Oração: Deus de infinita misericórdia,
dai-nos a graça de, por intercessão de Santa Adelaide, Vossa fiel seguidora,
obtermos governantes que de fato se preocupem em buscar as Vossas bênçãos sobre
o povo e a Nação, e famílias bem estruturadas no fundamento do matrimônio,
edificado na grandeza que concedestes à maternidade e à estabilidade. Pelas
mãos da Sagrada Família, Jesus, Maria e José. Amém.
Evangelho
segundo São João 5,33-36.
Naquele
tempo, disse Jesus aos judeus: «Vós mandastes emissários a João Batista e ele
deu testemunho da verdade.
Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais
salvos.
João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes
alegrar-vos com a sua luz.
Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu
para consumar -- as obras que Eu realizo -- dão testemunho de que o Pai Me
enviou».(Tradução litúrgica da Bíblia)
«Preparei
uma lâmpada para o meu Cristo» (Sl 132,17 [Vulgata])
Quando todo o Universo se encontrava subjugado
pelas trevas do demónio e o negrume do pecado reinava sobre o mundo, um novo
Sol, Cristo, Nosso Senhor, quis, nos últimos tempos e na escuridão da noite,
espalhar a claridade dum novo dia. Antes de surgir esta luz, isto é, antes de
se manifestar «o Sol de justiça» (Mal 3,20), Deus anunciara já pelos profetas:
«Eu vos enviei todos os meus profetas antes da luz» (Jer 7,25 [Vulgata]). Mais
tarde, o próprio Cristo enviou os seus raios, ou seja, os apóstolos, para fazer
brilhar a sua luz e encher de Verdade a Terra inteira, a fim de que ninguém se
perdesse nas trevas. [...] Nós, os homens, recorremos a lâmpadas para levar a
cabo as nossas tarefas antes de o Sol deste mundo nascer; também o Sol que é
Cristo teve uma lâmpada a preceder a sua vinda, como diz o salmista: «Preparei
uma lâmpada para o meu Cristo». O Senhor indica-nos quem é esta lâmpada, ao
dizer, a respeito de João Batista: «Era uma lâmpada
Borgonha, França . Filha do rei da Borgonha, Adelaide nasceu em 931, e cedo casou com o rei Lotário II da Itália, ficando viúva três anos depois. O Duque Berengário de Ivreia, que desejava o reino de Lotário, a mandou prender. Com a ajuda de amigos, como o piedoso capelão Martinho, conseguiu fugir e pedir ajuda ao rei Otão I da Alemanha. Este se apaixonou por ela e, casados, assumiu ele o trono da Itália. Anos mais tarde, como recompensa por expulsar os invasores das terras pontifícias, Otão recebeu a coroa imperial que pertencera a Carlos Magno, dando origem ao Sacro Império Romano-Germânico, o qual duraria mais de oito séculos.
Falecido
Otão I, Adelaide foi Regente até a maioridade do filho, Otão II,
que em 971 se casou com a princesa grega Teofânia Escleraina. Esta era
maldosa e ciumenta, e tanto perseguiu a Regente que Adelaide acabou exilada. Arrependido,
o filho, após alguns anos, a trouxe de volta, havendo uma reconciliação; mas
pouco depois o imperador morreu. Teofânia assumiu a regência, planejando a
morte da sogra; mas, com apenas quatro semanas de governo, foi ela mesma
assassinada. Novamente como Regente, agora do neto Otão III,
Adelaide retomou suas obrigações políticas e religiosas.
Em
todos os períodos em que teve obrigações de Estado, Adelaide agiu com humildade, caridade,
justiça, solidariedade e piedade. Entendia que a prosperidade e felicidade de
uma nação dependiam da bênção de Deus; por isso procurou que o povo
vivesse no santo temor de Deus, empenhando-se para que fossem fielmente
conservados os costumes e usos da vida cristã. Santo Odilão, abade de Cluny e
seu biógrafo, dizia dela que o trono não a deixou orgulhosa, permanecendo
imperturbavelmente humilde. “Humilde na
prosperidade, era paciente e conformada na adversidade; sóbria e modesta no
comer e vestir; constante na prática dos exercícios de piedade, penitência e
caridade, era o modelo de uma perfeita cristã”.
Após a
segunda viuvez, Adelaide dedicou-se cada vez mais ao auxílio da Igreja,
ajudando os pobres e necessitados e fundando vários mosteiros. No de Selz, recolheu-se nos últimos anos de vida, falecendo em 16
de dezembro de 999.(Colaboração: José Duarte de
Barros Filho)
Reflexão: Santa
Adelaide é luminoso exemplo de esposa, mãe, viúva, governante, humildade,
resignação, modéstia, fé. No horizonte da Cristandade, destaca-se como modelo
de mulher, que sem perder nada da sua feminilidade cumpriu maravilhosamente
todos os papéis que a vida lhe solicitou. Donde se vê claramente que as
atribuições da mulher na sociedade não exigem de forma alguma que as mulheres
se descaracterizem, tornando-se “competidoras” dos homens como querem muitos
movimentos “feministas” atuais, incluindo a fácil e desastrosa negação da
própria maternidade. A doutrina católica, que vem de Deus, sabe respeitar e
valorizar perfeitamente as naturais condições do ser humano, sem violência ou
agressões, sem jogar uns contra os outros, permitindo a cada qual se desenvolver
como deve, para a sua própria felicidade, de acordo com a sabedoria do Criador
para com as Suas criaturas.
TJL – A12.COM – EVANGELHOQUOTIDIANO.COM
– VATICANNEWS.VA
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