BOM DIA EVANGELHO
III SEMANA
DA PÁSCOA (Branco Ofício do
Dia) - Missa Votiva - Sagrado Coração de Jesus
Parolin: esperamos um sinal de Moscou para dialogar
O Secretário de Estado, à margem de uma
apresentação de um livro, reafirmou o desejo expresso pelo Papa de encontrar
pessoalmente o presidente Putin para chegar a uma solução para o conflito na
Ucrânia. A resposta do Patriarcado de Moscou às palavras do Papa sobre a
videochamada com Kirill.
Alessandro
De Carolis – Vatican News
O
Papa o havia dito em termos claros, reiterou o secretário de Estado, cardeal
Parolin: Francisco está pronto para voar até Moscou, a Santa Sé está pronta
para fazer todo o possível para deter a guerra, espera-se somente um sinal de
abertura por parte da Rússia. No final da tarde desta quarta-feira, na
apresentação do livro de Cesare Catananti, "La scomunica ai
comunisti". Protagonistas e antecedentes nos jornais do Santo Ofício"
(A excomunhão dos comunistas. Protagonistas e antecedentes nos documentos do
Santo Ofício), o cardeal Parolin falou por alguns minutos com jornalistas, que
lhe pediram que comentasse as últimas palavras do Papa, na entrevista que deu
ao jornal italiano Corriere della Sera.
“Penso,
disse o cardeal, que neste momento não há outros passos a serem dados, o Santo
Padre se ofereceu para ir a Moscou, para se encontrar pessoalmente com o
presidente Putin. Estamos esperando que eles nos digam o que querem, o que
pretendem fazer. Não creio que haja mais medidas a serem tomadas por parte do
Santo Padre". A porta está, portanto, bem aberta para a possibilidade de
iniciar um diálogo construtivo que possa fazer silenciar as armas que vêm
martelando a Ucrânia há mais de dois meses. Na entrevista ao jornal italiano,
Francisco havia recordado a carta enviada pelo Secretário de Estado ao Kremlin
na esperança de que o presidente russo concedesse uma janela de oportunidade
para o diálogo.
O
Patriarcado russo também reagiu à entrevista ao jornal Corriere dela Sera em
uma declaração criticando as observações feitas por Francisco sobre a vídeo chamada
entre o Pontífice e Kirill em 16 de março, falando que o tom estava
"errado". Mas, para além dos tons, permanece o desejo de fazer todo o
possível para reconstruir os equilíbrios internacionais danificados pela
guerra. "O mundo precisa de paz, respirar paz é saudável", repetiu
Francisco há alguns dias, para que a força da fraternidade possa prevalecer no
final.
Evangelho
(João 6,52-59)
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si, dizendo: 6 52 "Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?" 53 Então Jesus lhes disse: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. 54 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. 56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57 Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente". 59 Tal foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum. Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho - O PÃO DO CÉU
O ensinamento de Jesus quanto a comer sua carne e beber seu sangue foi de difícil entendimento, tanto para seus discípulos quanto para seus adversários. O perigo principal consistiu em tomar as suas palavras em sentido puramente material, numa evidente deturpação do seu real significado. Acostumadas a celebrar a Eucaristia, as comunidades cristãs interpretavam as palavras do Mestre num contexto de fé, entendendo-as no sentido espiritual de comunhão com Jesus, simbolizado no pão e no vinho consagrados. Os verbos comer e beber apontam para a experiência de assimilação de Jesus – sua pessoa e seu projeto de vida – por parte dos discípulos. Assim como o alimento e a bebida, ao serem ingeridos, passam a fazer parte do corpo físico de quem os consumiu, o mesmo deve acontecer com quem adere a Jesus. Toda a existência do discípulo tende a ficar permeada pelo Senhor, com o qual entrou em comunhão. Os vocábulos carne e sangue indicam a totalidade do ser humano. Receber o corpo e o sangue do Senhor significa entrar em comunhão com tudo quanto ele é - sua humanidade e sua divindade - de forma que todo o ser do discípulo se deixe tomar por ele. É assim que o discípulo se alimenta em sua caminhada de encontro com o Pai. E assim alimentado, jamais desfalecerá pelo caminho.
Santo do Dia: São Domingos Sávio
Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de
pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao
fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu
modelo de vida: "Antes morrer do que pecar". Cumpriu-o integralmente
enquanto viveu.
Nos registros da Igreja, encontramos que, com
dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que não cometera, só
porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia
ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores
seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois
alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro. "Atirem a
primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.
Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu
professor e orientador espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo, que
encaminhou o rapaz para a vida religiosa. No dia 8 de dezembro de 1854, quando
foi proclamado o dogma da Imaculada Conceição, Domingos Sávio se consagrou à
Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou entre
os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de
grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.
Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não
conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu
doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los
quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após
uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois não
teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar tendo uma
linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.
Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se
padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença
o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta,
pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da
Igreja, que o canonizou em 1957.
Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como
"pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos
cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora
Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo
São João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
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