Hiroshima depois da bomba - Foto: Domínio público REDAÇÃO CENTRAL, 06 ago. 21 / 06:00 am (ACI).- Há 76 anos aconteceu a explosão da bomba atômica em Hiroshima, um dos episódios mais dramáticos na história da humanidade. No dia 6 de agosto de 1945, festa da Transfiguração, muito perto de onde caiu a bomba “Little Boy”, quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram a esta catástrofe e a radiação – que matou milhares de pessoas nos meses seguintes – não causou nenhum efeito neles. Esta história, documentada por historiadores e médicos, é conhecida como o Milagre de Hiroshima. Os jesuítas Hugo Lassalle, superior no Japão, Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik, estavam na casa paroquial da Igreja jesuíta de Nossa Senhora da Assunção, em um dos poucos edifícios que resistiu à bomba. No momento da explosão, um dos jesuítas estava celebrando a Eucaristia, outro tomando café da manhã e o outros estavam nos arredores da paróquia. Conforme escreveu o padre Hubert Cieslik em um jornal, somente sofreram pequenos ferimentos por causa de cristais quebrados, mas nenhum efeito da radiação, nenhuma perda de audição, nem qualquer outro dano.
Oração: Onipotente Deus, que ao vosso bem aventurado mártir
São Lourenço destes forças para triunfar os tormentos, concedei-me que se
extingam em mim as chamas do pecado. Reparti comigo vossa coragem para
enfrentar os perigos e vossa fé para depositar em Deus vossa vida e vossa alma.
Por Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina, Amem!
Evangelho (Jo 12,24-26)
Naquele tempo, disse
Jesus a seus discípulos: «Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo
que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se
apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há
de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu
estiver, estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o
honrará».
«Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, a Igreja por meio da
Liturgia Eucarística que celebra o mártir romano São Lourenço nos lembra que
«Existe um testemunho de coerência que todos os cristãos devem estar dispostos
a dar cada dia, inclusive a custa de sofrimentos e de grandes sacrifícios» (S.
João Paulo II).
A Lei Moral é santa e inviolável. Esta afirmação, certamente, contrasta com o
ambiente relativista que impera em nossos dias, onde com facilidade cada um
adapta as exigências éticas à própria comodidade pessoal ou às suas próprias debilidades.
Não encontraremos ninguém que diga: Eu sou imoral; Eu sou um inconsciente; Eu
sou uma pessoa sem verdade... Qualquer pessoa que dissesse isso se
desqualificaria a si mesma imediatamente.
Mas a pergunta relevante seria: de que moral, de que consciência e de que
verdade estamos falando? É evidente que a paz e a sadia convivência sociais não
se podem basear em uma moral à la carte, onde cada um tira conforme lhe pareça,
sem levar em conta as inclinações e as aspirações que o Criador dispôs para nossa
natureza. Esta moral, longe de nos conduzir por «caminhos seguros» para os
«verdes prados» que o Bom Pastor deseja para nós (cf. Sal 23, 1-3), nos levaria
irremediavelmente às areias movediças do relativismo moral, onde absolutamente
tudo se pode pactuar e justificar.
Os mártires são testemunhas inapeláveis da santidade da lei moral: há
exigências de amor básicas que não admitem nunca exceções nem adaptações. De
fato, «Na Nova Aliança encontram-se numerosas testemunhas de seguidores de
Cristo que (...) aceitaram as perseguições e a morte antes de fazer o gesto
idólatra de queimar incenso diante a estátua do Imperador (S. João Paulo II).
No ambiente da Roma do imperador Valeriano, o diácono «São Lourenço amou a
Cristo na vida, imitou a Cristo na morte» (Santo Agostinho). E, uma vez mais,
cumpriu-se que «quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la
para a vida eterna» (Jo 12, 25). Felizmente para nós, a memória de São
Lourenço, ficará para sempre, como sinal de que o seguimento de Cristo merece
que se dê a própria vida e, não admitir frívolas interpretações do seu caminho.
Lourenço era o primeiro dos sete diáconos a serviço
da Igreja de Roma. Devia ter uma boa formação acadêmica, pois, seu cargo era de
muita responsabilidade e importância. Depois do Papa Xisto II, era o
responsável pela Igreja. Ele era o assistente do Papa nas celebrações e na
distribuição da Eucaristia.
Além disto, ele era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das
construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais
destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.
No ano 257 o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os
cristãos: proibiu as reuniões dos cristãos, fechou as catacumbas, exilou os
bispos e exigiu respeito aos ritos pagãos. Finalmente ordenou que os bispos e
padres fossem todos mortos.
Por causa da perseguição religiosa, o Papa Xisto II foi morto, junto com seis
diáconos. Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o Papa um pouco
antes dele morrer. O Papa teria lhe pedido para que distribuísse aos pobres
todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos
do governador.
Lourenço distribuiu riquezas aos pobres e cuidou de esconder os livros e
objetos sagrados. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos,
doentes e os colocou na frente do governador, dizendo: "Pronto, eis aqui
os tesouros da Igreja". Irado, o chefe pagão mandou que o amarrassem sobre
uma grelha, para ser assado vivo e lentamente. O suplício cruel não desviou
Lourenço de sua fé. Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela
cidade de Roma.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: O nome de São Lourenço brilha como astro de
primeira grandeza no firmamento da Igreja primitiva. Seu martírio trouxe vida
para a Igreja. O testemunho de sua fé no Cristo nos anima a continuar
enfrentando as tempestades da vida. Façamos também a nossa parte na construção
do reino de Deus.
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