Domingo da Palavra de Deus: conhecer as Escrituras
O Dicastério para a Evangelização emitiu um Comunicado à Imprensa sobre
o próximo Domingo da Palavra de Deus que será celebrado em 22 de janeiro - VATICAN
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O próximo dia 22 de janeiro de 2023, será 4° Domingo da Palavra de Deus,
e foi instituído pelo Papa Francisco em 30 de setembro de 2019. O lema desta
edição é do Evangelho de João: "Nós vos anunciamos o que vimos" (1 Jo
1,3).
Evangelho (Mc 3,13-19)
Jesus subiu a montanha e chamou os que ele
quis; e foram a ele. Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e
para que os enviasse a anunciar a Boa Nova, com o poder de expulsar os
demônios. Eram: Simão (a quem deu o nome de Pedro); Tiago, o filho de Zebedeu,
e João, seu irmão(aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do
trovão”); e ainda André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de
Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.
«Jesus subiu a montanha e chamou os que ele quis» - Rev. D. Jordi POU i Sabater(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)
Hoje o Evangelho condensa a teologia da vocação
cristã: O Senhor elege os que quer para estarem com Ele ou para os enviar como
apóstolos (cf. Mc 3,13-14). Em primeiro lugar, escolheu-os: antes da criação do
mundo, destinou-nos a sermos santos (cf. Ef 1,4). Ama-nos em Cristo, e é nele
que nos modela, dando-nos qualidades para sermos seus filhos. Apenas face à
vocação se entendem as nossas qualidades; a vocação é o “papel” que nos deu na
redenção. É no descobrimento do íntimo “porquê” da minha existência, quando me
sinto plenamente ”eu”, quando vivo a minha vocação.
E para que somos chamados? Para estarmos com Ele. Esta chamada implica
correspondência: «Um dia —não quero generalizar, abre o seu coração ao Senhor e
conta-lhe a sua história—, provávelmente um amigo, um cristão igual a você,
descobriu-lhe um panorama profundo e novo, sendo ao mesmo tempo velho como o
Evangelho. E lhe sugira a possibilidade de se empenhar seriamente em seguir a
Cristo, em ser apóstolo de apóstolos. Talvez tenha então perdido a tranquilidade
e não a recupere, convertida em paz, até que, livremente, porque quis —que é a
razão mais sobrenatural—, responda que sim a Deus. E chega a alegria,
magnífica, constante, que apenas desaparece quando se afaste dele» (São
Josémaria).
É dom, mas também tarefa: Santidade mediante a oração e os sacramentos e, além
disso, luta pessoal. «Todos os fieis, de qualquer estado e condição de vida,
estão chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição na caridade, santidade
que, mesmo na sociedade terrena, promove um modo mais humano de viver»
(Concílio Vaticano II).
Assim, podemos sentir a missão apostólica: levar Cristo aos outros; tê-lo e
levá-lo. Hoje podemos considerar mais atentamente a chamada e afinar algum
detalhe da nossa resposta de amor.
Sebastião
nasceu em Narbona, França, em 256, num lar cristão. Ainda
pequeno, a família mudou-se para Milão, na Itália, onde ele cresceu e estudou.
Sebastião seguiu a carreira militar do pai. No exército romano, chegou por
méritos a ser Capitão da primeira coorte da guarda pretoriana, ou
seja, do próprio imperador Dioclesiano, que muito o estimava, sem saber que ele
era cristão.
Embora fidelíssimo nas obrigações do exército, Sebastião não participava das manifestações idólatras aos deuses
pagãos nem das perseguições, prisões e execuções dos cristãos;
antes, discretamente, a eles visitava levando ânimo e
conforto nas provações, protegendo-os quando possível. Seu cargo
permitia também acesso a muitos lugares e pessoas, do que ele se utilizava para
fazer profícuo apostolado.
Identificado
e denunciado como cristão, compareceu ao julgamento do imperador, que
procurou dissuadi-lo da Fé, com promessas e depois ameças. Resistindo Sebastião, foi condenado a morrer flechado, como
punição exemplar. Abandonado pelos soldados e dado como
morto, Sebastião foi encontrado ainda vivo, à noite, amarrado a um tronco
e cravado de flechas por (Santa) Irene. Ela, viúva do mártir
Cástulo, que procurava o seu corpo para lhe dar sepultura, o levou para sua
casa e o tratou.
Depois de curado, Sebastião corajosamente
apresentou-se ao imperador, reprovando-lhe a iniquidade da perseguição aos
cristãos. Dioclesiano, estupefato e enraivecido, novamente o
condenou à morte, por espancamento com bolas de chumbo. O martírio aconteceu a 20 de janeiro de 288, e seu corpo foi
jogado nas fossas do esgoto de Roma, para não ser encontrado.
Porém Santa Luciana conseguiu resgatá-lo e o sepultou nas
catacumbas, e posteriormente o imperador Constantino mandou
construir uma basílica em sua homenagem em local próximo, junto
à Via Appia. Nesta época Roma foi assolada pela peste, que desapareceu quando
do translado das relíquias do mártir. Desde então São Sebastião é
venerado como protetor contra a peste, a fome e a guerra, sendo um dos santos
mais conhecidos no Ocidente (mas sua memória também é cultuada na
Igreja Ortodoxa). - Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão: Sebastós, nome de origem grega,
significa divino, venerável; o que é perfeitamente adequado à grandeza da vida
de morte de São Sebastião. Militou ele tanto no exército regular quanto no
exército de Cristo, cumprindo sempre o seu dever, mas repeitando a hierarquia
correta, como ensina São Pedro – “É preciso obedecer antes a Deus do que aos
homens” (At 5,29).
TJL – A12.COM
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