terça-feira, 20 de dezembro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 21. DEZ. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


21 DE DEZEMBRO DE 2022-Advento: 21 de Dezembro

Vaticano, 20 Dez. 22 / 12:41 pm (ACI).- O papa Francisco falou sobre “as distorções do trabalho”, que foi contaminado pela “cultura do descarte”, para cerca de seis mil membros da Conferência Geral Italiana do Trabalho ontem (19) na aula Paulo VI. “Vemos isso, por exemplo, onde a dignidade humana é espezinhada pela discriminação de gênero - por que uma mulher deveria ganhar menos do que um homem?"

Oração: Ó Deus, que marcastes pela Vossa doutrina a vida de São Pedro Canísio, concedei-nos, por sua intercessão, que sejamos fiéis à mesma doutrina, e que em tempo todos os Vossos filhos, dispersos do rebanho, tornem a se reunir no único aprisco da Vossa Igreja, conforme é Vosso desejo de Pai. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo, e pelo amor materno de Maria Santíssima. Amém.

Evangelho (Lc 1,39-45):

Naqueles dias, Maria partiu apressadamente para a região montanhosa, dirigindo-se a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com voz forte, ela exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!».

«Feliz aquela que acreditou!» - Rev. D. Àngel CALDAS i Bosch(Salt, Girona, Espanha)

Hoje, o texto do Evangelho corresponde ao segundo mistério gozoso: a «Visitação de Maria à sua prima Isabel». É realmente um mistério! Uma explosão silenciosa de um júbilo profundo, como a história nunca nos tinha narrado! É a alegria de Maria, que acaba de conceber por obra e graça do Espírito Santo. A palavra latina “gaudium” exprime um júbilo profundo, intimo, que não explode para fora. Apesar disso, as montanhas de Judá cobriram-se de gozo. Maria exultava como uma mãe que acaba de saber que espera um filho. E que Filho! Um Filho que, já antes de nascer, peregrinava por caminhos pedregosos que conduziam até Ain Karen, aconchegado no coração e nos braços de Maria.
Alegria na alma e no rosto de Isabel, e no menino que salta de regozijo nas suas entranhas. As palavras da prima de Maria hão de atravessar os tempos: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!» (cf. Lc 1,42). A recitação do rosário como fonte de alegria, é uma das novas perspectivas descobertas por são João Paulo II na sua Carta apostólica sobre O Rosário da Virgem Maria.
A alegria é inseparável da fé. «Como mereço que a mãe do meu Senhor me venha visitar?» (Lc 1,43). A alegria de Deus e de Maria difundiu-se por todo o mundo. Para a receber, basta abrir-se pela fé à ação permanente de Deus na nossa vida, e fazer caminho com o Menino, com Aquela que acreditou, e pela mão enamorada e forte de São José. Pelos caminhos da terra, pelo asfalto ou pelos paralelepípedos ou por terrenos lamacentos, um cristão leva sempre consigo duas dimensões da fé: a união com Deus e o serviço aos outros. Tudo bem unido: com uma unidade de vida que impeça uma solução de continuidade entre uma coisa e outra.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Desde o momento em que soube, Maria, com o jubilo do seu desejo, dirigiu-se para as montanhas. Cheia de Deus, como não iria dirigir-se rapidamente para as alturas? A lentidão no esforço é estranha à graça do Espirito» (Santo Ambrósio) «A visita de Maria e Isabel leva ao encontro entre Jesus e João no Espirito Santo. Jesus é o mais jovem, aquele que virá depois. Mas é a Sua proximidade o que faz saltar João no seio materno e enche do Esprito Santo, Isabel» (Benedito XVI) «Isabel é a primeira, na longa sequência das gerações, a declarar Maria bem-aventurada: «Feliz d'Aquela que acreditou...» (Lc 1, 45); Maria é «bendita entre as mulheres», porque acreditou no cumprimento da Palavra do Senhor (...). Pela sua fé, Maria tornou-se a mãe dos crentes, graças a quem todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: Jesus, «fruto bendito do vosso ventre» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.676)

Pedro Canísio nasceu na Holanda em 1521 – mesmo ano da revolta de Lutero. Estudante de Letras na Universidade de Colônia, Alemanha, conheceu São Pedro Faber, um dos cofundadores da Companhia de Jesus com Santo Inácio de Loyola. Nela ingressou e ordenou-se sacerdote, em breve se destacando pelo zelo e ciência. Por isso foi designado pelo cabido de Colônia como seu representante junto ao imperador Carlos V, na Dieta de Worms (isto é, uma assembleia do Sacro Império Romano-Germânico realizada em Worms, com a função de deliberar e decidir formalmente medidas a serem adotadas em todo o império. No caso, estavam sendo avaliados os crimes de Lutero contra a Igreja). Nesta ocasião, sua clara argumentação obteve a deposição do arcebispo herético de Colônia, que apoiava os protestantes. Depois disso, foi convidado a participar como teólogo no Concílio de Trento (1545-1563), onde conheceu Santo Inácio de Loyola, que lhe confiou a missão de recristianizar a Alemanha. A gigantesca obra de Canísio se desdobrou nas atividades de pregador, escritor e organizador, isto enquanto percorria várias vezes, a pé, toda a Alemanha e a Suíça. Trabalhou também em muitas missões diplomáticas para a Igreja, junto a bispos e príncipes. Seus dois livros mais importantes são “Controvérsias”, uma culta história das origens do Cristianismo, e “Suma da Doutrina Cristã”, em três diferentes versões segundo o tipo de público: manual de pastoral para sacerdotes; juventude universitária; e povo simples. Foram 50 edições naquele século, e traduções em 15 línguas. Por estas obras foi reconhecido como Doutor da Igreja. Seu trabalho apologético foi marcado pelo amor e respeito aos adversários. Dizia, conforme o ensinamento de São Pedro: “Abramos os olhos dos extraviados, mas sem nunca causar-lhes irritação". São Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburgo, atual Suíça, após seis anos imobilizado por uma congestão cerebral.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: São Bonifácio é considerado o primeiro apóstolo da Alemanha, e São Pedro Canísio o segundo. Os males do Protestantismo exigiram um renovado esforço para a Igreja, que ainda hoje se acha dividida, não apenas em terras germânicas, nem apenas pelo Luteranismo, mas no mundo todo, por centenas, quiça milhares de seitas protestantes, todas oriundas da premissa luterana de que qualquer pessoa pode interpretar a Bíblia como quiser, sem o auxílio da Igreja, isto é, sem as luzes e graças do Espírito Santo. É natural, portanto, que ao longo do tempo surjam muitos fundadores de novas ideias, cada qual com seu próprio entendimento particular de Deus, de Cristo e da Sua obra. Só a Deus cabe julgar as consciências, mas um fato concreto é que a Igreja de Cristo foi fundada diretamente por Ele mesmo, que determinou diretamente ser Pedro o Seu Vigário na Terra, dando a ele o poder de decidir pela Igreja com o auxílio do Espírito Santo, anunciado pelo mesmo Jesus e de evidente manifestação em Pentecostes, o primeiro ato público da Igreja Católica como tal, de acordo com a vontade de Deus, em Cristo Ressuscitado.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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