Oração: Bendito
sejais, ó Deus, que concedestes a Santa Brígida a graça da firmeza da fé e das
grandes iniciativas apostólicas. Dai-me ser sempre diligente e pronto para as
grandes tarefas de apostolado e testemunho. Por Cristo nosso Senhor. Amém!
Evangelho
segundo São João 15,1-8.
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos: «Eu sou a verdadeira vide e meu Pai é o
agricultor.
Ele corta todo o ramo que está em Mim e não dá fruto e limpa todo aquele que dá
fruto, para que dê ainda mais fruto.
Vós já estais limpos, por causa da palavra que vos anunciei.
Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por
si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes
em Mim.
Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se alguém permanece em Mim e Eu nele, esse
dá muito fruto, porque sem Mim nada podeis fazer.
Se alguém não permanece em Mim, será lançado fora, como o ramo, e secará. Esses
ramos, apanham-nos, lançam-nos ao fogo e eles ardem.
Se permanecerdes em Mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o
que quiserdes e ser-vos-á concedido.
A glória de meu Pai é que deis muito fruto. Então vos tornareis meus
discípulos».(Tradução litúrgica da Bíblia)
Santa
Brígida e a Igreja doméstica
O primeiro período na vida desta santa foi
caracterizado pelo seu casamento feliz. O marido chamava-se Ulf e governava um
importante território do Reino da Suécia. O casamento durou vinte e oito anos,
até à morte de Ulf. Deste casamento nasceram oito filhos, a segunda dos quais,
Catarina, é venerada como santa. Eis um sinal eloquente do empenho educativo de
Brígida para com os seus filhos. [...] Brígida, que tinha direção espiritual
com um religioso erudito que a introduziu no estudo das Escrituras, exerceu uma
influência muito positiva naquela família que, graças à sua presença, se tornou
uma verdadeira «Igreja doméstica». Juntamente com o marido, adotou a Regra dos
Terciários franciscanos. Praticava generosamente obras de caridade em prol dos
pobres, e fundou um hospital. Com a esposa, Ulf aprendeu a melhorar o seu
carácter e a progredir na vida cristã. No regresso de uma longa peregrinação a
Santiago de Compostela [...], o casal decidiu viver na abstinência; mas, pouco
tempo depois, na paz de um mosteiro para onde se tinha retirado, Ulf terminou a
sua vida terrena. Este primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar
o que poderíamos definir hoje como uma verdadeira «espiritualidade conjugal»:
em conjunto, os dois elementos de um casal cristão podem percorrer um caminho
de santidade, apoiados na graça do sacramento do matrimónio. Muitas vezes, como
foi o caso da vida de Santa Brígida e de Ulf, é a mulher que, com a sua
sensibilidade religiosa, a sua delicadeza e a sua doçura, consegue levar o marido
a percorrer um caminho de fé. Penso reconhecidamente em muitas mulheres que
também hoje iluminam, dia após dia, as suas famílias com o seu testemunho de
vida cristã. Que o Espírito do Senhor possa suscitar, também nos nossos tempos,
a santidade dos casais cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do casamento
vivido segundo os valores do Evangelho: o amor, a ternura, a ajuda recíproca, a
fecundidade na geração e educação dos filhos, a abertura e a solidariedade para
com o mundo, a participação na vida da Igreja.
Santo do Dia: Santa Brígida
Brígida
nasceu princesa, em 1303, na Suécia. Descendia de uma casa real muito piedosa,
que se dedicava a construir mosteiros, igrejas e hospitais com a própria
fortuna. Além de manter muitas obras de caridade para a população pobre,
Brígida, desde a infância, tinha o dom das revelações divinas.
Aos
dezoito anos, ela se casou com um nobre cristão e muito piedoso. O casal teve
oito filhos, dentre os quais, a filha venerada como Santa Catarina da Suécia.
Era com rigor que eles cuidavam da educação religiosa e acadêmica dos filhos,
sempre no caminho para a santificação em Cristo. Frequentava sempre as cortes
luxuosas, mas não se corrompeu neste ambiente de riquezas.
Acometido
por uma doença, o marido de Brígida ingressou no mosteiro de Alvastra, onde
vivia um dos seus filhos e lá morreu, em 1344.
Viúva,
Brígida decidiu se retirar definitivamente para a vida monástica para realizar
um velho projeto de fundação de uma ordem religiosa. No mosteiro viveu por
vinte e quatro anos, trabalhando pela reforma dos costumes. Com o apoio do rei
da Suécia, construiu e instaurou setenta e oito mosteiros por toda a Europa.
Ela
morreu em 23 de julho de 1373, durante uma romaria à Terra Santa.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Santa Brígida tinha uma personalidade carismática, pacífica e mística. Exemplo de mulher preocupada com os mais abandonados, Brígida não mediu esforços para construir infraestruturas de abrigo para os sofredores, usando para isso sua própria fortuna. Mesmo sendo uma princesa ela soube comportar-se como uma verdadeira serva de Deus e nunca se apegou a sua condição de nobre. Que os cristãos mais abastados saibam oferecer aos mais pobres auxílio concreto na hora do desespero e da dor.
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