terça-feira, 10 de janeiro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 11. JANEIRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


11 DE JANEIRO DE 2022 - Quarta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Na Capela Sistina, Papa agradece aos pais pela decisão de batizar seus filhos

Francisco recordou que o Batismo é como um aniversário, exortando os pais a acompanharem seus filhos neste caminho que se inicia hoje, especialmente que os ensinem a rezar, pois "a oração lhes dará força ao longo de toda a vida".(Jackson Erpen - Cidade do Vaticano)

Oração: Senhor, que nos conduzis nos caminhos dos desertos desta vida, concedei-nos que, como São Teodósio, cujo nome significa "presente de Deus", sejamos ofertas dignas para a comunidade de todos os Vossos Filhos, através da plena confiança no Vosso querer e plena disponibilidade no Vosso serviço. Por Jesus Cristo, que nos ensinou a rezar “Seja feita a Vossa vontade”, e Nossa Senhora, que nos deu o exemplo de perfeita “serva do Senhor”. Amém.

Evangelho (Mc 1,29-39)

 Logo que saíram da sinagoga, foram com Tiago e João para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e logo falaram dela a Jesus. Ele aproximou-se e, tomando-a pela mão, levantou-a; a febre a deixou, e ela se pôs a servi-los.
Ao anoitecer, depois do pôr do sol, levavam a Jesus todos os doentes e os que tinham demônios. A cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades; expulsou também muitos demônios, e não lhes permitia falar, porque sabiam quem ele era.
De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. Simão e os que estavam com ele se puseram a procurá-lo. E quando o encontraram, disseram-lhe: «Todos te procuram». Jesus respondeu: «Vamos a outros lugares, nas aldeias da redondeza, a fim de que, lá também, eu proclame a Boa Nova. Pois foi para isso que eu saí».E foi proclamando nas sinagogas por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.

«De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. » - Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM(Barcelona, Espanha)

Hoje vemos claramente como Jesus dividia a jornada. Por um lado, dedicava-se à oração e, por outro, à missão de predicar com palavras e com obras. Contemplação e ação. Oração e trabalho. Estar com Deus e estar com os homens.
De fato, vemos Jesus entregado em Corpo e alma em sua tarefa de Messias e Salvador: cura aos doentes, como à sogra de São Pedro e muitos outros, consola os que estão tristes, expulsa demônios, predica. Todos levam-lhe seus doentes e endemoniados. Todos querem escutá-lo: «Todos te procuram» (Mc 1,37),dizem os discípulos. Seguro que tinha uma atividade frequentemente cansativa, que quase não lhe deixava nem respirar.
Mas, Jesus procurava também tempo de solidão para se dedicar à oração: «De madrugada, quando ainda estava bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava» (Mc 1,35). Em outras partes dos Evangelhos vemos Jesus dedicado à oração em outras horas e, inclusive a altas horas da noite. Sabia distribuir o tempo sábiamente, para que sua jornada tivesse um equilíbrio razoável de trabalho e oração
Nós dizemos frecuentemente: Não tenho tempo! Estamos ocupados com o trabalho do lar, com o trabalho profissional e, com as inumeráveis tarefas que enchem nossa agenda. Com frequência cremo-nos dispensados da oração diária. Fazemos muitas coisas importantes, isso sim, mas corremos o risco de esquecer a mais necessária: a oração. Devemos criar um equilíbrio para fazer umas sem desatender as outras.
São Francisco o propõe assim: «Há que trabalhar fielmente e com dedicação, sem apagar o espírito da santa oração e devoção, para o que hão de servir as outras coisas temporais».
Deveríamos nos organizar um pouco mais. Disciplinar-nos, “domesticando” o tempo. O que é importante há de caber. Ainda mais o que é necessário.

São Teodósio

Teodósio nasceu em 423 na Capadócia (Turquia), recebendo sólida formação cristã na família. Jovem, impressionou-se com a história de Abraão, sentindo-se como ele chamado a partir para o lugar que Deus lhe mostrasse. Fez então uma peregrinação à Terra Santa, onde conheceu São Simeão Estilita, que profetizou ser ele escolhido por Deus como instrumento de salvação de muitos.

Decidiu levar vida religiosa num convento, próximo à torre de Davi, e seus progressos na vida espiritual monástica levaram a que lhe fosse oferecida a provedoria de uma igreja de Nossa Senhora, perto de Belém. Mas as constantes visitas não eram compatíveis com a vida solitária que desejava, e por isso mudou-se para uma gruta isolada, onde viveu 30 anos. Mas sua fama de santidade, pela humildade e caridade, atraiu discípulos, de modo que acabou organizando o regulamento para uma comunidade, que chegou a ter 400 monges. Ali ele construiu uma hospedaria para os peregrinos e um hospital, com setores feminino, masculino e para doentes mentais. Tudo era mantido pela Providência divina, na qual Teodósio confiava ilimitadamente.

O bispo de Jerusalém, conhecendo a santidade e capacidade administrativa de Teodósio, nomeou-o arquimandrita (superior geral) dos monges da Palestina. Juntamente com São Sabas, outro mestre do monaquismo, Teodósio defendeu a Fé contra a heresia monofisita, que negava a distinção das naturezas divina e humana de Cristo; como o imperador Anastásio apoiasse os hereges, foi perseguido e exilado, mas não muito tempo depois voltou a Jerusalém, após a morte do imperador.

Faleceu em 529, com 105 anos. Seu mosteiro durou mais de um milênio, quando foi destruído pelos muçulmanos. Os monges gregos ortodoxos o reconstruíram no início do século XX.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: São Teodósio é considerado um dos maiores líderes do monaquismo oriental do século V. Impressionante é a sua confiança em Deus, que o levou primeiramente a viajar, e, depois, a aceitar uma missão que, a princípio, não era a que desejava: isolando-se em busca de vida solitária, tornou-se organizador de vasta comunidade religiosa, que atendia também a peregrinos, e exigiu a construção e administração de um hospital. Os caminhos da nossa santidade dependem sempre da vontade do Pai, e não da nossa: só a humilde e alegre aceitação dos Seus desígnios garantem a fecundidade espiritual que devemos ter, para benefício nosso e dos irmãos, e maior glória de Deus.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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