quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

BOM DIA EVANELHO - 02 DE DEZEMBRO DE 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


02 DE DEZEMBRO DE 2022 - Sexta-feira da 1ª semana do Advento

Atitudes no tempo do advento para a pessoa cristã: vigiar e orar

"Os Padres da Igreja elaboraram reflexões sobre o tempo do Advento, de modo que é fundamental aprofundar-se em alguns pontos de suas doutrinas em vista da realidade atual. Eles seguiram as palavras do Senhor sobre a necessidade de vigiar e de orar, para que assim o nascimento do Senhor encontrasse os seus discípulos com ações que glorificassem a Deus e também preparassem as suas comunidades, ao encontro definitivo com Ele."

Por Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá (PA)

O tempo do advento aponta para o santo Natal, o nascimento de Jesus Cristo na realidade humana. É um tempo especial, espécie de vento novo, que traz a novidade da vida sobre a morte, da alegria sobre a tristeza, pois o Senhor Jesus quer nascer nos corações das pessoas e do mundo. Advento é uma palavra latina: adventus-us, cujo significado é chegar, vinda, período de paz, preparação ao natal[1]. Seguidora do Senhor, a Igreja ouve a palavra de Cristo em referência ao vigiar e orar (cfr. Mt 26,41) para que este tempo seja cheio de graça, de paz e de amor para a chegada do Senhor nos corações humanos, na vida familiar, comunitária e social.

Os padres da Igreja elaboraram reflexões sobre o tempo do advento, de modo que é fundamental aprofundar-se em alguns pontos de suas doutrinas em vista da realidade atual. Eles seguiram as palavras do Senhor sobre a necessidade de vigiar e de orar, para que assim o nascimento do Senhor encontrasse os seus discípulos com ações que glorificassem a Deus e também preparassem as suas comunidades, ao encontro definitivo com Ele.


Oração: Senhor, peço-Vos que, por intercessão de Santa Bibiana, aumenteis e sustenteis minha fé e coragem, de modo a nunca Vos negar diante das dificuldades ou perseguições, para que na fidelidade possa alcançar a Vida eterna e não ser devorado pelos enganos e falsas promessas deste mundo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, e Maria Santíssima. Amém.

Evangelho (Mt 9,27-31)

 Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: «Tem compaixão de nós, filho de Davi!» Quando entrou em casa, os cegos se aproximaram dele, e Jesus lhes perguntou: «Acreditais que eu posso fazer isso?» Eles responderam: «Sim, Senhor». Então tocou nos olhos deles, dizendo: «Faça-se conforme a vossa fé». E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu: «Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo». Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região.

«Jesus lhes perguntou: Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor» - + Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)

Hoje, nesta primeira Sexta-Feira de Advento, o Evangelho apresenta-nos três personagens: Jesus no centro da cena, e dois cegos que se aproximam cheios de fé e com o coração esperançado. Tinham ouvido falar Dele, da sua ternura para com os doentes e do seu poder. Estes traços identificavam-No como o Messias. Quem melhor que Ele podia tomar a seu cargo a sua desgraça?
Os dois cegos unem-se e, em comunidade, dirigem-se ambos a Jesus. Em uníssono fazem uma oração de petição ao Enviado de Deus, ao Messias, a quem chamam “Filho de Davi”. Querem, com a sua oração, provocar a compaixão de Jesus: «Tem compaixão de nós, filho de Davi!» (Mt 9,27).
Jesus interpela a sua fé: «Acreditais que eu posso fazer isso?» (Mt 9,28). Se eles se aproximaram do Enviado de Deus é precisamente porque acreditam Nele. A uma só voz fazem uma bela profissão de fé, respondendo: «Sim, Senhor» (Ibidem). E Jesus concede a vista àqueles que já viam pela fé. De fato, acreditar é ver com os olhos do nosso interior.
Este tempo de Advento é o adequado, também para nós, para procurar Jesus com um grande desejo, como o dos cegos, fazendo comunidade, fazendo Igreja. Com a Igreja proclamamos no Espírito Santo: «Vem, Senhor Jesus» (cf, Ap 22,17-20). Jesus vem com o seu poder de abrir completamente os olhos do nosso coração, e fazer que vejamos, que acreditemos. O Advento é um tempo forte de oração: tempo para fazer oração de petição e, sobretudo, oração de profissão de fé. Tempo de ver e de acreditar.
Recordemos as palavras do Pequeno Príncipe: «O essencial só se vê com o coração».
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Ensina-me a procurar-te e mostra-te a quem te procura; porque não posso procurar por ti, a menos que me ensines, e não posso encontrar-te se não te manifestares. Desejando, te procurarei; procurando, te desejarei; amando, te encontrarei e encontrando-te, te amarei» (Santo Anselmo) «Jesus mesmo, quando ensinava a rezar, dizia que se fizera como um amigo inoportuno. Rezar é um pouco como incomodar a Deus para que nos escute. É atrair os olhos, atrair o coração de Deus para conosco» (Francisco) «O pedido insistente dos cegos: “Tem compaixão de nós, filho de Davi” (Mt 9,27) ou “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Mc 10,47) foi retomado na tradição da oração a Jesus: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador!”. Quer na cura das enfermidades, quer na remissão dos pecados, Jesus responde sempre à oração que implora com fé: “Vai em paz, tua fé te salvou!”» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2616)

SANTA BARBARA 

Nos anos 360 da Era Cristã, Juliano, imperador de Roma, renegou a fé e iniciou uma feroz perseguição contra os cristãos, ficando conhecido como “o apóstata”. Substituiu ele todos os cristãos que estavam em cargos civis por pagãos. Os líderes cristãos mais perseverantes eram humilhados, torturados e mortos. Também a família de Bibiana foi executada: seu pai, antes, recebeu uma marca de escravo na testa, e sua mãe foi decapitada. Sua irmã foi levada à prisão para ser violentada e morta, mas não abdicou da fé.

Inicialmente Bibiana foi levada para um prostíbulo, mas nem ela se deixou seduzir, nem os homens conseguiam forçá-la, pois, apenas encostando nela, sofriam surtos de loucura. Então a transferiram para um asilo de loucos, onde, ao contrário, os doentes ficaram curados. Afinal a chicotearam até morrer. O corpo, atirado a cães que atacavam ferozmente os cadáveres, não foi tocado, permanecendo os animais a distância respeitosa, como que em reverência. Assim os cristãos recolheram seus restos mortais e lhe deram sepultura próxima à dos seus familiares. Mais tarde, foram transferidos para um túmulo no monte Esquilino, em Roma.

A devoção à Santa Bibiana e sua família cresceu entre as comunidades cristãs, de forma que ela passou a ser invocada para interceder pelas doenças da cabeça, doenças mentais e epilepsia. O túmulo virou lugar de grande peregrinação.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Ainda hoje as perseguições políticas aos cristãos acontecem no mundo. No Ocidente, mais evidentes são as perseguições no âmbito cultural e dos costumes, porém as perseguições cruentas também ocorrem no Oriente. Mais do que nunca é necessária a firmeza na Fé, para que em tempos conturbados não se afastem de Deus os Seus filhos, sob a pressão de interesses mundanos e respeitos humanos.

TJL – A12.COM -EVANGELI.NET-VATICANNEWS.VA

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