terça-feira, 24 de maio de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 24. MAIO. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


24 DE MAIO DE 2022 - Terça-feira da 6ª semana da Páscoa

Imagem ilustrativa.Foto: Wikimedia (CC BY 2.0) -REDAÇÃO CENTRAL, 23 mai. 22 / 01:47 pm (ACI).- Quando, em 1500, Pedro Álvares Cabral chegou às terras que mais tarde se tornariam o Brasil, com ele e suas caravelas chegou também a Mãe de Deus, sob a imagem de Nossa Senhora da Esperança. De lá para cá, a devoção mariana foi crescendo, ao ponto de se tornar um elemento de “identidade e consolidação do catolicismo” no país. Hoje, segundo o membro da Academia Maria de Aparecida, frei Jonas Nogueira da Costa, “quando se pensa nessa consolidação, é importantíssimo pensar em Aparecida, que é o grande elemento de identidade territorial”. Frei Jonas da Costa, da Ordem dos Frades Menores, é doutor em Teologia Sistemática, com pesquisa em Mariologia. Em entrevista à ACI Digital, ele falou sobre a importância da devoção mariana para a Igreja Católica no Brasil e lembrou que esta devoção está presente no país desde a colonização. “Em toda América Latina, a devoção mariana chegou com os colonizadores, em uma vertente em favor de Portugal e Espanha. Nesse sentido, a devoção mariana que aqui chega é toda pautada em moldes europeus, especificamente da Península Ibérica. Mas, chegando ao Brasil, a devoção mariana vai construindo um rosto muito nosso”, disse, ressaltando um contexto onde ainda havia pouca presença estruturada da Igreja, com poucos sacerdote e, consequentemente, poucas missas. “Nesse sentido, a devoção foi o grande canal, o grande modo no Brasil colônia de implantação do catolicismo”, disse. O franciscano destacou que um “ponto relevante” sobre as “origens da devoção mariana no Brasil é que Maria já chega na frota de Pedro Álvares Cabral”, quando os portugueses trouxeram “dois signos marianos”. “O primeiro foi um quadro de Nossa Senhora da Piedade, diante do qual era celebrada diariamente a missa, e o outro era a imagem de Nossa Senhora da Esperança, que de fato foi a primeira imagem de Nossa Senhora que aportou em solo brasileiro”. Para o pesquisador, “é importante dizer isso, que o Brasil nasce sob o signo de Nossa Senhora da Esperança e isso é algo que diz muito para nosso povo, diante de tantas dificuldades que enfrentamos: Maria chega ao nosso país anunciando esperança a todos”. Segundo frei Jonas da Costa, a “primeira igreja construída no Brasil foi no ano de 1535, na Bahia, dedicada a Nossa Senhora da Graça”. A partir de então, a devoção mariana vai se consolidando “com a presença das escolas católicas vindas da Europa, das missões jesuítas, do processo de evangelização do Brasil como um todo”. “No período em que faltavam padres e, consequentemente havia poucas missas, a devoção mariana foi o que sustentou o catolicismo no Brasil, com as novenas, os terços, inclusive, com as bendições e outras dimensões que invocavam a Virgem Maria em sua proteção, no seu lugar de importância, de intercessora junto com o povo”, afirmou.

Oração: Deus, nosso Pai, dai-nos a graça de vos conhecer mais profundamente e fazei-nos viver os apelos do Espírito Santo, como os apóstolos, os santos, os mártires de todos os tempos viveram. Ajudai-nos a fazer a experiência de uma vida inspirada na fé, no amor e na esperança, na luta pela justiça, na promoção da paz, no serviço aos semelhantes, na defesa dos fracos, dos pobres e oprimidos de corpo e alma. Senhor, que ouvis os pobres e os pequeninos, que o vosso Reino aconteça no meio de nós, e que sejamos testemunhas e sinais da vossa presença amorosa no mundo. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Jo 16,5-11):

 «Agora, eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais? ’ Mas, porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza. No entanto, eu vos digo a verdade: é bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós. Quando ele vier, acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao julgamento. Quanto ao pecado: eles não acreditaram em mim. Quanto à justiça: eu vou para o Pai, de modo que não mais me vereis. E quanto ao julgamento: o chefe deste mundo já está condenado».

