terça-feira, 13 de dezembro de 2022

BOM DIA EVANGELHO - 14. DEZEMBRO. 2022

 

BOM DIA EVANGELHO


14 DE DEZEMBRO DE 2022 - Quarta-feira da 3ª semana do Advento

Papa Francisco no Natal de 2014 / ACI Prensa Vaticano, 13 Dez. 22 / 03:33 pm (ACI).- O papa Francisco falou sobre a importância de montar o presépio na preparação para o Natal de 2022 numa mensagem publicada hoje (13) na conta oficial do Twitter @Pontifex_pt. “Preparando o presépio para o Menino Jesus, aprendemos de novo quem é o nosso Senhor: o Deus da mansidão humilde, da misericórdia e do amor, que intervém respeitando sempre a nossa liberdade e as nossas escolhas”, disse o papa.


Oração: Ó Pai de misericórdia, que conheceis as nossas limitações e desejais o nosso bem, concedei-nos, por intercessão de São João da Cruz, a coragem e perseverança de alegremente aceitar as dificuldades que nos permitis viver, como caminho certo de salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Santa Maria, Vossa e nossa Mãe. Amém.

Evangelho (Lc 7,19-23):

Naquele tempo, João enviou a dois dos seus discípulos e os enviou ao Senhor, para perguntar: «És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?». Eles foram ter com Jesus e disseram: «João Batista nos mandou a ti para perguntar se tu és aquele que há de vir ou se devemos esperar outro».
Naquela ocasião, Jesus havia curado a muitos de suas doenças, moléstias e espíritos malignos, e proporcionado a vista a muitos cegos. Respondeu, pois: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados e surdos ouvem, mortos ressuscitam e a pobres se anuncia a Boa Nova. E feliz de quem não se escandaliza a meu respeito».

«Cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados» - Rev. D. Bernat GIMENO i Capín(Barcelona, Espanha)

Hoje, quando vemos que, na nossa vida, não sabemos que esperar, quando por vezes perdemos a confiança, porque não nos atrevemos a olhar para além das nossas imperfeições, quando estamos alegres por ser fiéis a Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, inquietos ou abatidos porque não saboreamos os frutos da nossa missão apostólica, então o Senhor quer que, como João Batista, nos perguntemos: «Devemos esperar outro?» (Lc 7,20).
É claro que o Senhor é “rápido” e quer aproveitar estas incertezas —sem dúvida, perfeitamente normais— para que façamos um exame de toda a nossa vida, vejamos as nossas imperfeições, os nossos esforços, as nossas enfermidades… e, assim, nos confirmemos na nossa fé e multipliquemos “infinitamente” a nossa esperança.
O Senhor não tem limites na hora de cumprir a sua missão: «Cegos recuperam a vista, paralíticos andam, leprosos são purificados…» (Lc 7,22). Onde ponho a minha esperança? Onde está a minha alegria? Porque a esperança está intimamente relacionada com a alegria interior. O cristão, como é natural, tem de viver como uma pessoa normal, na rua, mas sempre com os olhos postos em Cristo, que nunca falha. Um cristão não pode viver a sua vida à margem da de Cristo e do Seu Evangelho. Centremos o nosso olhar Nele, que tudo pode, absolutamente tudo, e não coloquemos limites à nossa esperança. “Nele encontrarás muito mais do que podes desejar ou pedir» (S. João da Cruz).
A liturgia não é um “jogo sagrado”, e a Igreja dá-nos este tempo de Advento porque quer que cada crente reanime em Cristo a virtude da esperança na sua vida. Perdemo-la freqüentemente porque confiamos demais nas nossas forças e não queremos reconhecer que estamos “doentes”, necessitados dos cuidados da mão do Senhor. Mas é assim que tem de ser, e como Ele nos conhece e sabe que todos somos feitos da mesma “pasta”, oferece-nos a sua mão salvadora.
—Obrigado, Senhor, por me tirares do barro e encheres o meu coração de esperança.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Que o nosso pensamento se disponha para a vinda de Cristo com uma preparação nunca inferior aquela que faríamos se Ele ainda tivesse que vir ao mundo» (São Carlos Borromeo) «`Ele deve crescer, eu devo diminuir´. Esta é a etapa mais difícil de João, porque o Senhor tinha um estilo que ele nem tinha imaginado. Porque o Messias tinha um estilo muito próximo...» (Francisco) «Ao celebrar em cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta expectativa do Messias. Comungando na longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua segunda vinda (218). Pela celebração do nascimento e martírio do Precursor, a Igreja une-se ao seu desejo: «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 524)

Juan de Yepes nasceu em Ávila, Espanha, em 1542. Com a morte do pai, a mãe mudou para Medina, onde Juan trabalhava num hospital de dia e estudava gramática a noite. Aos 21 anos entrou na Ordem Carmelita, adotando o nome de João da Cruz, e logo demonstrou vocação para vida austera e penitencial. Foi estudar teologia na Universidade de Salamanca, e nos tempos livres visitava doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Sacerdote aos 25 anos, e insatisfeito com a (in)disciplina nos mosteiros carmelitas, cogitou fazer-se trapista.

Conheceu então Santa Teresa de Ávila, que o convenceu a, com ela, reformar o Carmelo. Esta reforma implicava na oposição dos muitos que se sentiam desconfortáveis com uma vida mais fiel ao espírito original da Ordem, e por isso ele sofreu perseguições e calúnias, chegando a ficar encarcerado nove meses na prisão de um dos conventos que se opunham à reforma. Conseguiu fugir e continuar a sua obra.

Pedia insistentemente a Deus três coisas: primeiro, dar-lhe forças para trabalhar e sofrer muito; segundo, não deixá-lo sair deste mundo como superior de uma Ordem ou comunidade; e terceiro, que o deixasse morrer desprezado e humilhado pelos homens, e em tudo foi atendido.

Através das penitências e sofrimentos, João chegou a um altíssimo grau de santidade, que incluiu êxtases e visões. Profundamente contemplativo, deixou obras essenciais de temas ascéticos e místicos, de valor perene e que lhe conferiram o título de Doutor da Igreja. Mas sua poesia lírica é também uma das mais expressivas da literatura espanhola.

Faleceu após penosa doença, em 14 de dezembro de 1591, com apenas 49 anos de idade, na Espanha, após novas incompreensões e calúnias – foi exonerado de todos os cargos na comunidade, passando os seus últimos meses no abandono e na solidão.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)


Reflexão:  São João da Cruz é uma daquelas raras vocações que, pela via voluntária de enormes sofrimentos, procura identificar-se com Cristo na Sua dolorosa Paixão, e por consequência atinge igualmente raros níveis de santidade. Para a maior parte dos fiéis, Deus pede apenas a boa vontade de aceitar os sofrimentos mais correntes desta vida, que sim incluem também doenças, injustiças, dificuldades, mas em graus muito mais brandos. E, na verdade, mesmo isso já nos é muito difícil. Sejamos humildes na compreensão da nossa pequenez, para não ofendermos a Deus pretendendo ser mais do que somos, e ao mesmo tempo agradeçamos pela Sua proteção e Providência, que nunca permitem sejamos expostos ao que não podemos suportar; e esta humildade, se pura e sincera, nos alcançará santidade tão grande como a dos maiores canonizados, pois não é propriamente no peso específico da nossa cruz que está o valor para Deus, mas sim no amor com que o carregamos.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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