terça-feira, 16 de agosto de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 17 DE AGOSTO DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


17 DE AGOSTO DE 2022- Quarta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria

A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a "alma", mas também a "corporeidade" confirmam que "tudo era muito bom" (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a "nossa carne" será elevada ao céu.

Oração: Senhor, Pai de bondade, aprendemos com Santa Beatriz a aceitar os desafios da vida e nunca abandonar o projeto de Deus em favor da libertação da humanidade. Guia-nos pelos caminhos da sabedoria e do discernimento e ajudai-nos a Vos encontrar nos mais pequeninos e sofredores. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

Evangelho (Mt 20,1-16):

 Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: «Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha. Eu pagarei o que for justo’. E eles foram. Ao meio-dia e em plena tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’. Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. E ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
»Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros!’. Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’. Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos».

«Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Palavra de Deus nos convida a perceber que a “lógica” divina vai muito além da lógica meramente humana. Enquanto nós homens calculamos («Pensando que iam receber mais»: Mt 20,10), Deus —que é Pai entranhável— simplesmente, ama («Ou estás com inveja porque estou sendo bom?» : Mt 20,15.) E a medida do Amor é não ter medida: «Amo porque amo, amo para amar» (São Bernardo).
Mas isso não torna a justiça inútil: «Eu pagarei o que for justo» (Mt 20,4). Deus não é arbitrário e quer nos tratar como filhos inteligentes: por isso é lógico que tenha “acordos” conosco. De fato, em outros momentos, os ensinamentos de Jesus deixam claro que quem recebe mais também será mais exigido (lembremos da parábola dos talentos). Enfim, Deus é justo, mas a caridade não se desentende da justiça, mas sim, a supera. (cf. 1Cor 13,5).
Um ditado popular afirma que «a justiça por justiça é a pior das injustiças». Felizmente para nós, a justiça de Deus —repitamos, transbordante de seu Amor— supera nossos esquemas. Se unicamente se tratasse de estrita justiça, nós, então, estaríamos pendentes de redenção. Além disso, não teríamos nenhuma esperança de redenção. Em justiça estrita não mereceríamos nenhuma redenção: simplesmente, ficaríamos despossuídos daquilo que se nos tinha dado no momento da criação e que rejeitamos no momento do pecado original. Examinemo-nos, portanto, como agimos nos julgamentos, comparações e cálculos quando tratamos os demais.
Além disso, se falarmos de santidade, temos que partir da base de que tudo é graça. A mostra mais clara é o caso de Dimas, o bom ladrão. Inclusive a possibilidade de merecer diante de Deus, é também uma graça (algo que nos é concedido gratuitamente). Deus é o amo, nosso «proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha» (Mt 20,1). A vinha (quer dizer, a vida, o céu...) é dele; nós somos convidados, e não de qualquer maneira: é uma honra poder trabalhar aí e, assim “ganhar” o céu.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «O Senhor chamou a todos quando estavam com disposição para obedecer, o mesmo fez com o ladrão bom, a quem o Senhor chamou quando viu que obedeceria. O Salvador no excluiu ninguém» (São João Crisóstomo)«A parábola não foi transmitida para os trabalhadores de outro tempo, mas para nós, que achamos que o "desemprego espiritual” —uma vida sem fé e sem oração— é mais agradável que o serviço espiritual» (Bento XVI) «O homem é o autor; o centro e o fim de toda a vida económica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos, cheguem de facto a todos, segundo a justiça e com a ajuda da caridade» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.459)

Santo do Dia: Santa Beatriz da Silva Menezes

Beatriz nasceu no norte da África, numa colônia portuguesa. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal. Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, que se casara com o rei de Castela, convidou-a para ser sua primeira dama de honra.

Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou, despertou a admiração de todos. Isto provocou o ciúme e a inveja da rainha, que passou a maltratá-la. Beatriz tudo suportou sem falar nada para ninguém. No auge de seus sofrimentos, Beatriz entrega-se a Nossa Senhora e recebe a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.

Imediatamente, deixou a corte e ingressou no mosteiro, onde cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Somente em 1479, Beatriz conseguiu realizar seu sonho e fundou uma nova congregação: a Ordem da Irmãs da Imaculada Conceição, conhecida como monjas concepcionistas.

Beatriz Menezes faleceu em 1490. Seu projeto de amor perpetuou e alcançou o mundo todo. Sua festa litúrgica, de acordo com o Decreto da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, com data de 22 de Fevereiro de 2012, foi transferida do dia 1 de Setembro para o dia 17 de Agosto. Desse modo, a memória litúrgica de Santa Beatriz da Silva passara a celebrar-se no dia 17 de Agosto de cada ano, conforme consta na Bula de Canonização da fundadora da Ordem da Imaculada Conceição (Monjas Concepcionistas). - Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

Reflexão: Santa Beatriz representa a força feminina da comunidade cristã. Sua perseverança diante dos sofrimentos revela sua fidelidade ao projeto de Cristo. Seu sonho de fazer os outros felizes transbordou seu coração e a fez iniciar um novo projeto de evangelização, fundando assim as irmãs concepcionistas. Que Deus nos inspire a lutar pelos mais fracos a exemplo de santa Beatriz.

TJL – EVANGELI.NET – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG- ACIDIGITAL.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário