Oração
da família diante do presépio
Menino Jesus, Deus que se fez pequeno por nós, diante da cena do
teu nascimento, do presépio, estamos reunidos em família para rezar.
Mesmo que fisicamente falte alguém, em espírito somos uma só
alma.
Olhando Maria, tua Mãe Santíssima, rezamos pelas mulheres da
família, que cada uma delas acolha com amor a palavra de Deus, sem medo e sem
reservas, que elas lutem pela harmonia e paz em nossa casa.
Vendo teu pai adotivo, São José, pedimos ó Menino Deus, pelos
homens desta família, que eles transmitam segurança e proteção, estejam sempre
atentos às necessidades mais urgentes, que saibam proteger nossos lares de tudo
que não provém de ti.
Diante dos pastores e reis magos, pedimos por todos nós, para
que saibamos render-te graças, louvar-te sempre em todas as circunstâncias, e
que não nos cansemos de te procurar, mesmo por caminhos difíceis.
Menino Jesus, contemplando tua face serena, teu sorriso de
criança, bendizemos tua ação em nossas vidas.
Que nesta noite santa, possamos esquecer as discórdias, os
rancores, possamos nos perdoar.
Jesus querido, abençoa nossa família, cura os enfermos que
houver, cura as feridas de relacionamentos.
Fazemos hoje o propósito de nos amar mais.
Que neste Natal a bênção divina recaia sobre nós. Amém.
Oração: Senhor, nós Vos pedimos
pela intercessão de São João Câncio, incansável mestre da Vossa Verdade, que
nossa vida seja marcada pela coerência no conhecimento e vivência da Fé, bem
como na transmissão que dela temos o direito e dever de realizar como obra de
caridade aos irmãos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Evangelho
(Lc 1,57-66):
Quando se completou o tempo
da gravidez, Isabel deu à luz um filho. Os vizinhos e os parentes ouviram
quanta misericórdia o Senhor lhe tinha demonstrado, e alegravam-se com ela. No
oitavo dia, foram circuncidar o menino e queriam dar-lhe o nome de seu pai,
Zacarias. A mãe, porém, disse: «Não. Ele vai se chamar João». Disseram-lhe:
«Ninguém entre os teus parentes é chamado com este nome!» Por meio de sinais,
então, perguntaram ao pai como ele queria que o menino se chamasse. Zacarias
pediu uma tabuinha e escreveu: «João é o seu nome!» E todos ficaram admirados.
No mesmo instante, sua boca se abriu, a língua se soltou, e ele começou a
louvar a Deus. Todos os vizinhos se encheram de temor, e a notícia se espalhou
por toda a região montanhosa da Judéia. Todos os que ouviram a notícia ficavam
pensando: «Que vai ser este menino?» De fato, a mão do Senhor estava com ele.
«Que vai ser este menino? De fato, a mão do Senhor estava com ele» - Rev. D. Miquel MASATS i Roca(Girona, Espanha)
Hoje, na primeira
leitura lemos: «Isto diz o Senhor: ‘Eis que estou enviando o meu mensageiro
para preparar o caminho à minha frente’» (Mal 3,1). A profecia de Malaquias
cumpre-se em João Batista. É um dos principais personagens da liturgia do
Advento, que nos convida a prepararmo-nos com oração e penitência para a vinda
do Senhor. Tal como reza a oração da coleta da missa de hoje: «Concede aos teus
servos, que reconhecemos a proximidade do Nascimento de teu Filho, experimentar
a misericórdia do Verbo que se dignou encarnar da Virgem Maria e habitar entre
nós».
O nascimento de Precursor fala-nos da proximidade do Natal. O Senhor está
próximo!; preparemo-nos! Questionado pelos sacerdotes vindos de Jerusalém sobre
quem era, ele respondeu:«“Eu sou a voz de quem grita no deserto: ‘Endireitai o
caminho para o Senhor! ’”» (Jo 1,23).
«Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu
entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo» (Ap
3,20), lê-se na antífona da comunhão. Devemos fazer exame e analisar como nos
estamos preparando para receber a Jesus no dia de Natal: Deus quer nascer
principalmente nos nossos corações.
