Imagem referencial. Foto: Daniel Ibañez/ACI Prensa NATAL, 01 fev. 21 / 06:00 pm (ACI).- A Igreja celebra neste dia 2 de fevereiro, na festa da Apresentação do Senhor, o Dia Mundial da Vida Consagrada e, ao recordar esta data, o Arcebispo de Natal (RN), Dom Jaime Vieira Rocha, assinalou que os religiosos são chamados a viver consagração não como privilégio, mas como serviço. Em recente artigo, o Prelado ressaltou que “a Igreja proclama a beleza da vida consagrada reconhecendo-a como um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito”. Além disso, indicou, os religiosos e as religiosas são chamados “a viverem o carisma da consagração, não como um privilégio que os faz mais santos ou mais importantes que os outros, mas como consagrados ao serviço dos outros como Jesus o foi”. “Todos os cristãos são chamados a viver como servidores dos outros, mas os religiosos vivem esse chamado com total liberdade e doação por meio dos conselhos evangélicos, os votos de pobreza, castidade e obediência”, reforçou. Nesse sentido, assinalou que os consagrados “lembram a todos os outros fiéis que essa existência ‘cristiforme’ é destinada a todos os batizados”. “Os religiosos e as religiosas, presentes em nossa Igreja Particular merecem nosso reconhecimento e gratidão e, ao mesmo tempo, desejo que todos possam, num ato de fé, confirmar a sua adesão ao Cristo e manifestar a todos a misericórdia infinita de Deus”, afirmou o Arcebispo de Natal, desejando que o testemunho dos consagrados “ilumine a nossa vida”. Por fim, o Prelado fez memória também dos consagrados “que já partiram para a casa do Pai e vivem na eternidade o que já experimentaram aqui na terra”. “Parabenizo a todos e ao mesmo tempo, conclamo a que sempre vivam essa comunhão eclesial no serviço pastoral”, afirmou, ao concluir: “Que todos continuem dando testemunho de fraternidade e nos ensinem a que a fraternidade é o caminho de realização de toda vocação”.
Oração:
Deus
de caridade infinita, que a exemplo de Madre Maria, possamos trabalhar pela
superação da miséria e pela inclusão dos abandonados na vida sócio-cultural de
nosso país. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho (Lc 2,22-40):
E quando se completaram os
dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para
apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: «Todo
primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor”. Para tanto, deviam
oferecer em sacrifício um par de rolas ou dois pombinhos, como está escrito na
Lei do Senhor.
Ora, em Jerusalém vivia um homem piedoso e justo, chamado Simeão, que esperava
a consolação de Israel. O Espírito do Senhor estava com ele. Pelo próprio Espírito
Santo, ele teve uma revelação divina de que não morreria sem ver o Ungido do
Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo. Quando os pais levaram o menino
Jesus ao templo para cumprirem as disposições da Lei, Simeão tomou-o nos braços
e louvou a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu
servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante
de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo». O
pai e a mãe ficavam admirados com aquilo que diziam do menino.
Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe: «Este menino será causa de queda e
de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição — e a
ti, uma espada traspassará tua alma! — e assim serão revelados os pensamentos
de muitos corações».
Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Ela
era de idade avançada. Quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o
marido. Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não
saía do templo; dia e noite servia a Deus com jejuns e orações. Naquela hora,
Ana chegou e se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos os que esperavam
a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo conforme a Lei do Senhor,
eles voltaram para Nazaré, sua cidade, na Galiléia. O menino foi crescendo,
ficando forte e cheio de sabedoria. A graça de Deus estava com ele».
«Agora, Senhor,
segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a
tua salvação» -Rev. D. Lluís
RAVENTÓS i Artés(Tarragona, Espanha)
Hoje,
aguentando o frio do inverno, Simeão aguarda a chegada do Messias. Há
quinhentos anos, quando se começava a levantar o Templo, houve uma penúria tão
grande que os construtores se desanimaram. Foi então quando Ageo profetizou: «O
esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos
exércitos» (Ag 2,9); e completou que «sacudirei todas as nações, afluirão
riquezas de todos os povos e encherei de minha glória esta casa, diz o Senhor dos
exércitos» (Ag 2,7). Frase que admite diversos significados: «o mais
apreciado», dirão alguns, «o desejado de todas as nações», afirmará são
Jerônimo.
A Simeão «Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro
ver o Cristo do Senhor» (Lc 2,26), e hoje, «movido pelo Espírito», subiu ao
Templo. Ele não é levita, nem escriba, nem doutor da Lei, é somente um homem
«Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso,
esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele» (Lc 2,25) O
vento sopra onde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para
onde vai. Assim é também todo aquele que nasceu do Espírito”. (cf. Jo 3,8).
Agora comprova com desconcerto que não se tem feito nenhum preparativo, não se
veem bandeiras, nem grinaldas, nem escudos em nenhum lugar. José e Maria cruzam
a explanada levando o Menino nos braços. «Levantai, ó portas, os vossos
frontões, erguei-vos, portas antigas, para que entre o rei da glória» (Sal
24,7), clama o salmista.
Simeão avança para saudar a Mãe com os braços estendidos, recebe ao Menino e
abençoa a Deus, dizendo: «Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz,
segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação. Que
preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para
a glória de vosso povo de Israel» (Lc 2,29-32).
Depois diz a Maria: «E uma espada traspassará a tua alma!» (Lc 2,35). Mãe!
—digo-lhe— quando chegue o momento de ir à casa do Pai, leva-me nos braços como
Jesus, que também eu sou teu filho e menino.
Santo do Dia:Santa Maria Domenica Mantovani
Maria
Domenica nasceu em Verona (IT), no
dia 12 de novembro de 1862. Teve nos seus pais João Batista
Mantovani e Prudência Zamperini, e no seu avô, que vivia com eles, a influência profunda de uma família honesta e cristã de
trabalhadores simples, piedosos e dignos. Frequentou apenas a escola
primária, por causa da pobreza da família.
Mas a falta de cultura foi compensada pelos dotes de inteligência, vontade
e grande senso prático. Desde criança mostrou sua vocação religiosa e, incentivada pelo avô, dedicava-se
à oração e a tudo o que se referia a Deus. Aos quinzes
anos, Maria Domenica passou a ser orientada pelo padre José
Nascimbeni, que a levou a prosseguir na vida da perfeição. Ela
dedicava-se ao ensino do catecismo às crianças, visitava e assistia os doentes e os pobres. Maria Domenica foi a
principal fundadora de uma nova família religiosa,
chamada "Pequenas Irmãs da Sagrada Família".
Espalhado pelo mundo, este instituto conta com muitas Irmãs
presentes em cento e cinquenta casas na Itália, Suíça, Albânia, Angola,
Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, dedicadas às mais variadas
atividades apostólicas e caritativas. Madre Maria Josefina da Imaculada faleceu depois de breve enfermidade, no dia 02 de fevereiro de 1934.(Colaboração: Padre Evaldo
César de Souza, CSsR)
Reflexão: As obras de caridade são exemplos
concretos de amor a Deus e aos mais pobres. Muitas são as famílias religiosas
que se dedicam a auxiliar os mais necessitados. Rezemos para que mais e mais
pessoas sintam-se chamadas para trabalhar em favor dos mais excluídos.
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