quinta-feira, 12 de agosto de 2021

BOM DIA EVANGELHO - 13 DE AGOSTO DE 2021

BOM DIA EVANGELHO


13 DE AGOSTO DE 2021-Sexta-feira da 19ª semana do Tempo Comum

BURGOS, ESPANHA12 ago. 21 / 02:04 pm (ACI)  Pouco a pouco, Jesus foi chamando à vida religiosa as irmãs Jordán, Francesca, Amada, Ruth Maria e Nazareth. A história de cinco irmãs biológicas que se tornaram freiras num período de apenas 2 anos tem chamado atenções entre católicos da Espanha, país natal da família que, além das cinco filhas, tem mais dois filhos homens. Todas elas ingressaram no instituto de religiosas contemplativas Iesu Communio, fundado em 2010 em Burgos, no norte do país. A primeira foi Jordán. No ano seguinte, entraram Francesca e Amada de Jesus. Dois meses depois, foi a vez de Ruth Maria, que é a mais velha das cinco. Por fim, passados mais seis meses, entrou também Nazareth. A trajetória das cinco religiosas irmãs foi divulgada num vídeo do instituto. Em seu depoimento, Amada de Jesus declara que “foi uma grande surpresa para todos quando nosso Senhor chamou as cinco irmãs para o instituto num período de dois anos”. De fato, elas nem sequer conversavam entre si sobre a vocação religiosa: “Não sabíamos desta sede que o Espírito Santo estava suscitando em nós”. Ela complementa: “Deus tem Seus planos e sabe a hora e o lugar para cada uma”.

Oração: Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Ponciano e Hipólito governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Evangelho segundo São Mateus 19,3-12.

Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns fariseus para O porem à prova e disseram-Lhe: «É permitido ao homem repudiar a sua esposa por qualquer motivo?».
Jesus respondeu: «Não lestes que o Criador, no princípio, os fez homem e mulher
e disse: "Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa e serão os dois uma só carne"?
Deste modo, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Eles objetaram: «Porque ordenou, então, Moisés que se desse um certificado de divórcio para se repudiar a mulher?».
Jesus respondeu-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar as vossas mulheres. Mas no princípio não foi assim.
E Eu digo-vos: Quem repudiar a sua mulher, a não ser em caso de união ilegítima, e casar com outra, comete adultério».
Disseram-Lhe os discípulos: «Se é esta a situação do homem em relação à mulher, não é conveniente casar-se».
Jesus respondeu-lhes: «Nem todos compreendem esta linguagem, senão aquele a quem é concedido.
Na verdade, há eunucos que nasceram assim do seio materno, outros que foram feitos pelos homens e outros que se tornaram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder compreender, compreenda».(Tradução litúrgica da Bíblia)

 São Pedro Crisólogo (c. 406-450) bispo de Ravena, doutor da Igreja - Sermão 99; PL 52,477 - «Grande é este mistério» (Ef 5,32)

«Nem a mulher é separável do homem, nem o homem da mulher, diante do Senhor», diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11) […]. O homem e a mulher caminham juntos para o Reino. Sem os separar, Cristo chama simultaneamente o homem e a mulher, que Deus uniu e que a natureza liga, dando-lhes a partilhar os mesmos gestos e as mesmas tarefas, em acordo admirável. Pelo laço do casamento, Deus faz que dois seres sejam apenas um e que um seja dois, de maneira que cada um descubra outro eu, que não perde a sua singularidade nem se confunde no casal. Mas por que razão, nas imagens que nos dá do seu Reino, Deus faz que intervenham desta maneira a mulher e o homem? (cf Lc 13,18.21). Porque nos sugere tanta grandeza servindo-Se de exemplos que podem afigurar-se-nos fracos e desproporcionados? Irmãos, um precioso mistério se esconde sob esta pobreza. Nas palavras do apóstolo Paulo: «É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5,32). Estas parábolas evocam o maior projeto da humanidade: o homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, que durava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos, da árvore do conhecimento do bem e do mal, ao fogo […] do Evangelho […]. A sua boca, doente com o fruto da árvore envenenada, sarará com o sabor caloroso da árvore da salvação; árvore com sabor a fogo, que inflama a consciência gelada pela árvore de outrora. Agora, a nudez perde efeito, já não causa vergonha: o homem e a mulher estão totalmente cobertos de perdão.

Santo do Dia: São Ponciano e Santo Hipólito

O imperador Severo aceitou a diversidade religiosa no império. Entretanto, na própria Igreja surgiram divisões. Ponciano e Hipólito viveram em Roma no século III. Estes dois homens foram envolvidos por um cisma na Igreja. Ambos se consideravam papas.

São Hipólito foi um dos escritores mais destacados da Igreja de Roma dos primeiros séculos. Presbítero da Igreja de Roma, entrou em conflito com o papa Calixto, dizendo que o novo papa não considerava a legislação sobre o casamento e a penitência e estava abandonando a tradição apostólica. Descontente com o comando da Igreja, proclamou-se papa ao lado de Ponciano, sucessor imediato de Calixto.
Em 230, com a morte de Severo, sobe ao trono o imperador Maximino que retoma a perseguição religiosa. Imediatamente deportou os dois papas para minas de trabalhos forçados, na Sardenha. Lá eles morreram martirizados.
Ponciano foi o primeiro Papa a ser deportado. Era um fato novo para a Igreja, que ele administrou com sabedoria e sagacidade e muita humildade. Para que seu rebanho não ficasse sem pastor, renunciou ao Trono de Pedro, tornando-se também o primeiro Papa da Igreja a usar este recurso extremo.
Este gesto comoveu Hipólito, que percebeu o sincero zelo apostólico de Ponciano. Por isto, também renunciou o seu posto, interrompendo o prolongado cisma e se reconciliou com a Igreja de Roma, antes de morrer, em 235, no mesmo ano que Ponciano.
Os corpos destes dois mártires foram trasladados para Roma, onde estão sepultados.9Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR0

Reflexão: A história dos santos de hoje mostra que mesmo as fragilidades humanas podem resultar em santidade. Mesmo sendo adversários, Hipólito e Ponciano foram agraciados com a conversão e tornaram-se santos da Igreja. Hipólito, mesmo na sua radicalidade, reconheceu a eleição legítima do papa Ponciano, devido a manifestação de profundo zelo pastoral daquele papa. Martirizados juntos, proclamaram, em uníssono, o amor radical a Jesus Cristo.

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