Representação do purgatório / Foto: Flickr Lawrence OP (CC-BY-NC-ND-2.0) REDAÇÃO CENTRAL, 05 Dez. 22 / 03:47 pm (ACI).- É tradição na Igreja dedicar o mês de novembro para rezar e oferecer atividades que ajudem as almas do purgatório. O ex-reitor da Escola de Teologia da Seton Hall University, EUA, John Grondelski, fez uma série de propostas para continuar intercedendo por eles ao longo do ano. Segundo Grondelski, no final do ano, temas como morte, juízo, céu, inferno, vigilância ganham destaque nas leituras bíblicas da Igreja, por isso o padre listou algumas sugestões no jornal National Catholic Register, do grupo EWTN do qual pertence a ACI Digital. 1. Rezar pelos defuntos: Grondelski exortou os fiéis a acrescentar uma oração pelas pessoas que morreram em sua oração diária e incentivou a ensinar as crianças a orar pelas almas dos mortos. Exortou a rezar o terço ou o terço da Divina Misericórdia pelos defuntos.2. Oferecer Missas: “Não há melhor oração que possamos fazer pelos defuntos do que a santa missa. Quando foi a última vez que você organizou uma missa para alguém? Pais? Avós? Parentes?", perguntou.O ex-reitor aconselhou a participar da missa “pelo menos um dia útil por semana e oferecê-la pelos defuntos”.“Se você trabalha, muitas igrejas celebram missas na hora do almoço, algumas até à noite. Você está muito ocupado no sábado de manhã?", perguntou. 3. Ir a um cemitério:Grondelski disse que os cemitérios católicos “são também lugares religiosos, fazem parte da Igreja” e lembrou que inclusive são concedidas indulgências plenárias em novembro nas “condições habituais (confissão, comunhão, oração pelo papa) para quem visita um cemitério". “Visitar um cemitério é uma excelente oportunidade para ajudar os fiéis defuntos ao longo do ano. Quando foi a última vez que você visitou os túmulos de seus parentes?”, acrescentou. 4. Meditar sobre a morte: “A espiritualidade católica há muito tempo nos exorta ao Memento Mori! (Lembre-se que você vai morrer). É o momento decisivo da sua vida. Os autores católicos abordam esse assunto há muito tempo”, lembrou.O autor incentivou a leitura de literatura católica sobre o assunto, como Pensamentos consoladores sobre a doença e a morte de são Francisco de Sales ou Preparação para a morte de santo Afonso Maria de Ligório. 5. Fazer um testamento: Grondelski observou que um testamento mostra como as coisas deixadas no mundo serão distribuídas após a morte, observando que é uma oportunidade "para fazer uma declaração de fé", por exemplo, indicando que "você dará esmola aos outros ou pedir a celebração das missas para si mesmo depois da morte”. 6. Visitar pessoas que perderam alguém próximo: “Todos nós pensamos naqueles que ficam quando alguém morre. Mas nunca nos sentimos à vontade para falar com eles. Com o passar do tempo, também nos esquecemos deles”, observou o autor. O ex-reitor disse que é provável que "você conheça alguém que está de luto", por isso exortou a fazer uma ligação, chamar para um jantar, e comentou que, se for uma criança, esse ato pode preencher "algumas lacunas” deixadas pelos pais. Grondelski sugeriu levar "a criança para algum lugar, passar algum tempo com ela ou talvez fazer algo tão simples como consertar um brinquedo ou fazer uma atividade que a criança costumava fazer com o pai perdido". "Você não sabe o que dizer? Que tal apenas estar lá e, se você ainda estiver procurando por palavras, uma 'Ave Maria' estará bem", acrescentou. 7. Ir a um velório : “É o momento de apresentar respeitos, de consolar os aflitos, mas sobretudo de rezar pelos defuntos”.
Oração: Ó Jesus, que
quisestes assumir a nossa natureza humana como meio de Redenção, concedei-nos,
por intercessão de São Nicolau, a caridade operosa aos necessitados, e a defesa
da pureza e virgindade. Que não seja em vão para as almas a grandeza do Vosso
amor, que nos enriquece com o Vosso rebaixamento à condição de criatura, para
elevar o servo à condição de Filho. Pelas mãos amorosas de Nossa Senhora e São
José. Amém.
Evangelho
(Mt 18,12-14):
Naquele tempo,
Jesus disse aos discípulos: «Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma
delas se extraviar, não deixará as noventa e nove nos morros, para ir à procura
daquela que se perdeu? E se ele a encontrar, em verdade vos digo, terá mais
alegria por esta do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Do mesmo
modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos».
