O arcebispos de Manaus, dom Leonardo Steiner / Arquidiocese de Manaus REDAÇÃO CENTRAL, 25 ago. 22 / 02:30 pm (ACI).- O arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, voltou a defender a ordenação de homens casados para o sacerdócio em entrevista ao portal católico suíço Kath.ch. Respondendo se estava desapontado com o papa Francisco por não ele ter autorizado a ordenação sacerdotal dos chamados «viri probati» (homens provados), Steiner respondeu: “Haverá uma maneira. No rito latino há séculos de considerações e explicações que visam justificar o celibato obrigatório. As necessidades de nossas comunidades mostram que devemos continuar o diálogo”. A ordenação de homens casados para a região amazônica foi pedida pelo documento final da Sínodo sobre a Amazônia, realizado no Vaticano em outubro de 2019. Depois de receber o documento, o papa publicou a exortação apostólica pós-sinodal Querida Amazônia, da qual não consta a abolição do celibato sacerdotal obrigatório. Steiner está na Alemanha a caminho do Vaticano onde será criado cardeal no próximo sábado (27). O arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, também será criado cardeal. Steiner apontou a necessidade de ordenar homens casados diante da carência de padres na região amazônica. “Como podemos responsabilizar-nos pelo facto de as nossas paróquias só serem visitadas duas vezes por ano por um sacerdote e poderem celebrar a Eucaristia, o Sacramento da Penitência e a Unção dos Enfermos?”, disse na entrevista. “Os vários ministérios não ordenados são exercidos por leigos, mulheres e homens. Eles animam as comunidades. Não devemos privar as pessoas da vida sacramental”.
Evangelho (Mt 25,1-13):
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
«O Reino dos Céus pode ser comparado a dez moças que, levando suas lamparinas,
saíram para formarem o séquito do noivo. Cinco delas eram descuidadas e as outras
cinco eram previdentes. As descuidadas pegaram suas lâmpadas, mas não levaram
óleo consigo. As previdentes, porém, levaram jarros com óleo junto com as
lâmpadas. Como o noivo demorasse, todas acabaram cochilando e dormindo. No meio
da noite, ouviu-se um alvoroço: ‘O noivo está chegando. Ide acolhê-lo!’. Então
todas se levantaram e prepararam as lâmpadas. As descuidadas disseram às
previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se
apagando’. As previdentes responderam: ‘De modo algum, pois o óleo pode ser
insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar dos vendedores’.
Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas
entraram com ele para a festa do casamento. E a porta se fechou. Por fim, chegaram
também as outras e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’. Ele, porém,
respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’. Portanto, vigiai, pois não
sabeis o dia, nem a hora».
«Em
verdade vos digo: não vos conheço»
+ Rev. D. Joan
Ant. MATEO i García(Tremp, Lleida, Espanha)
Hoje, sexta-feira da XXI Semana do Tempo Comum, o
Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para
o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e
convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim,
“vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).
Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Quer dizer viver
responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e
caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes
e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso
viver.
E esta resposta só nós podemos dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por
nós. Isso é o significa a negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de
seu azeite para as lâmpadas apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes
comprar dos vendedores” (Mt 25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e
intransferível.
Não aguardemos um “amanhã” —que talvez não venha— para acender a lâmpada de
nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida
com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é
conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se
fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual
dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à
necessária e sensata conversão que devemos alcançar.
Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora
final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer,
“nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor
nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na
eternidade.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Minha
alma, tens uma tarefa, uma grande tarefa, se quiseres. Examinar seriamente o
teu interior, o teu ser, o teu destino, de onde vens e para onde vais; tentar
saber se é a vida que vives ou se há outra coisa. Portanto, purifica a tua
vida» (São Gregório de Nazianzo)«Não basta que o cristão espere, ele deve
“agir”» (Bento XVI)«Cristo es el centro de toda vida cristiana. El vínculo con
Él ocupa el primer lugar entre todos los demás vínculos, familiares o sociales.
Desde los comienzos de la Iglesia ha habido hombres y mujeres que han
renunciado al gran bien del matrimonio para seguir al Cordero dondequiera que
vaya (…), para ir al encuentro del Esposo que viene (…)» (Catecismo de la
Iglesia Católica, nº 1.618)
Santo do Dia: São Zeferino
O Papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de
199 a 217. Foi o décimo quarto.
Enfrentou um
período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias
que abalavam a Igreja mais que os próprios martírios. A confusão era
generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam
como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do
mundo.
Mas, o Papa Zeferino que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo
poder do Espírito Santo, se livrou dos hereges. Para isto, se uniu aos grandes
sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao
tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O Papa Zeferino tinha uma grande aliado, o diácono Calisto, que seria o próximo
papa. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos,onde os fiéis
pudessem sepultar seus mortos e prestar homenagens aos mártires. Este trabalho
foi a origem das catacumbas romanas, lugar histórico que testemunha grande
parte da história cristã.
O Papa Santo Zeferino foi martirizado junto com o bispo Santo Irineu, no ano
217 e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em
Roma, Itália.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Escrevendo aos bispos, São Zeferino um dia
exortou: “Que o Deus todo-poderoso e seu único Filho e Salvador nosso, Jesus
Cristo, vos guie para que, com todos os meios ao vosso alcance, possais
auxiliar a todos os irmãos que passam por tribulação, que sofrem durante seus
trabalhos, estimando seus sofrimentos. Que sejam dados a eles toda a
assistência possível, por atos e palavras, de forma a que sejais reconhecidos
como verdadeiros discípulos dAquele que nos mandou amar aos irmãos como a nós
mesmos”. Sejamos também nós animados com estas palavras.
TJL - A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.ORG – EVANGELI.NET
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