Cardeal Konrad Krajewski
na Ucrânia / Vatican News KIEV, 27 Dez. 22 / 03:24 pm (ACI).- O papa Francisco agradeceu ao cardeal
que enviou à Ucrânia por "confirmar as pessoas em sua fé" neste Natal. Ao final de sua nova missão na Ucrânia,
o prefeito do Dicastério para a Caridade, cardeal Konrad Krajewski, disse
ao Vatican News que
“o Santo Padre me enviou uma mensagem via WhatsApp. Ele estava feliz por 'estar
aqui', por estar perto do povo ucraniano por meio de seu esmoler, por poder
confirmar as pessoas na fé, rezar com elas, estar com elas, comer com elas,
sofrer com elas, porque todos sofrem ali. Basta pensar nesses grandes prédios
sem eletricidade, sem água, com pessoas que não podem nem ir ao banheiro”.
Oração: Deus Pai de infinita bondade, protegei-nos dos perigos e males
deste mundo, e por intercessão dos Santos Inocentes, defendei-nos da morte
eterna, de modo que, por Vós e para manter a nossa pureza, não hesitemos em
enfrentar a espada nesta vida como garantia de nascer para a Vossa glória. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e pelas mãos de Maria Vossa e nossa
Mãe. Amém.
Evangelho (Mt 2,13-18):
Depois que os magos se
retiraram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: «Levanta-te,
toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise,
porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo». José levantou-se, de noite,
com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito; e lá ficou até à morte de
Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Do Egito
chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que os magos o tinham enganado, ficou furioso. Mandou
matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos
para baixo, de acordo com o tempo indicado pelos magos. Assim se cumpriu o que
foi dito pelo profeta Jeremias: «Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande
lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, pois não
existem mais».
«José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe,
e retirou-se para o Egito » Rev. D. Joan Pere PULIDO i
Gutiérrez(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
Hoje celebramos a festa dos
Santos Inocentes, mártires. Introduzidos nas celebrações de Natal, não podemos
ignorar a mensagem que a liturgia quer nos transmitir para definir, ainda mais,
a Boa Nova do nascimento de Jesus, com dois acentos bem claros. Em primeiro
lugar, a predisposição de São José no desígnio salvador de Deus, aceitando sua
vontade. E, por sua vez, o mal, a injustiça que freqüentemente encontramos em
nossa vida, concretizada na morte martirial das crianças Inocentes. Tudo isso
pede-nos uma atitude e uma resposta pessoal e social.
São José nos oferece um testemunho bem claro de resposta decidida perante o
chamado de Deus. Nele nos sentimos identificados quando devemos tomar decisões
nos momentos difíceis de nossa vida e de nossa fé: «Levantou-se de noite, com o
menino e a mãe, e retirou-se para Egito» (Mt 2,14).
Nossa fé em Deus implica a nossa vida. Faz que nos levantemos, quer dizer faz
nos estar atentos às coisas que acontecem em nosso redor, porque
—freqüentemente— é o lugar onde Deus fala. Faz nos tomar ao Menino com sua mãe,
quer dizer, Deus faz se nos próximo, companheiro de caminho, reforçando a nossa
fé, esperança e caridade. E faz nos sair de noite para Egito, isto é,
convida-nos a não ter medo perante nossa própria vida, que com freqüência
enche-se de noites difíceis de iluminar.
Estas crianças mártires, também hoje, têm nomes concretos em crianças, jovens,
casais, pessoas idosas, imigrantes, doentes...que pedem a resposta de nossa
caridade. Assim nos o diz João Paulo II: «Em efeito, são muitas, em nosso
tempo, as necessidades que interpelam à sensibilidade cristã. É hora de uma
nova imaginação da caridade, que se desdobre não só na eficácia da ajuda
emprestada, mas também na capacidade de nos fazer próximos e solidários com o
que sofre».
Que a nova luz, clara e forte de Deus feito Menino encha nossas vidas e
consolide nossa fé, nossa esperança e nossa caridade.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «O
que temes, Herodes, quando ouves que nasceu um Rei? (…). Você mata o corpo das
crianças, porque o medo matou o seu coração» (São Quodvultdeus) «O Filho de
Deus - Verbo eterno - tornou-se filho para que Deus esteja ao nosso alcance.
Ele nos ensina assim a amar os pequenos; amar os fracos; respeitar as crianças»
(Bento XVI) «A fuga para o Egipto e a matança dos inocentes manifestam a
oposição das trevas à luz: 'Ele veio para a sua casa, e a sua gente não o
recebeu» (Jn 1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o signo da perseguição»
(Catecismo da Igreja Católica, n. 530)
A Igreja denomina de Santos Inocentes às crianças – meninos – que Herodes mandou matar sumariamente quando soube do nascimento do Menino Jesus. Queria Herodes garantir assim a morte Daquele que seria Rei de Israel – uma ameça potencial para o seu trono, conforme entendia.
O Evangelho de Mateus narra estes fatos. Atraídos do Oriente pela misteriosa estrela que indicava o caminho
para o local do nascimento do novo Rei dos judeus, três Reis Magos chegaram à
Palestina, mas então ela desapareceu. Os Magos buscaram informações com
Herodes, que, alarmado com a possibilidade de um concorrente ao seu reinado,
consultou os sacerdotes e escribas. Estes, consultando os textos
sagrados, indicaram a cidade de Belém, na Judéia. Herodes contou aos Magos e
lhes pediu informações exatas, “...para que eu também vá adorá-Lo”.
Herodes era considerado cruel mesmo pelos
pagãos. Mantinha-se no trono, ao qual chegara depois de matanças, pelo
assassinato “preventivo” inclusive de três dos seus próprios filhos, para que
não herdassem – ou usurpassem – a coroa.
Os Magos de fato encontraram Jesus recém-nascido
em Belém, mas, avisados em sonho por Deus, voltaram ao Oriente sem passar
por Jerusalém.
Herodes não demorou a perceber que os Magos não
retornariam, e decidiu pela morte rápida de qualquer menino da região com dois
anos ou menos de idade, de forma a garantir que nenhum possível candidato ao
trono sobrevivesse. (Porém, milagrosamente, São João Batista,
primo de Jesus e seis meses mais velho, sobreviveu à procura dos guardas). Estima-se que o número de meninos mortos foi em torno de 40.
O evangelista São Mateus interpretou este múltiplo assassinato
como o cumprimento de uma profecia do profeta Jeremias, que
menciona o choro de Raquel por seus filhos mortos (Jr 31,15; Mt 2,18). Raquel,
esposa de Jacó e mãe de José e Benjamim, simboliza a nação judaica. O sepulcro de Raquel está na entrada da cidade de Belém, onde
foram martirizados os meninos inocentes.
São José, também avisado em sonho, partira com Maria e o Menino
Jesus para o Egito, onde ficaram até a morte de Herodes, que foi horrível:
corroído por vermes e com o corpo coberto de úlceras fétidas, gritou até
expirar.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A loucura do ser humano, ao se
afastar de Deus, o leva a atos absurdos, maus e inúteis. O desejo das coisas
deste mundo em detrimento da vida futura provoca os pecados mais graves e cega
totalmente o Homem para o seu verdadeiro fim, de acordo com a sua origem das
mãos de Deus e destinação à plenitude da vida infinita, participando da intimidade
e condição divinas. Sem saber ao certo de onde vem, e para que existe, o Homem
não sabe para onde deve ir, nem como lá chegar… por isso é tão fundamental a
ordem de Jesus aos Apóstolos e a todos nós, “Ide e pregai o Evangelho a todos
os povos” (Mc 16,15).
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
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