Cardeal
Parolin: a Igreja é pacifista porque acredita e luta pela paz
Entrevista com o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin sobre a diplomacia da Santa Sé, publicada pela revista italiana de geopolítica “Limes” sob o título "A Guerra Grande" . “A diplomacia da Santa Sé não está ligada a um Estado, mas a uma realidade de direito internacional que não tem interesses políticos, econômicos ou militares. Ela se coloca a serviço do bispo de Roma, que é o pastor da Igreja universal". Assim começa a entrevista com o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, publicada na última edição da revista Limes intitulada "A Guerra Grande". O cardeal fala da diplomacia da Santa Sé, que é universal porque os "representantes do Papa são provenientes das Igrejas locais de todo o mundo" e têm uma "clara função eclesial", da geopolítica, "indispensável para exercer a profissão diplomática da maneira mais eficaz possível". Também do papel internacional do Papa Francisco, símbolo junto com seus predecessores de "uma Igreja menos eurocêntrica" e de "uma visão multilateral dos problemas internacionais". Outro tema é longa atividade diplomática do Cardeal Parolin, pela qual "agradeço a Deus que, nas diversas situações em que me encontrei, me deu a graça, apesar das fraquezas e limitações, de poder acompanhar a missão diplomática com o testemunho sacerdotal". Por fim o cardeal fala sobre o caráter universal da Igreja dentro de um mundo complexo e fragmentado, caracterizado pela "terceira guerra mundial em pedaços" que o Papa vem falando há anos.
Evangelho
segundo São João 12,24-26.
Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: «Em
verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer,
fica só; mas, se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo,
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o
meu servo. E, se alguém Me servir, meu Pai o honrará.(Tradução litúrgica da
Bíblia)
São Máximo de Turim (?-c. 420) bispo Sermão 40 - São Lourenço, uma semente lançada à terra
O grão de mostarda é um grão pequeno, vulgar e
desprezível; não tem sabor, não exala cheiro, não deixa presumir doçura. Depois
de ser triturado, contudo, difunde o seu odor próprio, dá mostras do seu vigor,
tem um gosto de chama e queima com ardor tal que a pessoa se espanta ao
encontrar tão grande fogo em grão tão pequeno. […] Também a fé cristã é, à
primeira vista, pequena, vulgar e frágil; não demonstra o seu poder, não faz
alarde da sua influência. Mas, depois de ter sido triturada por várias provas,
dá mostras do seu vigor, faz brilhar a sua energia, exala a chama da sua fé no
Senhor. O fogo divino fá-la vibrar com um fulgor tal que aquece os que dela
partilham, como diziam Cléofas e o seu companheiro quando o Senhor conversou
com eles após a Paixão: «Não estava o nosso coração a arder cá dentro, quando
Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» (Lc 24,32) […]
Podemos comparar o santo mártir Lourenço ao grão de mostarda. Triturado por
múltiplas torturas, mereceu a graça de um martírio glorioso. Enquanto habitava
o seu corpo, era humilde, ignorado e vulgar; depois de ter sido torturado,
rasgado e queimado, difundiu sobre os fiéis de todo o mundo o bom odor da sua
nobreza de alma. […] Visto de fora, este mártir ardeu nas chamas de um tirano
cruel; mas foi consumido do interior por uma chama maior, a chama do amor de
Cristo. Bem pode o ímpio rei juntar a lenha e acender uma fogueira intensa, que
São Lourenço, no ardor da sua fé, já não sente essas chamas. […] Os sofrimentos
deste mundo já não têm poder sobre ele, pois a sua alma habita no Céu.
Santo do Dia:
São Lourenço
Lourenço era o primeiro dos sete diáconos a serviço da Igreja de Roma. Devia
ter uma boa formação acadêmica, pois, seu cargo era de muita responsabilidade e
importância. Depois do Papa Xisto II, era o responsável pela Igreja. Ele era o
assistente do Papa nas celebrações e na distribuição da Eucaristia.
Além disto, ele era o único administrador dos bens da Igreja, cuidando das
construções dos cemitérios, igrejas e da manutenção das obras assistenciais
destinadas ao amparo dos pobres, órfãos, viúvas e doentes.
No ano 257 o imperador romano Valeriano ordenou uma perseguição contra os
cristãos: proibiu as reuniões dos cristãos, fechou as catacumbas, exilou os
bispos e exigiu respeito aos ritos pagãos. Finalmente ordenou que os bispos e
padres fossem todos mortos.
Por causa da perseguição religiosa, o Papa Xisto II foi morto, junto com seis
diáconos. Conta a tradição que Lourenço conseguiu conversar com o Papa um pouco
antes dele morrer. O Papa teria lhe pedido para que distribuísse aos pobres
todos os seus pertences e os da Igreja também, pois temia que caíssem nas mãos
do governador.
Lourenço distribuiu riquezas aos pobres e cuidou de esconder os livros e
objetos sagrados. Em seguida, reuniu um grupo de cegos, órfãos, mendigos,
doentes e os colocou na frente do governador, dizendo: "Pronto, eis aqui
os tesouros da Igreja". Irado, o chefe pagão mandou que o amarrassem sobre
uma grelha, para ser assado vivo e lentamente. O suplício cruel não desviou
Lourenço de sua fé. Lourenço morreu no dia 10 de agosto de 258, rezando pela
cidade de Roma.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza,
CSsR
Reflexão: O nome de São Lourenço
brilha como astro de primeira grandeza no firmamento da Igreja primitiva. Seu
martírio trouxe vida para a Igreja. O testemunho de sua fé no Cristo nos anima
a continuar enfrentando as tempestades da vida. Façamos também a nossa parte na
construção do reino de Deus.
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