Dom Vilsom Basso e Conceição Formiga na inauguração do museu de arte
sacra da diocese de Imperatriz (MA). Foto: Pascom - Diocese de Imperatriz (MA).
REDAÇÃO CENTRAL, 23 Dez. 22 / 04:22 pm (ACI).- Há 40 anos, a colecionadora Conceição Formiga guarda terços e presépios. Este ano, ela decidiu doar toda a sua coleção para a diocese de Imperatriz (MA). São 1002 terços e 350 presépios. A iniciativa fez a diocese antecipar um projeto que já existia e abrir um museu de arte sacra. O espaço foi inaugurado na terça-feira (20). Segundo a assessoria de comunicação da diocese de Imperatriz, “o desejo de Conceição Formiga de doar toda a coleção de terços e presépios para a igreja” impulsionou a diocese transformar o espaço da livraria da catedral de Nossa Senhora de Fátima, localizada no centro de Imperatriz (MA) em “um museu de artes sacras da diocese”.
Oração: Ó Deus e Pai de Amor, dai-nos pela poderosa intercessão de São João Evangelista a graça de conviver e crescer sempre mais na Vossa intimidade, para que possamos, como ele, ser modificados totalmente em nossas almas, amando-Vos como de fato mereceis, e assim escrevermos em nossas vidas o amor concreto aos irmãos, único meio de merecer a Vossa comunhão total no Paraíso. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém
Evangelho (Jo 20,2-8):
Maria Madalena saiu correndo
e foi se encontrar com Simão Pedro e com o outro discípulo, aquele que Jesus
mais amava. Disse-lhes: «Tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o
colocaram». Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam
juntos, e o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo.
Inclinando-se, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Simão Pedro, que
vinha seguindo, chegou também e entrou no túmulo. Ele observou as faixas de
linho no chão, e o pano que tinha coberto a cabeça de Jesus: este pano não
estava com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. O outro discípulo, que
tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também, viu e creu.
«Viu e creu» - Rev. D. Manel VALLS i Serra(Barcelona, Espanha)
Hoje, a liturgia
celebra a solenidade de são João, apóstolo e evangelista. Ao dia seguinte de
Natal, a Igreja celebra a festa do primeiro mártir da fé cristã: são Estevão. E
ao dia seguinte, a festa de são João, aquele que melhor e mais profundamente
penetra no mistério do Verbo encarnado, o primeiro "teólogo" e modelo
de tudo verdadeiro “teólogo”. A passagem do seu Evangelho que hoje se propõe
ajuda-nos a contemplar o Natal desde a perspectiva da Ressurreição do Senhor.
Por isso, João, ao chegar até o túmulo vazio, «viu e creu» (Jo 20,8). Confiados
na testemunha dos Apóstolos, nos vemos movidos em cada Natal a "ver"
e "crer".
Cada um pode reviver esses "ver" e "crer" a propósito do
nascimento de Jesus, o Verbo encarnado. João movido pela intuição do seu coração
—e, deveríamos acrescentar pela "graça"— "vê mais além do que
seus olhos naquele momento podem contemplar. Na realidade, se ele crê, vê sem
"ter visto" ainda a Cristo, com o qual já tem implícita a louvação
para aqueles que «não viram, e creram!» (Jo 20,29), com o qual acaba o capítulo
do seu Evangelho.
Pedro e João "correm" juntos até o túmulo, mais o texto nos diz que
João «o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo» (Jo
20,4). Parece como se João desejasse mais estar ao lado de Aquele que amava
—Cristo— do que estar fisicamente ao lado de Pedro, ante o qual, porém —com um
gesto de esperá-lo e que seja ele quem entre primeiro ao túmulo— demonstra que
é Pedro quem tem a primazia no Colégio Apostólico. Com tudo, o coração ardente,
cheio de zelo, fervoroso de amor por João, é o que o leva a "correr"
e "avançar", convidando-nos a viver igualmente a nossa fé com este
desejo ardente de encontrar ao Ressuscitado.