A vida do Precursor ensina-nos as virtudes que necessitamos para receber com
proveito a Jesus; fundamentalmente, a humildade de coração. Ele reconhece-se
instrumento de Deus para cumprir a sua vocação, a sua missão. Como diz Santo
Ambrósio: «Não te glories por te chamarem filho de Deus —reconheçamos a graça
sem esquecer a nossa natureza—; não te envaideças se serviste bem, porque
apenas cumpriste aquilo que tinhas a fazer. O sol faz o seu trabalho a lua
obedece; os anjos cumprem a sua missão. O instrumento escolhido pelo Senhor
para os gentios diz: ‘Eu não mereço o nome de apóstolo, pois eu persegui a Igreja
de Deus’ (1Cor 15,9)».
Busquemos tão só a glória de Deus. A virtude da humildade nos disporá a
preparar-nos devidamente para as festas que se aproximam.
Pensamentos para o Evangelho de hoje:«Isabel
sentiu a proximidade de Maria, João a proximidade do Senhor; a mulher ouviu a
saudação da mulher, o filho sentiu a presença do Filho, elas proclamam a graça,
eles logram que suas madres se aproveitem de este dom» (Santo Ambrósio) -« João
anunciará a alguém Maior que ia de vir depois de ele. Tem sido enviado para
preparar o caminho a esse misterioso Outro; toda sua missão está orientada a
Ele: se anunciava algo realmente grande» (Bento XVI) -«João é “mais do que um
profeta” (Lc,26). Nele, o Espírito Santo conclui a tarefa de “falar pelos
profetas”. João encerra um ciclo dos profetas inaugurado por Elias. Anuncia a
iminência da consolação de Israel, é a “voz” do Consolador que vem (Jn 1,23).
Como fará o Espírito de verdade, “ele veio como testemunha, a fim de dar
testemunho da luz” (Jn 1,7). Aos olhos de João Espírito realiza, assim, as
“pesquisas dos profetas” e o desejo dos anjos» (Catecismo da Igreja Católica,
n° 719)
São João CÂNCIO nasceu em 1390, em Kenty, Polônia. Dedicando-se aos estudos, alcançou de forma brilhante a plenitude das graduações acadêmicas, e passou a lecionar, até o fim da vida, na mesma Universidade de Cracóvia, onde estudara. Além disso foi sacerdote, preocupado em ensinar que todos os conhecimentos, incluindo os acadêmicos, estão reunidos e se originam da sabedoria de Deus, uma perspectiva mais clara na sua época (ao contrário de concepções racionalistas posteriores, que, até hoje, propõe a Ciência como uma espécie de religião em si mesma); transformava, como escreveu São Paulo, a “verdade em caridade”.
Fez do magistério o seu principal caminho de
santidade, com imenso amor aos estudantes e aos pobres. A estes, com
frequência dava suas próprias roupas e calçados, e a eles distribuiu
os restos dos seus bens antes de morrer.
De grande humildade, praticava toda semana o
jejum e a penitência. Com o mesmo espírito penitencial peregrinou
três vezes aos lugares santos da Palestina, descalço. Realizou também várias
romarias aos túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma.
Próximo da morte, que ocorreu em 24 de dezembro de 1473, despediu-se dos professores e alunos da
Universidade dizendo: "Vigiai atentamente sobre a doutrina, conservai o
depósito da fé sem alteração e combatei, sem jamais cansar-vos, toda opinião
contrária à verdade. Mas revesti-vos neste combate das armas da paciência,
da doçura e da caridade, recordando que a violência, além do dano que faz às
nossas almas, prejudica as melhores causas”. É o padroeiro principal da Polônia e da
Lituânia.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: A
boa ciência naturalmente caminha lado a lado com a Fé, e, como escreveu outro
santo polonês, São João Paulo II, “A fé e a razão constituem como que as duas
asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade”
(Encíclica Fides et Ratio, 1998). Mas é necessário que estes conhecimentos
sejam transmitidos, e por isso é tão vital para a Igreja a dimensão do ensino
(na teoria e na prática) – que se traduz, em termos concretos, no seu
magistério e atividade missionária. Sem bons professores, triste será o
ensinamento e o futuro dos alunos. O contínuo aprofundamento da própria
formação e o zelo na fiel transmissão da Fé, que inclui em parte também a
melhor formação possível nas demais ciências, é alegre dever de todo batizado.
TJL – A12.COM
– EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
Nenhum comentário:
Postar um comentário