"Belém é aqui": São Francisco e
a revolução do presépio de Greccio
Quase 800 anos depois do primeiro presépio, criado pelo pequeno frade
de Assis no Natal de 1223, um livro do padre Enzo Fortunato intitulado
"Uma alegria nunca vivida" repassa a história das sagradas
representações da Natividade de Jesus, de Belém a Greccio, passando por Scala,
na Costa Amalfitana, onde Santo Afonso Maria de Ligório encontrou inspiração
para o seu "Tu scendi dalle stelle". Arcebispo Fisichella: "Na
gruta, Deus nos fala como uma criança, para nos dizer que está conosco" - Alessandro
Di Bussolo – Cidade do Vaticano
Oração: Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Vossa fortíssima filha Santa Maria Francisca Xavéria Cabrini, a firmeza e liberdade espiritual de escolher Vos seguir incondicionalmente, superando pelo Vosso amor e por Vossas graças tudo aquilo que se interpuser ao bem que devemos fazer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém
Evangelho
(Lc 1,46-56)
Maria então
disse: «A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu
Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de
agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas
grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em
geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou
os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e
exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de
mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,
conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para
sempre».
Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa».
«A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador» - Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas(Girona, Espanha)
Hoje, o Evangelho
da Missa apresenta à nossa consideração o Magnificat, que Maria entoou, repleta
de alegria, em casa da sua parente Isabel, mãe de João Batista. As palavras de
Maria trazem-nos reminiscências de outros cânticos bíblicos, que Ela bem conhecia
e tinha recitado e contemplado em tantas ocasiões. Porém, agora aquelas mesmas
palavras têm, nos seus lábios, um sentido muito mais profundo: o espírito da
Mãe de Deus transparece nelas e elas mostram-nos a pureza do seu coração. A
Igreja fá-las suas, todos os dias, na Liturgia das Horas quando, ao rezar
Vésperas, dirige ao céu aquele mesmo canto com que Maria se alegrava, bendizia
e dava graças a Deus por toda a Sua magnanimidade.
Maria obteve a graça mais extraordinária que nunca nenhuma outra mulher recebeu
nem receberá: foi eleita por Deus, entre todas as mulheres da História, para
ser a Mãe daquele Messias Redentor que a Humanidade esperava há séculos. É a
mais elevada honra jamais concedida a um ser humano, e Ela recebe-a com total
singeleza e humildade, dando-se conta de que tudo é graça, dádiva, e que Ela
nada é perante a imensidão do poder e da grandeza de Deus, que Nela fez coisas
grandiosas (Lc 1,49). Uma grande lição de humildade para todos nós, filhos de
Adão e herdeiros de uma natureza humana profundamente marcada por aquele pecado
original, cujas conseqüências arrastamos, dia após dia.
Estamos já a chegar ao fim do tempo do Advento, tempo de conversão e de
purificação. Hoje é Maria quem nos ensina o melhor caminho. Meditar a oração da
nossa Mãe – querendo fazê-la nossa – nos ajudará a ser mais humildes. Santa
Maria nos ajudará, se o pedimos com confiança.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Maria
disse: 'A minha alma proclama a grandeza do Senhor.' Por isso —ela diz— ofereço
todas as forças da alma em ação de graças e dedico-me com todo o meu ser, os
meus sentidos e a minha inteligência para contemplar com gratidão a grandeza
daquele que não tem fim» (São Beda o Venerável) -«Na casa de Isabel e Zacarías,
ouvimos o “Magnificat”, este grande poema que nos chega dos labios, ou melhor,
do coração de Maria, inspirado pelo Espírito Santo. ‘A minha alma engrandece ao
Senhor’… Maria é grande precisamente porque não quis tornar-se grande” (Bento
XVI) -«Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o “nada
da criatura”, que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no
“Magnificat”, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que
Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo (...)» (Catecismo da Igreja
Católica, n. 2.097)
Penúltima de 13 irmãos, camponeses
pobres e sofridos, de constituição frágil e saúde precária, Francisca nasceu na
região da Lombardia, Itália, em 1850. Seus pais, reconhecendo sua
inteligência, fizeram grandes esforços para que se formasse professora, além de
dar aos filhos a riqueza que possuíam: a Fé. Por isso ela gostava
de ler a vida dos santos, e entusiasmada por São Francisco Xavier, adotou-lhe o
nome, “Xavéria”.
Lecionou muito e bem, e nas aulas de Geografia enfatizava a triste
situação religiosa dos povos pagãos, pois tinha amor às obras missionárias.
Desejava ser freira, mas suas condições físicas impediram sua aceitação nos
conventos. Aos 30 anos, desabafou o quanto desejava abraçar uma obra
missionária com o bispo de Lodi, que lhe respondeu: "Filha, tu queres ser missionária? Não há ainda um instituto
desse gênero, funda um!". Assim, em 1877 fundou o Instituto das
Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, que colocou sob a proteção de
São Francisco Xavier. Adotou como lema as palavras de São Paulo: “Tudo posso Naquele que me
fortalece” (Fl 4,13). E preparou missionárias especializadas
em enfermagem, assistência social e religiosa, para acompanhar os emigrantes
italianos que, na época, por causa das guerras de
unificação da Itália, viajavam para as Américas, sem preparo profissional e sem
compreender a língua, sendo facilmente explorados.
Em 30 anos de trabalhos, ela fundou 67 casas na Itália, na França e nas Américas (incluindo
o Brasil), tendo atravessado o Atlântico cerca de 30 vezes. Impôs-se a grandes
personagens políticas e comerciais, defendendo melhores condições
de vida para os imigrantes. Faleceu em Chicago, EUA, em 1917, com 67 anos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: “Senhor,
fazei meu coração grande como o mundo”, suplicava Santa
Francisca. A fortaleza da alma, embebida no amor a Deus e ao próximo,
supera todas as dificuldades, incluindo a fragilidade física. Este amor é uma
escolha: todos podemos (e devemos) pedir a Deus que nos fortaleça no serviço
que Ele nos quiser dar – e que sempre será para o nosso maior bem.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA.
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