Exposição "100 presépios no Vaticano" terá
obras ambientadas na guerra
A Natividade recriada no porão de uma estrutura em Mariupol,
criada pela irmã Theodosia Polotniuk, é um dos mais de 100 presépios que
estarão em exposição sob a colunata de Bernini, na Praça São Pedro. A inauguração
será realizada nesta quinta (8) e a mostra pode ser visitada gratuitamente até
8 de janeiro de 2023.
Oração: Deus de infinito amor, que
quereis a plenitude da felicidade humana, e não apenas bens passageiros para os
Vossos filhos, concedei-nos por intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe a
mesma riqueza que destes a São Juan Diego, o de nos preocuparmos mais em Vos
levar ao próximo e buscar a conversão dos pecadores, motivo pelo qual ele
mereceu o Céu, do que desejarmos a impossível perfeição material deste mundo
que passa. Amém.
Evangelho (Mt 11,16-19)
Naquele
tempo, Jesus disse: «Com quem vou comparar esta geração? É parecida com
crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras: ‘Tocamos flauta
para vós, e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes!’ Veio João,
que não come nem bebe, e dizem: ‘Tem um demônio’. Veio o Filho do Homem, que
come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de
pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras».
«Com quem vou comparar esta geração?»
Rev.
D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje devêssemos
remover-nos diante do suspiro do Senhor: «Com quem vou comparar esta geração?»
(Mt 11,16). Jesus fica aturdido com nosso coração, muitas vezes inconformista e
desagradecido. Nunca estamos contentos; sempre nos queixamos. Inclusive nos atrevemos
a acusá-lo e a culpá-lo daquilo que nos incomoda.
«Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras» (Mt 11,19): basta
contemplar o mistério do Natal. E nós?; Como é a nossa fé? Será que com essas
queixas tratamos de encobrir a ausência de nossa resposta? Boa pergunta para o
tempo do Advento!
Deus vem ao encontro do homem, mas o homem —particularmente o homem
contemporâneo¬— se esconde Dele. Alguns lhe têm medo, como Herodes. Outros,
incluso, lhes molesta sua simples presença. «Fora! Fora! Crucifica-o!» (Jo
19,15). Jesus é o Deus-que-vem» (Bento XVI) e nos parecemos “o
homem-que-se-vai”: «Ela veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram»
(Jo 1,11).
Por que fugimos? Por nossa falta de humildade. São João Batista recomendava-nos
“minguarmos”. E a Igreja nos o lembra cada vez que chega o Advento. Para tanto,
façamos-nos pequenos para poder entender e acolher ao "Pequeno Deus".
Ele se nos apresenta na humildade das fraldas: Nunca antes tinha predicado um
“Deus-com-fraldas”! Ridícula imagem damos à vista de Deus quando os homens
pretendemos encobrir-nos com desculpas e falsas justificações. Já nos alvores
da humanidade Adão lançou as culpas a Eva; Eva à serpente e..., havendo
transcorrido os séculos, continuamos igual.
Mas, chega Jesus-Deus: No frio e na pobreza extrema de Belém não vociferou nem
nos reprochou nada. Tudo o contrário!: Já começa a carregar sob suas pequenas
costas todas nossas culpas. Então, teremos-lhe medo?; De verdade valerão nossas
desculpas diante esse “Pequeno-Deus"? «O sinal de Deus é o Menino:
Aprendemos a viver com Ele e a praticar com Ele a humildade da renúncia» (Bento
XVI).
Pensamentos para o Evangelho de hoje:
«Quando Deus viu que o medo estava
arruinando o mundo, imediatamente tentou chamá-lo de novo, com amor; convidá-lo
com sua graça; apoiá-lo com sua caridade e ligá-lo com seu afeto» (São Pedro
Crisólogo)«Para a humanidade, que já não tem tempo para Ele, Deus oferece outro
tempo para redescobrir o sentido da esperança. Porque Ele nos ama e,
precisamente por isso, espera que voltemos para ele e que abramos o nosso
coração ao seu amor» (Bento XVI) «Ninguém subiu ao céu senão aquele que desceu
do céu, o Filho do homem» (Jn 3,13). Abandonada às suas forças naturais, a
humanidade não tem acesso à ‘Casa do Pai’ (Jo 14,2), à vida e à felicidade de
Deus. Só Cristo foi capaz de abrir este acesso ao homem» (Catecismo da Igreja
Católica, n. 661)
-Juan Diego nasceu
em 1474 em Cuauhtitlan, atual cidade do México, pertencendo à mais baixa casta do Império Asteca; antes de ser batizado, seu
nome era Cuauhtlatoatzin. Era pobre e dedicava-se ao difícil
trabalho no campo e à fabricação de esteiras. Convertido com sua esposa pelos franciscanos
chegados ao México em 1524, caminhava 20 quilômetros para participar da Santa
Missa em Tlatelolco.
Era muito piedoso. Em 9 de dezembro de 1531, Nossa Senhora lhe
apareceu pela primeira vez, chamando-o de “Joaõzinho”, “meu filho caçula”, em
sua língua nativa (nahuatl). Queria Ela a construção de uma
igreja naquele local, na região de Guadalupe, o que dependia da licença do
Bispo, Dom João de Zumárraga. Este pediu a Juan provas da
aparição; então no dia 12 a Virgem disse a Juan Diego para colher flores no
alto da colina de Tepeyac, embora não fosse época delas, e as
apresentasse ao bispo.
Ao abrir a sua túnica, feita de
fibras de cacto, um tecido chamado tilma ou ayate, não apenas o bispo reconheceu o
milagre das flores, como sobre o manto de Juan ficou a imagem de Nossa Senhora
de Guadalupe, que, à luz de estudos modernos, apresenta várias e impressionantes
condições milagrosas – incluindo o fato da imagem não estar tingida
ou impressa no manto, mas “flutuando” sobre ele.
Depois disso, e já estando
viúvo, Juan passou a morar numa sala ao lado da capela onde ficou o manto. Dedicou o resto da vida à divulgação das aparições de Guadalupe
aos seus conterrâneos astecas, conseguindo inúmeras conversões. Faleceu
em 3 de junho de 1548, com 74 anos.(Colaboração: José Duarte de
Barros Filho)
Reflexão: Nossa
Senhora de Guadalupe é padroeira da América Latina. A importância deste fato é
tanto maior quanto gravíssima é a crise de fé no mundo católico atual, que na
América Latina se apresenta nos governos anticatólicos em quase todos os seus
países, e nas campanhas políticas de fundo ateu e materialista que procuram confundir
os povos com promessas de utópicos “paraísos terrestres” igualitários e
dirigidos por regimes ditatoriais. “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14,7),
preveniu o Cristo (o que não quer dizer que devam ser ignorados, mas sim que
este mundo jamais será perfeito), “mas a Mim não tereis sempre”: Jesus Se
referia à Sua morte na Cruz, mas também ao fato de que, se nos preocuparmos
mais com as coisas deste mundo, acabaremos por perdê-Lo na vida infinita que
vem após a morte. A caridade e a preocupação legítima com os mais necessitados
são parte da ação normal da Igreja, e de qualquer homem de boa vontade; mas
mesmo isto não é mais importante que amar primeiro a Cristo – antes que à
política, antes que ao mundo, antes que a si mesmo, antes que ao próximo. Tentativas
de “justiça social” que oferecem métodos que afastam de Deus não são obra Dele:
os fins não justificam os meios.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA
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