«O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequenos» - Fr. Damien LIN Yuanheng(Singapore, Singapura)
Hoje, Jesus nos
lança um desafio: «´´O que você acha”? (Mt 18,12); que tipo de misericórdia
você pratica? Talvez nós, “católicos praticantes”, tendo muitas vezes gostado
da misericórdia de Deus em seus sacramentos, estamos tentados a pensar que já
estamos justificados diante dos olhos de Deus. Corremos o perigo de
converter-nos inconscientemente no fariseu que menospreza ao publicano (cf. Lc
18,9-14). Mesmo que não o digamos em voz alta, talvez pensamos que estamos
livres de culpa ante Deus. Alguns sintomas de que este orgulho farisaico cria
raízes em nós podem ser a impaciência ante os defeitos dos demais, ou pensar
que as advertências nunca vão para nós.
O “desobediente” profeta Jonas, um judeu, se manteve inflexível quando Deus
mostrou pena pelos habitantes de Nínive. Javé rejeitou a intolerância de Jonas
(cf. Jon 4,10-11). Aquela olhada humana punha limites à misericórdia. Por acaso
também nós pomos limites à misericórdia de Deus? Devemos prestar atenção à
lição de Jesus: «Seja misericordiosos como vosso Pai é misericordioso» (Lc
6,36). Com toda probabilidade, ainda nos falta um longo caminho por percorrer
para imitar a misericórdia de Deus!
Como deveríamos entender a misericórdia de nosso Pai celestial? O Papa
Francisco disse que «Deus não perdoa mediante um decreto, e sim com um abraço».
O abraço de Deus para com cada um de nós se chama “Jesus Cristo”. Cristo
manifesta a misericórdia paternal de Deus. No capítulo quarto do Evangelho de
São João, Cristo não ventila os pecados da mulher samaritana. Em lugar de
disso, a divina misericórdia cura à Samaritana ajudando-a a afrontar plenamente
a realidade de seu pecado. A misericórdia de Deus é totalmente coerente com a
verdade. A misericórdia não é uma desculpa para rebaixar-se moralmente. No
entanto, Jesus devia ter provocado seu arrependimento com muito mais ternura do
que a mulher sentiu mulher adúltera “ferida pelo amor” (cf. Jn 8,3-11). Nós
também devemos aprender como ajudar aos demais a encarar seus erros sem
envergonhá-los, com grande respeito para com eles como irmãos em Cristo, e com
ternura. No nosso caso, também com humildade, sabendo que nós mesmos somos
“vasilhas de barro”.
-Nicolau nasceu de pais ricos e piedosos, por volta do ano 275, na Lícia, atual Turquia. Sacerdote da diocese de Mitra, dedicou-se à evangelização e conversão dos pagãos, num período de perseguição religiosa.
Extremamente
caridoso, distribuiu sua herança aos pobres. Eleito bispo de Mira, foi preso na
perseguição de Dioclesiano, por volta de 310; antes de ser condenado
à morte, publicou-se o Edito de Milão (313), que concedia a liberdade
religiosa, o que lhe salvou a vida. Participou do Concílio de
Nicéia, em 235, ocasião onde Constantino Magno, imperador de Roma, ajoelhou-se para beijar as
cicatrizes de Nicolau e outros varões torturados na última perseguição. Nicolau
recebeu de Deus o poder dos milagres, especialmente em favor dos doentes.
Sua
extraordinária caridade, porém, é que o tornou um dos santos mais conhecidos e
amados, no Oriente e no Ocidente. Um caso particular ilustra mais a sua
fama: sabendo que um pai pobre tencionava entregar suas três filhas à prostituição,
por não ter como pagar o dote dos seus casamentos, Nicolau jogou pela janela da casa três bolsas
com o dinheiro necessário. Este fato, e a tradição que menciona suas doações,
sempre anônimas, de moedas de ouro, comida e roupas para os pobres e
viúvas, e presentes para as crianças, deu origem à lenda natalina de “Papai
Noel”.
Nicolau é
padroeiro da Rússia e outros lugares, bem como dos marinheiros e moças solteiras.
Antes da revolução comunista, muitos czares adotaram o seu nome, e em Bári,
Itália, onde estão seus restos mortais (para lá transladados
pela ameaça muçulmana de profanação do seu túmulo), havia hospedaria exclusiva
para os peregrinos russos que iam venerar suas relíquias.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: É motivo de
alegria que a caridade de tão grande Santo seja a base de uma figura simpática
como Papai Noel, mas nem por isso devemos deixar que a fantasia moderna, cada
vez mais desvirtuada pelo interesse material, relegue a segundo plano o
verdadeiro valor do amor desinteressado ao próximo. Devemos associar ao Natal a
maior das caridades, a Encarnação de Jesus, para a nossa salvação; e
comemorá-la com o presente do amor ao próximo, que não se manifesta
principalmente em presentes materiais (embora estes não sejam, claro,
condenáveis), mas na doação de nós mesmos. A demasiada preocupação, que pode
chegar à ideia de “obrigação”, de presentes materiais no Natal afastam nosso
coração da contemplação do nascimento de Cristo, este sim o presente máximo que
Deus nos dá e que devemos repassar aos irmãos.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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