Francisco recorda Santa Rosa de Lima, a primeira santa da América
Ao saudar os fiéis e peregrinos de língua espanhola durante a
Audiência Geral da última quarta-feira deste mês, o Santo Padre se dirigiu em
especial aos enfermeiros e enfermeiras do Peru, cuja santa padroeira é Santa
Rosa de Lima, celebrada na terça-feira, 30 de agosto.
Sebastián Sansón Ferrari –
Vatican News
"Quero
expressar minha proximidade de forma especial a todos aqueles que ontem
celebraram Santa Rosa de Lima como sua padroeira, especialmente os enfermeiros
e enfermeiras do Peru." Foi o que disse o Papa
Francisco na saudação aos fiéis e peregrinos de língua espanhola presentes na
Sala Paulo VI para a Audiência Geral desta quarta-feira, 31 de agosto.
Sobre Santa
Rosa de Lima
A Solenidade da Padroeira do
Peru, em 30 de agosto, coincide com o dia em que se celebra a Polícia Nacional
e os Enfermeiros. Ela é a primeira santa canonizada do Novo Mundo, padroeira do
Peru, da América, das Índias e Filipinas. Nascida em Lima, em 1586, foi a
décima dos treze filhos da família Flores de Oliva, de origem nobre espanhola
radicada no Peru.
Conforme sua biografia
disponível no site do Vatican News: "O nome de Rosa se deve à sua beleza
desde pequena. De acordo com algumas fontes, foi sua mãe quem começou a
chamá-la assim e, segundo outras, sua ama de origem indígena. Com o nome de
Rosa ela recebeu a confirmação e aos vinte anos vestiu o hábito da Ordem Terceira
de São Domingos, como Santa Catarina de Sena, seu modelo de vida. O nome 'Santa
Maria' foi então adicionado a Rosa, expressando o amor terno que sempre a uniu
à Virgem, a quem ela recorria a cada momento, implorando por sua
proteção".
Evangelho (Lc 5,1-11):
Certo
dia, Jesus estava à beira do lago de Genesaré, e a multidão se comprimia a seu
redor para ouvir a Palavra de Deus. Ele viu dois barcos à beira do lago; os
pescadores tinham descido e lavavam as redes. Subiu num dos barcos, o de Simão,
e pediu que se afastasse um pouco da terra. Sentado, desde o barco, ensinava as
multidões.
Quando acabou de falar, disse a Simão: «Avança mais para o fundo, e ali lançai
vossas redes para a pesca». Simão respondeu: «Mestre, trabalhamos a noite
inteira e não pegamos nada. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes». Agindo
assim, pegaram tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Fizeram
sinal aos companheiros do outro barco, para que viessem ajudá-los. Eles vieram
e encheram os dois barcos a ponto de quase afundarem. Vendo isso, Simão Pedro
caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou
um pecador!». Ele e todos os que estavam com ele ficaram espantados com a
quantidade de peixes que tinham pescado. O mesmo ocorreu a Tiago e João, filhos
de Zebedeu e sócios de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo! De agora
em diante serás pescador de homens!». Eles levaram os barcos para a margem,
deixaram tudo e seguiram Jesus.
«Avança mais para o fundo»
Rev.
D. Pedro IGLESIAS Martínez(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje,
continua a surpreender-nos comprovar como aqueles pescadores foram capazes de
deixar os seus trabalhos, as suas famílias, e seguir Jesus («Deixaram tudo e
seguiram Jesus»: Lc 5,11), precisamente quando Este se manifesta diante deles
como um excepcional colaborador para o negócio que lhes dá o sustento. Se Jesus
de Nazaré nos fizesse a proposta a nós, no nosso século XXI..., Teríamos a
coragem daqueles homens? Seriamos capazes de perceber qual é verdadeiro lucro?
Nós os cristãos acreditamos que Cristo está eternamente presente; por isso,
esse Cristo que está ressuscitado pede-nos, já não a Pedro, a João ou a Tiago,
mas ao Francisco, ao José Manuel, a Paula, e a todos e cada um de nós que
dizemos que Ele é o Senhor, repito, pede-nos desde o texto de Lucas que o
acolhamos no barco da nossa vida, porque quer descansar junto de nós; pede-nos
que O deixemos servir-se de nós, que lhe permitamos mostrar até onde orientar a
nossa existência para ser fecundos no meio de uma sociedade cada vez mais
distanciada e necessitada da Boa Nova. A proposta é atraente, só nos falta
saber e querer despojar-nos dos nossos medos, dos nossos "o que
dirão" e tomar rumo a águas mais profundas, que é o mesmo que dizer, a horizontes
mais distantes do que aqueles que constrangem o nosso quotidiano medíocre de
perturbações e desânimos. «Quem tropeça no caminho, por pouco que avance,
sempre se aproxima da meta; quem corre fora dele, quanto mais corre mais se
afasta da meta» (S. Tomás de Aquino).
«Duc in altum»; «Avança mais para o fundo» (Lc 5,4): Não nos queremos nas
costas de um mundo que vive olhando para o seu umbigo! A nossa navegação pelos
mares da vida nos conduzirá até atracar na terra prometida, a singrar nesse Céu
esperado que é o regalo do Pai, mas indivisivelmente, também trabalho do homem
—teu, meu— ao serviço dos outros no barco da Igreja. Cristo conhece bem os
pesqueiros, de nós depende: ou no porto do nosso egoísmo, ou em direção aos
Seus horizontes.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «A
melhor pesca é, sem dúvida, aquela com que o Senhor gratificou ao discípulo,
quando o ensinou a pescar homens, como os peixes se pescam na água» (Clemente
de Alexandria)«Quem se confessa a Jesus sabe que não pode crer com tibieza, mas
tem de correr o risco de ir mar adentro, renovando cada dia o dom de si mesmo»
(Francisco)«(…) Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é ‘enviada’ a todo
o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste
envio. ‘A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado’
(Concílio Vaticano II) (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863)
Santo do Dia:Santo Egídio
Padroeiro de: Ferreiros, Mendigos, Pobres e Eremitas, além da cidade de Edimburgo
(Escócia)
Localização: Grécia e Escócia
Santo Egídio (em grego: Αἰγίδιος) foi
um santo católico eremita do século VI originário da
Grécia que se tornou popular na região da Provença e na Escócia. A abadia onde viveu Santo Egídio,
Saint-Gilles, é local de peregrinação e parada oficial dos Caminhos de Santiago.
Pouco se sabe sobre a infância e juventude de Santo Egídio,
porém sabe-se que ele era filho de nobres atenenses.
Após a morte de seus pais, Egídio passou a ser eremita e
habitou na região do rio Ródano e do rio Gard.
De acordo com a Legenda Áurea,
Egídio se mudou para uma floresta na
região de Nimes para viver como eremita e se dedicar
ao estudo de Deus E, durante essa época, seu único companheiro foi um cervo. Porém, seu refúgio
foi descoberto por capangas do rei que o haviam perseguido secretamente. Uma flecha atingiu em cheio sua mão enquanto
tentava proteger o cervo dos caçadores do rei visigodo Vamba. Como forma
de reconciliação, o rei disponibilizou médicos
para cuidarem dos ferimentos da mão de Egídio e também construiu um enorme monastério para Egídio, que
mais tarde se tornou monastério beneditino.
Egídio veio a falecer em 720 d.C. em seu
monastério, e sua sepultura se tornou local de peregrinação
e parte dos Caminhos de Santiago, que levam até a Espanha.
Santo Egídio também foi consagrado um dos Catorze santos
auxiliares da Igreja Católica.
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