Imagem referencial / Crédito: Unsplash Roma, 18 fev. 21 / 01:14 pm (ACI).- Um sacerdote da Congregação dos Oblatos de São José se aprofundou na carta apostólica Patris corde para explicar por que São José é considerado “pai no acolhimento” e o que o levou a aceitar com coragem o plano de Deus. Na terça-feira, 8 de dezembro, o Papa Francisco publicou sua carta apostólica Patris corde, com a qual convocou o Ano de São José para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus do Beato Pio IX, que declarou o pai adotivo de Jesus como padroeiro do Igreja universal. Em carta enviada a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, por ocasião do Ano de São José, o Pe. Manuel Antonio Manrique Figueroa, diretor do Corpo Estudantil de Filosofia e Teologia Marellianum, assegurou que São José “nos ensina que a fé leva à aceitação corajosa, responsável e criativa da vida, na qual o Senhor se manifesta de maneira diferente”. “É próprio da presença do Espírito de Deus nas pessoas que a vida seja acolhida em sua realidade mais profunda”, escreveu. No contexto histórico vivido por São José, ou seja, “em uma situação religiosa de expectativa do povo de Israel, quando chega a plenitude dos tempos, em que o Verbo de Deus, dono da vida e da história, assumiu a nossa natureza humana”, o sacerdote reiterou que o santo “acolheu generosamente este mistério, com a sua esposa, Maria”. “A humanidade está sendo redimida pelo mistério da encarnação, e nosso santo de referência contribui colocando-se a serviço do mistério da salvação de toda a humanidade”, explicou o presbítero. São José: Por que é pai no acolhimento - Pe. Manrique escreveu que São José é pai no acolhimento porque a sua atitude “é de plena disponibilidade ao serviço do plano de Deus e, neste sentido, também ao serviço de cada ser humano”. “Embora a Sagrada Escritura não diga muito sobre ele, seu papel foi essencial na realização da promessa que Deus havia feito ao Povo da Antiga Aliança”, acrescentou. Também recordou as palavras do Papa Francisco no ponto quatro da Patris corde, que sublinha: “José não é um homem resignado passivamente. O seu protagonismo é corajoso e forte. O acolhimento é um modo pelo qual se manifesta, na nossa vida, o dom da fortaleza que nos vem do Espírito Santo”. Pe. Manrique destacou que a vida de São José também teve momentos de “alegria ou tristeza, de realização ou fracasso, de ilusão ou frustração”, como qualquer ser humano. “A experiência de vida de São José está muito próxima da humanidade comum: projetos pessoais, dificuldades, aspirações, frustrações, vida profissional, angústia, alegrias na família, vida social, sua atitude de crente, responsabilidades e tarefas”, disse. Acolher a Sagrada Família - Em relação à Sagrada Família que deveria cuidar, o sacerdote disse que para São José “não lhe foi fácil compreender os planos de Deus, que irrompe na sua vida para o chamar à fé, a uma nova forma de ver matrimônio e a paternidade". “A fé de José leva-o a reconhecer a ação de Deus na sua vida e a ver como a nova realidade nasce no seio do seu lar, colocando-se completamente ao serviço do mistério da salvação, embora não o compreenda humanamente. Esta disponibilidade permite que seja o próprio Deus quem ensina e ilumina o seu caminho”, especificou. Acolher a vontade de Deus em tempos difíceis, como São José - Pe. Manrique afirma que a vida de São José é “testemunho de que, vencido o medo pela confiança, pela fé, o reino de Deus está presente na história”. “A nossa vida pode encontrar uma nova plenitude e sentido, nas atuais circunstâncias, se seguirmos o exemplo de José, ouvindo a Deus nas condições concretas de cada dia, na certeza de que Deus tudo sabe e tudo pode fazer”, continuou. Diante dos tempos de incerteza vividos pela pandemia da Covid-19, escreveu que “somos chamados a reproduzir a atitude acolhedora de José para com as pessoas em sua fragilidade e precariedade, e para encontrar nelas um gesto de Deus para com a nossa própria realidade humana”. “Os santos testemunham a eficácia da sua assistência nos momentos de incerteza da vida pessoal, da vida da Igreja ou da humanidade como um todo, tal como ocorrem neste momento”, concluiu. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Evangelho (Mt 9,14-15):
Então,
chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós e os
fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus:
«Podem porventura andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com
eles? Dias, porém, virão, em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão».
