quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

BOM DIA EVANELHO - 22. DEZEMBRO. 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


22 DE DEZEMBRO DE 2022 - Advento: 22 de Dezembro

"Belém é aqui": São Francisco e a revolução do presépio de Greccio

Quase 800 anos depois do primeiro presépio, criado pelo pequeno frade de Assis no Natal de 1223, um livro do padre Enzo Fortunato intitulado "Uma alegria nunca vivida" repassa a história das sagradas representações da Natividade de Jesus, de Belém a Greccio, passando por Scala, na Costa Amalfitana, onde Santo Afonso Maria de Ligório encontrou inspiração para o seu "Tu scendi dalle stelle". Arcebispo Fisichella: "Na gruta, Deus nos fala como uma criança, para nos dizer que está conosco" - Alessandro Di Bussolo – Cidade do Vaticano

Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Vossa fortíssima filha Santa Maria Francisca Xavéria Cabrini, a firmeza e liberdade espiritual de escolher Vos seguir incondicionalmente, superando pelo Vosso amor e por Vossas graças tudo aquilo que se interpuser ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém

Evangelho (Lc 1,46-56)

Maria então disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre».
Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa».

«A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» - Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas(Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho da Missa apresenta à nossa consideração o Magnificat, que Maria entoou, repleta de alegria, em casa da sua parente Isabel, mãe de João Batista. As palavras de Maria trazem-nos reminiscências de outros cânticos bíblicos, que Ela bem conhecia e tinha recitado e contemplado em tantas ocasiões. Porém, agora aquelas mesmas palavras têm, nos seus lábios, um sentido muito mais profundo: o espírito da Mãe de Deus transparece nelas e elas mostram-nos a pureza do seu coração. A Igreja fá-las suas, todos os dias, na Liturgia das Horas quando, ao rezar Vésperas, dirige ao céu aquele mesmo canto com que Maria se alegrava, bendizia e dava graças a Deus por toda a Sua magnanimidade.
Maria obteve a graça mais extraordinária que nunca nenhuma outra mulher recebeu nem receberá: foi eleita por Deus, entre todas as mulheres da História, para ser a Mãe daquele Messias Redentor que a Humanidade esperava há séculos. É a mais elevada honra jamais concedida a um ser humano, e Ela recebe-a com total singeleza e humildade, dando-se conta de que tudo é graça, dádiva, e que Ela nada é perante a imensidão do poder e da grandeza de Deus, que Nela fez coisas grandiosas (Lc 1,49). Uma grande lição de humildade para todos nós, filhos de Adão e herdeiros de uma natureza humana profundamente marcada por aquele pecado original, cujas conseqüências arrastamos, dia após dia.
Estamos já a chegar ao fim do tempo do Advento, tempo de conversão e de purificação. Hoje é Maria quem nos ensina o melhor caminho. Meditar a oração da nossa Mãe – querendo fazê-la nossa – nos ajudará a ser mais humildes. Santa Maria nos ajudará, se o pedimos com confiança.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Maria disse: 'A minha alma proclama a grandeza do Senhor.' Por isso —ela diz— ofereço todas as forças da alma em ação de graças e dedico-me com todo o meu ser, os meus sentidos e a minha inteligência para contemplar com gratidão a grandeza daquele que não tem fim» (São Beda o Venerável) -«Na casa de Isabel e Zacarías, ouvimos o “Magnificat”, este grande poema que nos chega dos labios, ou melhor, do coração de Maria, inspirado pelo Espírito Santo. ‘A minha alma engrandece ao Senhor’… Maria é grande precisamente porque não quis tornar-se grande” (Bento XVI) -«Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o “nada da criatura”, que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no “Magnificat”, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.097)

SANTA FRANCISCA

Penúltima de 13 irmãos, camponeses pobres e sofridos, de constituição frágil e saúde precária, Francisca nasceu na região da Lombardia, Itália, em 1850. Seus pais, reconhecendo sua inteligência, fizeram grandes esforços para que se formasse professora, além de dar aos filhos a riqueza que possuíam: a Fé. Por isso ela gostava de ler a vida dos santos, e entusiasmada por São Francisco Xavier, adotou-lhe o nome, “Xavéria”.

Lecionou muito e bem, e nas aulas de Geografia enfatizava a triste situação religiosa dos povos pagãos, pois tinha amor às obras missionárias. Desejava ser freira, mas suas condições físicas impediram sua aceitação nos conventos. Aos 30 anos, desabafou o quanto desejava abraçar uma obra missionária com o bispo de Lodi, que lhe respondeu: "Filha, tu queres ser missionária? Não há ainda um instituto desse gênero, funda um!". Assim, em 1877 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de São Francisco Xavier. Adotou como lema as palavras de São Paulo: “Tudo posso Naquele que me fortalece” (Fl 4,13). E preparou missionárias especializadas em enfermagem, assistência social e religiosa, para acompanhar os emigrantes italianos que, na época, por causa das guerras de unificação da Itália, viajavam para as Américas, sem preparo profissional e sem compreender a língua, sendo facilmente explorados.

Em 30 anos de trabalhos, ela fundou 67 casas na Itália, na França e nas Américas (incluindo o Brasil), tendo atravessado o Atlântico cerca de 30 vezes. Impôs-se a grandes personagens políticas e comerciais, defendendo melhores condições de vida para os imigrantes. Faleceu em Chicago, EUA, em 1917, com 67 anos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: “Senhor, fazei meu coração grande como o mundo”, suplicava Santa Francisca. A fortaleza da alma, embebida no amor a Deus e ao próximo, supera todas as dificuldades, incluindo a fragilidade física. Este amor é uma escolha: todos podemos (e devemos) pedir a Deus que nos fortaleça no serviço que Ele nos quiser dar – e que sempre será para o nosso maior bem.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA.

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