«É bom para vós que eu vá» - Fr. Joseph A. PELLEGRINO(Tarpon Springs, Florida, Estados Unidos)

Hoje, o Evangelho nos apresenta um entendimento mais profundo da realidade da Ascensão do Senhor. Na leitura do Evangelho de João no Domingo de Páscoa, é dito a Maria Madalena que não deve tocar o Senhor porque «ainda não subi para junto do Pai» (Jo 20,17). No Evangelho de hoje, Jesus observa, sobre os discípulos: «porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza», mas que «é bom para vós que eu vá» (Jo 16,6-7). Jesus precisa subir ao Pai. No entanto, Ele ainda permanece conosco.
Como Ele pode ir e, ao mesmo tempo permanecer? Este mistério foi explicado por nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI: «Dado que Deus abraça e ampara toda a criação, a Ascensão do Senhor significa que Cristo não se afastou de nós, mas que agora, graças ao Seu ser com o Pai, está próximo de cada um de nós, para sempre».
Nossa esperança está em Jesus Cristo. Sua vitória sobre a morte nos deu a vida que a morte nunca poderá destruir: Sua Vida. Sua ressurreição é uma confirmação de que o espiritual é real. Nada poderá nos separar do amor de Deus. Nada poderá diminuir nossa esperança. Os negativos do mundo não poderão destruir o positivo de Jesus Cristo.
O mundo imperfeito no qual vivemos, um mundo onde os inocentes sofrem, pode nos levar ao pessimismo. Mas Jesus Cristo nos transforma em eternos otimistas.
A presença viva de Nosso Senhor em nossa comunidade, em nossas famílias, naqueles aspectos de nossa sociedade que podem corretamente ser chamados “cristãos”, nos dá uma razão para ter esperança. A presença viva de Nosso Senhor em cada um de nós nos dá alegria. Não importa quão alta seja a barreira de negatividade que a mídia se deleita em apresentar, os pontos positivos do mundo pesam mais, de longe, do que os pontos negativos, pois Jesus Cristo subiu aos céus.
Ele ascendeu, mas não nos deixou.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quem, tendo ouvido os nomes dados ao Espírito, não se sente elevado e não eleva o seu pensamento à natureza divina? "Espírito Firme", "Espírito Generoso", "Espírito Santo" são seus apelidos próprios e peculiares» (São Basílio, o Grande) «O Espírito Santo nos faz filhos e filhas de Deus. Compromete-nos com a mesma responsabilidade de Deus com respeito ao seu mundo, a toda a humanidade. Ensina-nos a olhar o mundo, os outros e a nós mesmos com os olhos de Deus» (Bento XVI) «Depois da Páscoa, é o Espírito Santo que ‘confunde o mundo no tocante ao pecado’, isto é, faz ver ao mundo o pecado de não ter acreditado n'Aquele que o Pai enviou (23). Mas este mesmo Espírito, que desmascara o pecado, é o Consolador (24) que dá ao coração do homem a graça do arrependimento e da conversão (25)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.433)

Santo do Dia: São Vicente de Lérins

As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Vicente era um soldado do exército romano, que decidiu abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e dedicar-se somente a Deus na humildade cristã".

Vicente, então, optou pela vida monástica e nesta se despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Foi ordenado sacerdote e eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa. Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de Bispos e Santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "manual de advertência aos hereges", que estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica. Vicente de Lérins morreu no mosteiro no ano 450.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: São Vicente de Lérins sempre acreditou no progresso da fé, mas rejeitava mudanças descabidas. Pelo progresso a religião se torna melhor, mas as mudanças podem destruir a originalidade da verdade da fé. Acreditar naquilo que faz parte do depósito da fé nos permite encontrar caminhos renovados para a vivência de nossa religião cristã. Temos que aprender a retirar do báu da fé idéias antigas e novas.

TJL – VATICANNEWS.VA- A12.COM – EVANGELI.NET

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