Basílica de São Francisco em Assis / Natale di Francesco ASSIS, 14 Dez. 22 / 03:51 pm (ACI).- O "Natal de São Francisco" é uma iniciativa de um mês na cidade de são Francisco que visa uma vivência mais profunda do mistério do Natal. De 8 de dezembro a 8 de janeiro de 2023, pinturas de Giotto (c.1267-1337) sobre o nascimento de Jesus são projetadas nas fachadas de igrejas de Assis. A fachada da basílica de São Francisco mostra a cena do Nascimento do Menino Jesus, enquanto na catedral de São Rufino se pode ver a Anunciação do Arcanjo São Gabriel à Virgem Maria.
Oração: Ó Senhor
Deus, de inefável grandeza, que nos quisestes mostrar esta mesma grandeza nos
servindo, concedei-nos por intercessão de Vossa serva, Santa Cristiana, a
conversão das nossas almas, para que reconhecendo o nosso nada e o Vosso tudo,
alegremente nos deixemos conduzir por Vossa vontade em nossas vidas. Por Jesus
Cristo Vosso Filho, e Vossa Mãe e serva Maria Santíssima. Amém.
Evangelho (Lc 7,24-30):
Depois
que os mensageiros de João partiram, Jesus começou a falar às multidões sobre
João: «Que fostes ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Que fostes ver?
Um homem vestido com roupas finas? Os que vestem roupas finas e vivem no luxo
estão nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos
digo, e mais que um profeta. Este é de quem está escrito: ‘Eu envio meu
mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti’. Eu vos
digo: entre todos os nascidos de mulher não há ninguém maior do que João. No
entanto, o menor no Reino de Deus é maior do que ele».
Todo o povo que o escutava e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus e
deixaram-se batizar com o batismo de João. Mas os fariseus e os doutores da Lei
recusaram ser batizados por João e desprezaram os planos de Deus a respeito
deles».
«Que fostes ver no deserto?» - Rev. D. Carles ELÍAS i Cao(Barcelona, Espanha)
Hoje,
Jesus pergunta-nos três vezes: «Que fostes ver no deserto?»; «Que fostes ver?»;
«Que fostes ver então?» (Lc 7,24.25.26).
Parece que Jesus hoje quer afastar de nós o afã pela curiosidade estéril, a
suficiência dos fariseus e mestres da Lei, que menosprezavam o plano de Deus
para eles, rejeitando o chamamento de João (cf. Lc 7,30). “Saber de Deus” por
si só não salva; é preciso conhecê-lo, amá-lo e segui-lo; é necessário que haja
uma resposta desde dentro, sincera, humilde, agradecida.
«Reconheceram a justiça de Deus e deixaram-se batizar com o batismo de João»
(Lc 7,29): vem agora a salvação. Como São João Crisóstomo pregava, agora vem o
tempo não de ser examinados, mas o tempo do perdão. Hoje e agora é o momento,
Deus está perto, cada vez mais perto de nós, porque é bom, porque é justo e nos
conhece profundamente, e por isso cheio de um amor que perdoa; porque espera em
cada tarde o nosso regresso de filhos a casa, para nos abraçar.
E oferece-nos o Seu perdão e a Sua presença; rompe toda a distância entre nós;
bate à nossa porta. Humilde, paciente, agora chama no seu coração: no seu
deserto, na sua solidão, no seu fracasso, na sua incapacidade, Ele quer que
você veja o Seu amor.
Temos de sair das nossas comodidades e luxos para nos confrontarmos com a
realidade tal como é: distraídos pelo consumo e pelo egoísmo, esquecemos o que
Deus espera de nós. Deseja o nosso amor, quer-nos para Ele. Quer-nos
verdadeiramente pobres e simples, para podermos anunciar o que, apesar de tudo,
ainda esperamos: —Estou contigo, não tenhas medo, confia em Mim.
Entrando no nosso intimo, digamos agora com voz pausada: —Senhor, Tu que sabes
como eu sou e me aceitas, abre-me o coração na Tua presença; quero aceitar o
Teu amor, quero acolher-te, agora que vens no silêncio e na paz.
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«Podias falar-me de Elias que foi
arrebatado ao céu, mas não é maior do que João; Enoc foi transferido e também
nao é maior do que João ”(São Cirilo de Jerusalém) «O Evangelho diz-nos que
João dizia a todos que se convertessem. Os fariseus e os médicos viram sua
força: ‘Ele era um homem justo’. Eles perguntaram se ele era o Messias. João
foi muito claro, ele não roubou esse título. Homem de verdade, João não roubou
a dignidade do Senhor!» (Francisco) «João é ‘mais do que um profeta’ (Lc 7,26):
(…) ‘Aquele sobre Quem vires o Espírito Santo descer e permanecer, é Ele que
baptiza no Espírito Santo... Ora, eu vi e dou testemunho de que Ele é o Filho
de Deus... Eis o Cordeiro de Deus!’ (Jo 1,33-36)» (Catecismo da Igreja
Católica, nº 719)
Nuné, que possuía
formação cristã, foi feita escrava durante a invasão dos povos bárbaros na
Geórgia, além do Mar Negro, no século IV. Resignada, aceitou ela com
admirável paciência esta terrível situação, convicta de, assim, cumprir a
vontade de Deus. Embora em meio pagão e hostil, esta virgem
permaneceu fiel às práticas religiosas e multiplicou as obras de piedade.
Aos poucos, sua humildade, modéstia e bondade a
tornaram admirada e respeitada. Passou a ser chamada de Cristiana, por causa da sua Fé cristã. A
pedido de uma mãe desesperada, rezou pela cura do seu filho doente, que ficou
bom. Este milagre trouxe simpatia à religião de Cristiana, que
aproveitou para evangelizar os moradores locais. Posteriormente, também a
rainha daquela região ficou doente, e sem mais recursos médicos, chegaram ao seu
conhecimento as curas que o Deus de Cristiana operava através das orações da
escrava. Chamada pela rainha, Cristiana obteve a sua plena
recuperação.
E, recusando os presentes que o rei lhe queria
dar, pois o mérito era de Deus e não dela, explicou a doutrina
cristã, de forma que a rainha desejou ser convertida. O rei,
por sugestão de Cristiana, pediu ao imperador de Constantinopla missionários para instruir seu povo no cristianismo, o que levou à
conversão de toda a Geórgia.
Cristiana faleceu em 330, ficando conhecida como mãe da igreja
cristã da Geórgia.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão:Como diz São
Paulo, Deus escolhe os fracos para confundir os fortes. Mesmo a escravidão
serviu a Deus para, através de uma única jovem, obter a conversão de todo um
povo e região. Quanto maior a humildade, maior a graça: Nossa Senhora, não por
acaso, reconheceu-Se como escrava do Senhor ao Anjo Gabriel. A perfeição de
Deus permite que, desde monarcas a escravos, qualquer dos Seus filhos seja
santo e Seu instrumento, realizando grandes obras, através justamente da
humildade, mansidão e obediência, numa palavra, na aceitação serena e bondosa
do que Ele pede, especificamente, a cada um.
TJL- A12.COM
– EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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