segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

bom dia evangelho - 13. dezembro. 022

 

BOM DIA EVANGELHO


13 DE DEZEMBRO DE 2022- Terça-feira da 3ª semana do Advento

Beata Isabel Cristina Mrad Campos / Natalia Zimbrão (ACI Digital) Vaticano, 12 Dez. 22 / 08:50 am (ACI).- Após a oração do Ângelus ontem (11), o papa Francisco recordou a beatificação da brasileira Isabel Cristina Mrad Campos, martirizada em 1982, aos 20 anos, por defender a castidade. “Que seu exemplo heroico inspire especialmente os jovens a darem testemunho generoso de sua fé e de sua adesão ao Evangelho”, disse o papa. Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG). Em 1982, mudou-se para Juiz de Fora (MG) para fazer um curso pré-vestibular, pois queria cursar Medicina para ajudar as crianças carentes. No dia 1º de setembro daquele ano, um homem que foi ao apartamento dela montar um guarda-roupa tentou violentá-la, mas Isabel resistiu. Diante da resistência dela, ele a matou com 15 facadas. Em outubro de 2020, o papa Francisco reconheceu o martírio de Isabel Cristina, morta por defender sua castidade. No sábado (11), ela foi beatificada em Barbacena, em missa celebrada pelo representante do papa, o arcebispo emérito de Aparecida (SP), cardeal Raymundo Damasceno Assis. “Ontem, em Barbacena, foi beatificada Isabel Cristina Mrad Campos. Esta jovem mulher foi morta em 1982 aos 20 anos de idade, em ódio à fé, por ter defendido sua dignidade como mulher e o valor da castidade”, disse o papa Francisco ao final do Ângelus. Após incentivar os jovens a seguir o exemplo da mártir da castidade, Francisco concluiu pedindo “um aplauso à nova beata”

Oração: Deus de amor e bondade, concedei-nos, por intercessão de Vossa queridíssima filha Santa Luzia, a graça de nunca perder de vista os Vossos ensinamentos, para que, levando uma vida conforme a luz da Vossa sabedoria e vontade, cheguemos a Vos ver face a face no Paraíso que não tem fim. Por intercessão da sempre Virgem Maria, Vossa Mãe, e do castíssimo São José, Seu esposo. Amém.

Evangelho (Mt 21,28-32):

 Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes: «Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: “O primeiro.” Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele».

«‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi?» - Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje contemplamos o pai que tem dois filhos e diz ao primeiro: «Filho, vai trabalhar hoje na vinha» (Mt 21,28). O filho respondeu: «‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi» (Mt 21,29). Ao segundo lhe disse o mesmo. Este respondeu: «Sim, senhor, eu vou»; mas não foi... (cf. Mt 21,30). O importante não é dizer “sim”, mas “fazer”. Há um dito que afirma «obras são amores e não boas razões».
Em outro momento, Jesus dará a doutrina que ensina esta parábola: «Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus». (Mt 7,21). Como escreveu Santo Agostinho, «Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus; e não torcida a de Deus para se acomodar à tua». Na língua catalã se diz que um menino “creu” (“crê”), quando ele obedece: crê!, quer dizer, identificamos a obediência com a Fé, com a confiança naquilo que nos dizem.
Obediência vem de “ob-audire”: escutar com grande atenção. Manifesta-se na oração, em não nos fazer-nos de surdos à voz do Amor. «Os homens tendemos a nos “defender”, a nos apegar ao nosso egoísmo. Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a Fé. As vezes o Senhor sugere seu querer em voz baixa, lá no fundo da consciência: e é necessário estarmos atentos, para distinguir essa voz e ser-lhe fiel» (São Josemaría Escrivá). Cumprir a vontade de Deus é ser santo; obedecer não é ser uma simples marionete nas mãos dos outros, mas interiorizar o que se deve cumprir: e, assim, fazê-lo porque “tenho vontade”.
Nossa Mãe a Virgem, mestra na “obediência da Fé”, nos ensinará a forma de aprender a obedecer a vontade do Pai.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Quando o pecado está no homem, este já não pode contemplar a Deus. Mas podes sarar, se quiseres. A fé e o temor de Deus devem ter a absoluta preferência do teu coração» (São Teófilo de Antioquia) «Quando nós sejamos capazes de dizer ao Senhor: — ‘Senhor, estes são os meus pecados, não os de este ou os de aquele... ¡são meus! Tomai os meus pecados’, então seremos esse belo povo que confia no nome do Senhor» (Francisco) «Jesus escandalizou os fariseus por comer com os publicanos e os pecadores (394) tão familiarmente como com eles (395). Contra aqueles ‘que se consideravam justos e desprezavam os demais’ (Lc 18, 9) (396) Jesus afirmou: ‘Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores, para que se arrependam’ (Lc 5, 32). E foi mais longe, afirmando, diante dos fariseus, que, sendo o pecado universal (397), cegam-se a si próprios (398) aqueles que pretendem não precisar de salvação» (Catecismo da Igreja Católica, nº 588)

Santa luzia

Os poucos dados históricos indicam que Luzia nasceu em Siracusa, ilha da Sicília, Itália. Sua família, nobre e rica, a educou na Fé, e cedo fez ela o voto de virgindade perpétua a Deus. Tendo ficado órfã de pai, sua mãe desejou que se casasse com um jovem de distinta família, mas pagão; Luzia pediu-lhe tempo para amadurecer sua resolução de castidade.

Neste período, a mãe ficou doente, sem esperança de recuperação, e Luzia propôs que peregrinassem à cidade de Catânia, ao túmulo de Santa Águeda, já então famosa pelos milagres concedidos. Ali foi a mãe curada, e depois disso Luzia se recusou definitivamente a casar. O noivo, revoltado, a denunciou ao governador Pascácio, por não ter cumprido a palavra e por ser cristã.

No julgamento a quiseram forçar a sacrificar aos deuses, e a ameaçaram, entre outras coisas, de colocá-la num prostíbulo. Como ela não cedesse, foi cruelmente torturada e por fim decapitada, a 13 de dezembro de 303.

Santa Luzia é considerada protetora das doenças dos olhos, o que parece ser devido ao fato de que a palavra Luzia, em Latim, está associada à luz, que é percebida pelos olhos.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Chama a atenção o fato de quatro virgens, Santas Inês, Cecília, Águeda e Luzia, tivessem o privilégio de um ofício litúrgico próprio, e serem mencionadas, até hoje, no cânon da santa Missa. Todas elas foram muito veneradas na antiguidade. A pureza, de corpo e espírito, é de sumo agrado de Deus, e nos inícios do Cristianismo, em meio ao mundo pagão que desprezava a virgindade, quis a Trindade exaltar particularmente aqueles que se Lhe dedicaram de corpo e alma. São um exemplo que sempre será atual, não por acaso também nestes nossos dias, onde a sensualidade é exacerbada e leva tantos ao pecado. Não é possível querer agradar a Deus e ao mundo: ou seguimos os Mandamentos de Deus, que de fato levam à felicidade verdadeira, ou ficaremos corrompidos pelos prazeres ilegítimos, que por fim só trazem infelicidades e, pior, podem efetivamente levar as almas para o inferno.

Tjl – a12.com – evangeli.net – vaticannews.va

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