Perdão de
Assis: a indulgência plenária de São Francisco
Depois do tríduo que precede as 24 horas de
indulgência plenária, a partir desta segunda (01/08) inicia o Perdão de Assis,
o perdão que São Francisco pediu ao Papa Honório III que na Porciúncula pode
ser obtido durante todo o ano, e desde 1966 foi estendido a todas as igrejas
paroquiais e franciscanas - Vatican News
Depois de
três dias de preparação para o Perdão de Assis com as meditações do Padre Mauro
Galesini foi concluída a introdução da celebração da misericórdia proclamada
por São Francisco. Nesta segunda-feira, 1° de agosto, o Padre
Massimo Fusarelli, Ministro geral da Ordem dos Frades Menores, preside a solene
celebração eucarística que conclui a introdução ao meio-dia com a procissão da
"Abertura do Perdão". Desde esse momento até a meia-noite de 2 de
agosto, a Indulgência Plenária concedida na Porciúncula é estendida durante
todo o dia a todas as igrejas paroquiais e franciscanas dos cinco continentes.
Oração: Deus, nosso Pai, dai-nos sabedoria e bom senso para que nossas
vidas sirvam de bênção e de alegria àqueles que conosco convivem. Senhor,
ensinai-nos a ver as coisas com realismo e serenidade, confiantes de que tudo
providenciais para o nosso bem. Pela força da fé, não tenhamos receio de
encarar nossas contradições internas, nossos sofrimentos, medos e decepções
interiores. Por Cristo nosso Senhor. Amém.
Evangelho (Mt 14,22-36):
Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos
entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele
despediria as multidões. Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para
orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho.
O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o
vento era contrário. Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos,
andando sobre o mar. Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram
apavorados e disseram: «É um fantasma». E gritaram de medo. Mas Jesus logo lhes
falou: «Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!». Então Pedro lhe disse: «Senhor, se
és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água». Ele respondeu:
«Vem!». Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a
Jesus. Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou:
«Senhor, salva-me!». Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: «Homem
de pouca fé, por que duvidaste?». Assim que subiram no barco, o vento cessou.
Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: «Verdadeiramente,
tu és o Filho de Deus!».
Após a travessia, aportaram em Genesaré. Os habitantes daquele lugar
reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a
ele todos os doentes; suplicavam que pudessem ao menos tocar a franja de seu
manto. E todos os que tocaram ficaram curados.
«Senhor,
se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água»
Fray Lluc
TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet(Santa Maria de Poblet,
Tarragona, Espanha)
Hoje, não veremos Jesus a dormir na barca enquanto
esta se afunda, nem acalmando a tempestade com uma só palavra de interpelação,
suscitando assim a admiração dos discípulos (cf. Mt 8, 22-23). Mas a acção de
hoje não é menos desconcertante: tanto para os primeiros discípulos como para
nós.
Jesus tinha mandado os discípulos subir para a barca e ir para a outra margem;
tinha despedido todos depois de saciar a multidão faminta e Ele tinha
permanecido sozinho na montanha, profundamente concentrado em oração (cf. Mt
14,22-23). Os discípulos, sem o Mestre, avançam com dificuldade. Foi então que
Jesus se aproximou da barca, caminhando sobre as águas.
Como acontece com pessoas normais e sensatas, os discípulos assustaram-se ao
vê-Lo: os homens não costumam caminhar sobre a água e, portanto, deviam estar a
ver um fantasma. Mas estavam enganados, não era um fantasma, mas tinham diante
deles o próprio Senhor, que os convidava - como em tantas outras ocasiões - a
não ter medo e a confiar n’Ele para descobrirem a fé. Esta fé exige-se, em
primeiro lugar, a Pedro, que disse: «Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu
encontro, caminhando sobre a água» (Mt 14,28). Com esta resposta, Pedro mostrou
que a fé consiste na obediência à palavra de Cristo: não disse «faça com que eu
caminhe sobre as águas», mas queria fazer o que o próprio e único Senhor lhe
mandasse, para poder crer na veracidade das palavras do Mestre.
As dúvidas fizeram-no cambalear na sua fé incipiente, mas levaram-no à
confissão dos outros discípulos, agora com o Mestre presente: «Verdadeiramente,
tu és o Filho de Deus!» (Mt 14,33). «O grupo daqueles que já eram apóstolos,
mas que ainda não acreditavam, depois de verem que as águas se moviam sob os
pés do Senhor e que, mesmo no movimento agitado das ondas, os passos do Senhor
eram seguros, (...) acreditaram que Jesus era o verdadeiro Filho de Deus,
confessando-O como tal» (Santo Ambrósio).
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «A
oração é uma conversa e um diálogo com Deus: garantia das coisas esperadas,
igualdade de condição e honra com os anjos, emenda dos pecados, remédio para os
males, garantia dos bens futuros» (São Gregório de Nisa) «O que é a oração?
Normalmente considera-se uma conversa. Numa conversa há sempre um
"eu" e um "tu". Neste caso, um "Tu" com
"T" maiúsculo. O mais importante é o Tu, porque a nossa oração parte
por iniciativa de Deus» (S. João Paulo II) «Não há outro caminho para a oração
cristã senão Cristo. Seja comunitária ou pessoal, seja vocal ou interior, a nossa
oração só tem acesso ao Pai se rezarmos «em nome» de Jesus. A santa humanidade
de Jesus é, pois, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus
nosso Pai» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.664)
Santo do Dia: Santo Eusébio de Vercelli
Eusébio nasceu na ilha da Sardenha, no ano 283. Depois da morte do seu pai, sua
mãe o levou para completar os estudos eclesiásticos em Roma. Assim, muito
jovem, Eusébio entrou para o clero, sendo ordenado sacerdote. Aos poucos foi
ganhando a admiração do povo cristão e do Papa Júlio I que o consagrou Bispo da
diocese de Vercelli em 345.
Participou do concílio de Milão em 355, no qual os Bispos adeptos da doutrina
ariana, que pregava somente a humanidade de Jesus, tentaram forçá-lo a votar
pela condenação do Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, defensor de Jesus como
Homem e Deus. Ficou ao lado de Atanásio e foi condenado ao exílio na Palestina.
Sofreu muito nas mãos dos hereges arianos. Sua posição em favor da verdade
acabou levando-o para a prisão. Sofreu castigos físicos e psicológicos.
Quando o povo cristão tomou conhecimento deste fato, ergueu-se a seu favor.
Foram tantos os protestos que os hereges permitiram sua libertação. Entretanto
permaneceu exilado por muito tempo.
Depois do exílio de seis anos, Eusébio participou do concílio de Alexandria,
organizado pelo amigo, Santo Atanásio, onde ficou claro que a doutrina ariana
era uma heresia. Trabalhou pela unidade da Igreja e pela eliminação das
heresias. Morreu na sua diocese em 371.( Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Apesar de
ser considerado mártir pela Igreja, na verdade Santo Eusébio de Vercelli, não
morreu em testemunho da fé, como ocorrera com seu pai, mas foram tantos os seus
sofrimentos no trabalho de difusão e defesa do Cristianismo, passando por
exílios e torturas, que recebeu este título da Igreja, cujo mérito jamais foi
contestado. Era um pastor zeloso, de múltiplas iniciativas, generosamente
interessado na vida da Igreja além dos limites da sua diocese.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA
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