidade ao evangelho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Lc 9,22-25): 

Dizendo:«É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia. E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará. Porque, que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando-se a si mesmo?». Palavras de vida eterna.

«Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me» - Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)

Hoje é a primeira quinta-feira da Quaresma. Ainda temos fresca as cinzas que a Igreja nos punha ontem sobre a testa, e que nos introduzia neste tempo santo, que é uma trajetória de quarenta dias. Jesus, no Evangelho, nos ensina duas rotas: o Via Crucis que Ele deve recorrer, e nosso caminho em seu seguimento.
Sua senda é o Caminho da Cruz e da morte, mas também o de sua glorificação: «E acrescentou: «O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia» (Lc 9,22). Nossa senda, não é essencialmente diferente da de Jesus, e nos assinala qual é a maneira de seguí-lo: «Depois Jesus disse a todos: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (Lc 9,23).
Abraçado a sua Cruz, Jesus seguia a Vontade do Pai; nós, carregando a nossa sobre os ombros, o acompanhamos em sua Via Crucis.
O caminho de Jesus se resume em três palavras: sofrimento, morte, ressurreição. Nosso Sendero também é constituído por três aspectos (duas atitudes e a essência da vocação cristã): negarmos a nós mesmos, tomar cada dia a cruz e acompanhar a Jesus.
Se alguém não se nega a si mesmo e não toma a cruz, quer afirmar-se e ser o mesmo, quer «salvar sua vida», como diz Jesus. Mas, querendo salvá-la, a perderá. Em compensação, quem não se esforça por evitar o sofrimento e a cruz, por causa de Jesus, salvará sua vida. É o paradoxo do seguimento de Jesus: «De fato, que adianta um homem ganhar o mundo inteiro, se perde e destrói a si mesmo?» (Lc 9,25).
Esta palavra do Senhor, que encerra o Evangelho de hoje, agitou o coração de Santo Inácio e provocou sua conversão: «Que aconteceria se eu fizesse o que fez São Francisco e isso que fez Santo Domingo?». Tomara que nesta Quaresma a mesma palavra nos ajude também a converter-nos!

Santo do Dia: São Simeão

São Simeão foi bispo de Jerusalém. Filho de Cleófas, São Simeão era primo de Jesus. Ele foi um dos primeiros apóstolos, tendo inclusive recebido o Espírito Santo no dia de Pentecostes. Depois do assassinato de São Tiago, o menor, pelos judeus, os apóstolos e discípulos se reuniram para escolher seu sucessor na sede de Jerusalém. O escolhido foi Simeão. No ano 66 começou na Palestina a guerra civil em consequência da oposição dos judeus aos romanos e parece que os cristãos de Jerusalém receberam do céu o aviso de que a cidade seria destruída e que deviam sair dela sem demora, refugiando-se com o santo na cidade de Péla. Depois da tomada e destruição de Jerusalém, os cristãos voltaram e se estabeleceram nas ruínas. Simeão voltou e recomeçou com os fiéis a reconstrução das casas. Houve muitas conversões, pois o acontecimento fez muita gente refletir sobre a mensagem evangélica. Numerosos judeus converteram-se ao cristianismo devido aos milagres feitos pelos santos. Os imperadores Vespasiano e Domiciano mandaram matar todos os membros descendentes de Davi, mas Simeão conseguiu escapar. Contudo, durante a perseguição do Imperador Trajano, foi denunciado às autoridades, torturado, crucificado e morto. Simeão recebeu ordem de prisão e intimação de prestar homenagem aos deuses. O santo negou-se corajosamente a trair aquele que era seu único Mestre e Senhor. No meio da cruel flagelação, Simeão louvou e bendisse o nome de Deus e de Jesus Cristo. Do alto da cruz, ainda confessou o nome do divino Mestre, rezou pelos inimigos e entregou o espírito nas mãos de Deus. Morreu com 120 anos, depois de ter governado durante 43 anos a Igreja. Sua simplicidade e a fidelidade uniu os cristãos em torno do Evangelho de Jesus.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: Histórias de amor ao Cristo são comuns no início da Igreja. São Simeão, já na velhice, conservou sua fidelidade ao seu Mestre Jesus e entregou sua vida por amor a Igreja. Ele era membro da primeira geração de cristãos, conheceu Jesus e aprendeu dele a virtude da caridade e da fidelidade. Hoje somos convidados a reafirmar nossa profissão de fé em Jesus Cristo. Que nossa vida, na juventude e na velhice, seja sempre uma testemunha da Ressurreição.

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