Papa abençoa casal que completa 70 anos de
casamento
Na audiência geral da quarta-feira (11), o Papa abençoou um casal que completava o 70° aniversário de casamento(Fabrizio Peloni) - "Meus pais receberam um presente muito precioso, eles estão tão entusiasmados e comovidos que realmente não conseguem falar outra coisa". Assim a filha Afra descreve a emoção dos pais Enzo Bellelli e Zea Daolio, que receberam a bênção do Papa pelo 70º aniversário de casamento, por ocasião da Audiência Geral da quarta-feira (11) na Sala Paulo VI.
Oração: Senhor, Deus de bondade e
sabedoria, concedei-nos por intercessão de Santo Hilário a clareza da Vossa
doutrina, para que a vivamos alegre e firmemente na nossa família, na Igreja,
na sociedade, sendo o bom fermento que desejais, e para não cedermos jamais às
pressões internas ou externas que combatem o Vosso ensinamento. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mc 2,1-12):
Alguns
dias depois, Jesus passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de
que ele estava em casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem
mesmo à porta. E Jesus dirigia-lhes a palavra.
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam
apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar
onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca em que o paralítico estava
deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus
pecados são perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas, que no seu coração pensavam: «Como pode
ele falar deste modo? Está blasfemando. Só Deus pode perdoar pecados»! Pelo seu
espírito, Jesus logo percebeu que eles assim pensavam e disse-lhes: «Por que
pensais essas coisas no vosso coração? Que é mais fácil, dizer ao paralítico:
‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te, pega a tua maca e anda’? Ora,
para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados —
disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para
casa!»
O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos
ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: «Nunca vimos coisa igual!».
«Filho, os teus pecados são perdoados(...)Levanta-te, pega a tua maca e anda» - Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido(Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos
novamente Jesus rodeado de uma multidão: «Ajuntou-se tanta gente que já não
havia mais lugar, nem mesmo à porta» (Mc 2,2). O Seu coração abre-se perante as
necessidades dos outros e faz-lhes todo o bem possível: perdoa, ensina e cura
ao mesmo tempo. Dá-lhes certamente ajuda a nível material (no caso de hoje,
fá-lo curando-o de uma paralisia), mas — no fundo— procura o melhor e o
primeiro para cada um de nós: o bem da alma.
Jesus Salvador quer deixar-nos uma esperança certa de salvação: Ele é capaz até
de perdoar os pecados e de se compadecer da nossa debilidade moral. Antes de
mais, diz taxativamente: «Filho, os teus pecados são perdoados» (Mc 2,5).
Depois, contemplamo-lo associando o perdão dos pecados —que dispensa generosa e
incansavelmente— a um milagre extraordinário, “palpável” aos nossos olhos
físicos. Como uma espécie de garantia externa, para nos abrir os olhos da fé,
depois de declarar o perdão dos pecados do paralítico, cura-o da paralisia: «Eu
te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa! O paralítico se levantou
e, à vista de todos, saiu carregando a maca» (Mc 2,11-12).
Podemos reviver frequentemente este milagre na Confissão. Nas palavras da
absolvição que o ministro de Deus pronuncia («Eu te absolvo em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo») Jesus oferece-nos novamente — de maneira discreta—a
garantia externa do perdão dos nossos pecados, garantia equivalente à cura
espetacular que realizou com o paralítico de Cafarnaúm.
Começamos agora um novo tempo comum. E recorda-se a nós, os crentes a
necessidade urgente que temos de um encontro sincero e pessoal com Jesus
misericordioso. Neste tempo, Ele convida-nos a não fazer “descontos”, a não
descuidar o perdão necessário que Ele nos oferece no Seu seio, na Igreja.
Hilário, francês, nasceu em 315, numa rica família pagã de Poitiers, que lhe proporcionou educação privilegiada. Buscou a Verdade na filosofia da época, mas só a encontrou no Evangelho, já aos 30 anos, quando se fez batizar, junto com a esposa e a filha. A partir de então levou uma vida familiar na perspectiva cristã. Aproximadamente em 353, o povo e o clero lhe pediram aceitar o bispado; viu aí um claro chamado de Deus, e acedeu, naturalmente abandonando a vida conjugal. Neste período histórico, a Igreja desfrutava de liberdade religiosa oficial, mas sofria com as heresias, particularmente o arianismo, que negava a divindade de Jesus. A extraordinária condição espiritual e intelectual de Hilário o tornaram capaz de responder à altura, com firmeza e brandura, de modo a ser, no Ocidente, o que Santo Atanásio fora no Oriente – um destacado defensor da Fé. Sua pregação incomodou mais de um imperador, os quais, também heréticos, o contestaram, até que finalmente foi exilado no Oriente. Mas Hilário continuou sua missão através de escritos, incluindo livros contra o imperador Constâncio e Auxêncio; redigiu também livros que explicavam a doutrina católica, além de compor hinos recitados e cantados nos encontros com os fiéis. Após quatro anos, volta a Poitiers, que manteve o seu apoio ao bispo, não permitindo ali avanços do arianismo. Durante mais seis anos ficou na diocese, promovendo um sínodo a fim de fortificar a vivência cristã e de purificar a igreja francesa dos resíduos heréticos. Fez o casamento da filha e ajudou sua esposa a entrar para a vida religiosa num convento. Faleceu em 367 e, por sua contribuição doutrinária, foi declarado doutor da Igreja.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: À parte todos os aspectos da sua
atuação episcopal, chama a atenção, na vida de Santo Hilário, o motivo pelo
qual foi solicitado a ser bispo: uma vida, familiar, nos moldes dos
ensinamentos da Igreja. Certamente, hoje em dia, não mais há este tipo de aclamação
para os cargos na Igreja, mas a santidade de vida sempre destaca os fiéis que
se entregam seriamente a seguir o caminho da reta doutrina. Grande, certamente,
foi o impacto social da vida familiar de Hilário, para que, mesmo casado, fosse
lembrado para um cargo religioso, o que certamente exigiu dele, da esposa e da
filha, muita fé e coragem para uma mudança tão radical de vida, e vida feliz.
Atualmente o exemplo de uma vida cristã das famílias é mais do que
imprescindível, diante da monstruosa corrupção dos valores morais, sociais e
familiares, situação que pede a todos os católicos firmeza, heroica se
necessário, para recolocar a vida comunitária de todos os níveis no caminho de
Cristo.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET –
VATICANNEWS.VA
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