Pensamentos para o Evangelho de hoje;
«João, junto da manjedoura, diz-nos:
vede o que se concede a quem se entrega a Deus de coração puro. Eles
participarão da total e inesgotável plenitude da vida humano-divina de Cristo
como recompensa real»- (Santa Teresa Benedita da Cruz) «Que melhor comentário
sobre o `mandamento novo´, do que aquele de que nos fala São João? Peçamos ao
Pai que o vivamos, mesmo que seja sempre de forma imperfeita, de modo tão
intenso que contagie aqueles que encontramos no nosso caminho» -(Benedito XVI)
-«Retomando a expressão de São João («o Verbo fez-Se carne»: Jo 1, 14), a
Igreja chama “Encarnação” ao facto de o Filho de Deus ter assumido uma natureza
humana, para nela levar a efeito a nossa salvação (...)» (Catecismo da Igreja
Católica, nº461).
SANTO : SÃO JOÃO EVANGELISTA João, filho de Zebedeu e Salomé, pescador na Galiléia, foi com Santo André o primeiro discípulo a se encontrar com Jesus. Nas listas dos Apóstolos, sempre aparece com Tiago, seu irmão, imediatamente depois de Pedro e André. E, juntamente a Pedro e Tiago, é privilegiado por estar presente nos momentos mais solenes com Jesus: por exemplo, na ressurreição da filha de Jairo, na Transfiguração de Cristo no Monte Tabor, e na Sua agonia no Getsêmani. Além disso, João é o único Apóstolo na Crucifixão, aos pés do Cristo e ao lado de Maria, a Quem, por ordem de Jesus, acolheu em sua casa depois da morte e ressurreição do Senhor. Era o mais jovem dos Apóstolos, virgem, e refere-se a si mesmo nos textos sagrados como “o discípulo que Jesus amava”. Sem dúvida Jesus mostrou por ele um carinho especial. Ao mesmo tempo, tinha temperamento ciumento, impulsivo e vingativo, como se mostra nas ocasiões onde pretendeu um lugar ao lado de Jesus na Sua glória (Mc 10,35-40), e quis matar alguns que não auxiliaram a Jesus (Lc 9,54). Apesar disso, tornou-se o Apóstolo do Amor, o que fica evidenciado nos seus escritos e nos relatos da Tradição a seu respeito. Após Pentecostes, os Atos dos Apóstolos registram a fundamental importância de João na consolidação da primeira comunidade cristã, na Judéia. Depois da dispersão dos Apóstolos por causa das perseguições, São João fundou comunidades e as firmou em diferentes localidades da Ásia Menor. Exilado pelo imperador Domiciano em Patmos, uma ilha árida e rochosa do Mar Egeu, ali escreveu o Apocalipse (significando “revelação de um grande acontecimento”, em Grego), último livro da Bíblia, onde registra o poder divino do Cordeiro sacrificado, Jesus, e as tribulações dos fiéis, o castigo dos maus e o triunfo final da Igreja, para confortar os cristãos na perseguição romana. (Uma profunda análise do Apocalipse, relacionando-o com o Sacrifício Eucarístico, está no livro “O Banquete do Cordeiro”, do autor Scott Hahn, altamentente recomendável). Mais tarde, em Éfeso, onde também acolheu Maria, seu zelo pastoral para com os primeiros núcleos cristãos o levou a escrever o quarto Evangelho e três Epístolas constantes do cânon bíblico (isto é, livros inspirados pelo Espírito Santo e por isso dignos de confiança). Este Evangelho, diferentemente dos outros três (os sinópticos, de Mateus, Marcos e Lucas), traz uma abordagem mais analítica e meditativa das ações de Jesus registradas nos demais, completando-os e os interpretando. As cartas evidenciam o amor de Deus e ao próximo. A Tradição conta que, já idoso, a pregação de João se resumia a dizer: “Amai-vos uns aos outros, pois nisto está toda a Lei de Deus”. O que é verdade. Foi o único Apóstolo que morreu de morte natural, não martirizado, o que não quer dizer que não tenha sofrido enormemente, também no físico, por causa dos trabalhos apostólicos e perseguições. Faleceu e foi sepultado em Éfeso, aos 90 anos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A cada filho Seu Deus ama de um modo único e especial. Jesus,
humanamente, também tinha mais proximidade natural com uns do que com outros –
por exemplo, João, Pedro e Lázaro Lhe eram mais íntimos. E isto não significa
que estes não tivessem temperamentos difíceis: Pedro, impulsivo e inconstante, O
negou três vezes… Mas todos os que se relacionam com Jesus acabam por
santificar-se na convivência com Ele, e por isso João, antes ciumento e um
tanto arrogante e vingativo, tornou-se o grande Apóstolo do Amor.
Tjl – a122.com – evangeli.net –
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