quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 13. JANEIRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


13 DE JANEIRO DE 2023 - Sexta-feira da 1ª semana do Tempo Comum

Papa abençoa casal que completa 70 anos de casamento

Na audiência geral da quarta-feira (11), o Papa abençoou um casal que completava o 70° aniversário de casamento(Fabrizio Peloni) - "Meus pais receberam um presente muito precioso, eles estão tão entusiasmados e comovidos que realmente não conseguem falar outra coisa". Assim a filha Afra descreve a emoção dos pais Enzo Bellelli e Zea Daolio, que receberam a bênção do Papa pelo 70º aniversário de casamento, por ocasião da Audiência Geral da quarta-feira (11) na Sala Paulo VI.

Oração: Senhor, Deus de bondade e sabedoria, concedei-nos por intercessão de Santo Hilário a clareza da Vossa doutrina, para que a vivamos alegre e firmemente na nossa família, na Igreja, na sociedade, sendo o bom fermento que desejais, e para não cedermos jamais às pressões internas ou externas que combatem o Vosso ensinamento. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.

Evangelho (Mc 2,1-12):

 Alguns dias depois, Jesus passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de que ele estava em casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem mesmo à porta. E Jesus dirigia-lhes a palavra.
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca em que o paralítico estava deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados são perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas, que no seu coração pensavam: «Como pode ele falar deste modo? Está blasfemando. Só Deus pode perdoar pecados»! Pelo seu espírito, Jesus logo percebeu que eles assim pensavam e disse-lhes: «Por que pensais essas coisas no vosso coração? Que é mais fácil, dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te, pega a tua maca e anda’? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados — disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa!»
O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: «Nunca vimos coisa igual!».

«Filho, os teus pecados são perdoados(...)Levanta-te, pega a tua maca e anda» - Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos novamente Jesus rodeado de uma multidão: «Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem mesmo à porta» (Mc 2,2). O Seu coração abre-se perante as necessidades dos outros e faz-lhes todo o bem possível: perdoa, ensina e cura ao mesmo tempo. Dá-lhes certamente ajuda a nível material (no caso de hoje, fá-lo curando-o de uma paralisia), mas — no fundo— procura o melhor e o primeiro para cada um de nós: o bem da alma.
Jesus Salvador quer deixar-nos uma esperança certa de salvação: Ele é capaz até de perdoar os pecados e de se compadecer da nossa debilidade moral. Antes de mais, diz taxativamente: «Filho, os teus pecados são perdoados» (Mc 2,5). Depois, contemplamo-lo associando o perdão dos pecados —que dispensa generosa e incansavelmente— a um milagre extraordinário, “palpável” aos nossos olhos físicos. Como uma espécie de garantia externa, para nos abrir os olhos da fé, depois de declarar o perdão dos pecados do paralítico, cura-o da paralisia: «Eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa! O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca» (Mc 2,11-12).
Podemos reviver frequentemente este milagre na Confissão. Nas palavras da absolvição que o ministro de Deus pronuncia («Eu te absolvo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo») Jesus oferece-nos novamente — de maneira discreta—a garantia externa do perdão dos nossos pecados, garantia equivalente à cura espetacular que realizou com o paralítico de Cafarnaúm.
Começamos agora um novo tempo comum. E recorda-se a nós, os crentes a necessidade urgente que temos de um encontro sincero e pessoal com Jesus misericordioso. Neste tempo, Ele convida-nos a não fazer “descontos”, a não descuidar o perdão necessário que Ele nos oferece no Seu seio, na Igreja.

Santo Hilário de Poitiers

Hilário, francês, nasceu em 315, numa rica família pagã de Poitiers, que lhe proporcionou educação privilegiada. Buscou a Verdade na filosofia da época, mas só a encontrou no Evangelho, já aos 30 anos, quando se fez batizar, junto com a esposa e a filha. A partir de então levou uma vida familiar na perspectiva cristã. Aproximadamente em 353, o povo e o clero lhe pediram aceitar o bispado; viu aí um claro chamado de Deus, e acedeu, naturalmente abandonando a vida conjugal. Neste período histórico, a Igreja desfrutava de liberdade religiosa oficial, mas sofria com as heresias, particularmente o arianismo, que negava a divindade de Jesus. A extraordinária condição espiritual e intelectual de Hilário o tornaram capaz de responder à altura, com firmeza e brandura, de modo a ser, no Ocidente, o que Santo Atanásio fora no Oriente – um destacado defensor da Fé. Sua pregação incomodou mais de um imperador, os quais, também heréticos, o contestaram, até que finalmente foi exilado no Oriente. Mas Hilário continuou sua missão através de escritos, incluindo livros contra o imperador Constâncio e Auxêncio; redigiu também livros que explicavam a doutrina católica, além de compor hinos recitados e cantados nos encontros com os fiéis. Após quatro anos, volta a Poitiers, que manteve o seu apoio ao bispo, não permitindo ali avanços do arianismo. Durante mais seis anos ficou na diocese, promovendo um sínodo a fim de fortificar a vivência cristã e de purificar a igreja francesa dos resíduos heréticos. Fez o casamento da filha e ajudou sua esposa a entrar para a vida religiosa num convento. Faleceu em 367 e, por sua contribuição doutrinária, foi declarado doutor da Igreja.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: À parte todos os aspectos da sua atuação episcopal, chama a atenção, na vida de Santo Hilário, o motivo pelo qual foi solicitado a ser bispo: uma vida, familiar, nos moldes dos ensinamentos da Igreja. Certamente, hoje em dia, não mais há este tipo de aclamação para os cargos na Igreja, mas a santidade de vida sempre destaca os fiéis que se entregam seriamente a seguir o caminho da reta doutrina. Grande, certamente, foi o impacto social da vida familiar de Hilário, para que, mesmo casado, fosse lembrado para um cargo religioso, o que certamente exigiu dele, da esposa e da filha, muita fé e coragem para uma mudança tão radical de vida, e vida feliz. Atualmente o exemplo de uma vida cristã das famílias é mais do que imprescindível, diante da monstruosa corrupção dos valores morais, sociais e familiares, situação que pede a todos os católicos firmeza, heroica se necessário, para recolocar a vida comunitária de todos os níveis no caminho de Cristo.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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