«Dias, porém, virão,
em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão» -Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer(Barcelona, Espanha)
Hoje,
primeira sexta-feira da Quaresma, tendo feito jejum e a abstinência da
quarta-feira de Cinza, procuramos oferecer o jejum e o Santo Rosário pela paz,
que é tão urgente no nosso mundo. Nós estamos dispostos a ter cuidado com este
exercício quaresmal que a Igreja, Mãe e Mestra, nos pede que observemos e, ao
recordar o que o mesmo Senhor disse: «Vocês acham que os convidados de um
casamento podem estar de luto, enquanto o noivo está com eles? Mas chegarão
dias em que o noivo será tirado do meio deles. Aí então eles vão jejuar» (Mt
9,15). Temos o desejo de vivê-lo não só como o cumprimento de um critério ao
que estamos obrigados, e —sobretudo— procurando chegar a encontrar o espírito
que nos conduz a viver esta prática quaresmal e que nos ajudará em nosso progresso
espiritual.
Em busca deste sentido profundo, podemos perguntar: qual é o verdadeiro jejum?
Já o profeta Isaías, na primeira leitura de hoje, comenta qual é o jejum que
Deus aprecia: «Comparte com o faminto teu pão, e aos pobres e peregrinos convida-os
a tua casa; quando vires ao desnudo, cobre-lo; não fujas deles, que são teus
irmãos. Então tua luz sairá como a manhã, e tua saúde mais rápido nascerá, e
tua justiça irá à frente de tua cara, e te acompanhará o Senhor» (Is 58,7-8).
Deus gosta e espera de nós tudo aquilo que nos leva ao amor autêntico com
nossos irmãos.
Cada ano, o Santo Padre João Paulo II nos escrevia uma mensagem de Quaresma. Em
uma dessas mensagens, sob o lema «Faz mais feliz dar que receber» (Hch 20,35),
suas palavras nos ajudaram a descobrir esta mesma dimensão caritativa do jejum,
que nos dispõe —desde o profundo do nosso coração— a prepararmos para a Páscoa
com um esforço para identificarmos, cada vez mais, com o amor de Cristo que o
levou até a dar a vida na Cruz. Definitivamente, «o que todo cristão deve fazer
em qualquer tempo, agora deve fazê-lo com mais atenção e com mais devoção» (São
Leão Magno, Papa).
Santo do Dia:São Conrado de Placência
Era casado e vivia
na cidade de Placência, na Itália. Certo dia, em que estava caçando lebres e faisões,
causou um incêndio acidental que provocou grandes danos. Em seguida ele fugiu
para escapar à justiça. Ao saber que um inocente fora condenado em seu lugar,
apresentou-se, confessou sua responsabilidade e ofereceu todos os seus bens
para indenizar os prejuízos. Este gesto fez Conrado gastar todo seu dinheiro e
ele acabou ficando pobre.
Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou num
Convento, na Ordem Terceira de S. Francisco, abandonando a esposa, que também
retirou-se para um mosteiro. Apesar destes gestos bruscos, Conrado era muito
bom e piedoso.
Em 1343 chegou a Siracusa e estabeleceu-se na cidade de Noto. Escolheu como
habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade foi
aumentando e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava. Quando
percebeu que as muitas visitas perturbavam sua vida de oração, frei Conrado
levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzoni,
que foi depois chamada de gruta de são Conrado.
Morreu a 19 de fevereiro de 1351. Frei Conrado foi sepultado entre as
esplêndidas igrejas de Noto. Viveu 40 anos na oração e na penitência.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: São
Conrado foi um homem decidido e profundamente marcado pelas ações radicais. Seu
temperamento forte levou-o a abandonar a família, os bens e sua terra natal,
para dedicar-se à oração e a contemplação dos mistérios de Deus. Tornou-se um
místico. O exemplo de são Conrado convida-nos a buscar Deus de todas as
maneiras. O desapego das coisas passageiras facilita o diálogo com o Pai e abre
nosso coração para a caridade fraterna com o próximo.
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