JMJ 2023:
em agosto os símbolos peregrinam na diocese de Bragança-Miranda
Após passagens pelo Acampamento Nacional de
Escuteiros e pela Peregrinação Europeia de Jovens em Santiago de Compostela, a
cruz e o ícone mariano ficam na diocese transmontana até domingo 4 de setembro.
Rui
Saraiva – Portugal
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) estiveram em
Lamego durante todo o mês de julho. A grande celebração de despedida teve lugar
em S. João da Pesqueira no passado dia 31 de julho, tendo sido nesse dia
entregues à diocese de Bragança-Miranda.
No
início deste mês de agosto, os símbolos da JMJ tiveram passagens pelo ACANAC, o
Acampamento Nacional de Escuteiros em Portugal e a Peregrinação Europeia de
Jovens que decorreu em Santiago de Compostela.
Oração: Creio firmemente que sabeis que o reino dos céus não é prometido e dado pelo Senhor senão aos pobres, porque, quando se ama uma coisa temporal, perde-se o fruto da caridade. Não se pode servir a Deus e às riquezas, porque ou se ama a um e se odeia às outras, ou serve-se a Deus e desprezam-se as riquezas. Não dá para ser glorioso no mundo e lá reinar com Cristo. Ajudai-nos a escolher o melhor caminho. Amém.
Evangelho (Mt 18,21—19,1):
Naquele tempo, Pedro dirigiu-se a Jesus
perguntando: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra
mim? Até sete vezes?». Jesus respondeu: «Digo-te, não até sete vezes, mas até
setenta vezes sete vezes. O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que
resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe
um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que
pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os
filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se
diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante
disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida.
»Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia
uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o
que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência
comigo, e eu te pagarei’. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na
prisão, até que pagasse o que estava devendo. Quando viram o que havia
acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe
contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo
malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu
também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor
se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a
sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um
não perdoar de coração ao seu irmão».
Quando terminou essas palavras, Jesus deixou a Galiléia e foi para a região da
Judéia, pelo outro lado do Jordão.
«Senhor, quantas vezes devo perdoar, se
meu irmão pecar contra mim?»
Rev. D. Joan
BLADÉ i Piñol(Barcelona, Espanha)
Hoje, perguntar «quantas vezes devo perdoar, se meu
irmão pecar contra mim?» (Mt 18,21), é também perguntar: Estes a quem tanto
amo, os vejo com tantas manias e caprichos que me chateiam, que me incomodam
com frequência, não falam comigo... E isto se repete este dia e no outro dia.
Senhor, até quando tenho que aguentar isso?
Jesus responde com a lição de paciência. Na realidade, os dois devedores
coincidem quando dizem: «Tem paciência comigo» (Mt 18,26.29). Mas, enquanto o
descontrole do malvado, que já ia sufocando o outro por pouca coisa, lhe
ocasionaria a ruína moral e econômica, a paciência do rei, não só salva o
devedor, sua família e os bens, como engrandece a personalidade do monarca e
gera confiança na corte. A reação do rei, nos lábios de Jesus, nos recorda o
livro dos Salmos: «Mas em ti se encontra o perdão, para seres venerado com
respeito» (Sal 130,4).
Está claro que precisamos nos opor à injustiça, e, se necessário, energicamente
(suportar o mal seria um indício de apatia ou covardia). Mas, a indignação é
saudável quando nela não há egoísmo, nem ira, nem sandice, senão o desejo reto
de defender a verdade. A autêntica paciência é a que nos leva a suportar
misericordiosamente a contradição, a debilidade, as doenças, as faltas de
oportunidade das pessoas, dos acontecimentos ou das coisas. Ser paciente
equivale a dominar-se a si mesmo. As pessoas susceptíveis ou violentas não
podem ser pacientes porque nem pensam nem são donos de si mesmos.
A paciência é uma virtude cristã porque faz parte da mensagem do Reino dos
Céus, e se forja na experiência de que todos nós temos defeitos. Se Paulo nos
exorta a nos suportarmos uns aos outros (cf. Col 3,12-13), Pedro nos recorda
que a paciência do Senhor nos dá a oportunidade de nos salvarmos (cf. 2 Pe
3,15).
Certamente, quantas vezes a paciência do bom Deus nos perdoou no
confessionário! Sete vezes? Setenta vezes sete? Quiçá mais!
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«Se buscar um exemplo de paciência,
encontrara o melhor deles na Cruz. Grande foi a paciência de Cristo na cruz»
(São Tomás de Aquino)«O Senhor toma-se seu tempo. Mas incluso Ele, nesta
relação conosco, tem muita paciência. E espera por nós até o final da vida!
Pensemos no bom ladrão, que justo ao final, reconheceu a Deus» (Francisco)«Os
leigos recebem a vocação admirável e os meios que permitem ao Espírito produzir
neles frutos cada vez mais abundantes. De facto, todas as suas atividades,
orações, iniciativas apostólicas, a sua vida conjugal e familiar, o seu trabalho
de cada dia, os seus lazeres do espírito e do corpo, se forem vividos no
Espírito de Deus, e até as provações da vida se pacientemente suportadas, tudo
se transforma em “sacrifício espiritual, agradável a Deus por Jesus Cristo”. Na
celebração eucarística, todas estas oblações se unem à do Corpo de Senhor, para
serem piedosamente oferecidas ao Pai (...).» (Catecismo da Igreja Católica, n°
901)
Santo do Dia: Santa Clara
Clara nasceu em Assis no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana,
muito rica. Mas sua vida mudou radicalmente: Clara foi a primeira mulher da
Igreja a se entusiasmar com o ideal franciscano.
Desde jovem adquiriu o hábito de rezar diariamente e se mortificar. Também
exercitava com frequência a piedade cristã, distribuindo esmolas e atendendo
com disponibilidade as pessoas necessitadas que a procuravam. Fazia isto
espontaneamente, como demonstração de seu sincero e fervoroso amor a Deus.
Aos dezenove anos de idade, fugiu de casa se apresentou na igreja de Santa
Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Nesta noite,
fez uma oração de renúncia ao mundo “por amor ao Sagrado e Santíssimo Menino
Jesus”. Entregou aos frades sua veste luxuosa e vestiu uma túnica de lã,
semelhante a deles, ajustada ao corpo por um cinto de corda.
Clara viveu num mosteiro beneditino para conhecer o ritmo de uma vida
comunitária. Depois, conduzida por Francisco, foi para o mosteiro de São
Damião, formando com outras mulheres a ordem segunda Franciscana, depois
chamadas de “Clarissas”.
Em 1216 Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de
abadessa, mas manteve o carisma franciscano. A partir de 1224, Clara adoeceu e
aos poucos foi definhando. De sua cela, através de visões, acompanhou o funeral
de francisco. Por essas visões que pareciam filmes projetados numa tela, Santa
Clara é considerada padroeira da televisão e de todos seus profissionais.
Clara morreu no ano de 1253 e foi proclamada santa dois anos após sua morte.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Nos diz
a tradição que antes de morrer Clara assim rezou: “Vai em paz minha alma, pois
você tem um guia seguro que lhe mostrará o caminho, Aquele que lhe criou,
santificou, amou e não cessou de vigiá-la com a ternura de uma mãe que zela
pelo filho único de seu amor. Dou graças e bendigo ao Senhor porque Ele criou a
minha vida”. Assim rezando partiu para o Pai.
TJL-
A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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