A visita
de Bento XVI ao Brasil nas palavras de dom Raymundo Damasceno
Em visita a Roma, arcebispo emérito de Aparecida concedeu entrevista à
Rádio Vaticano sobre a vida e os funerais de Bento XVI. “Reconhecimento e
gratidão a Deus pelo o que representou o seu Pontificado para a Igreja”,
afirmou dom Damasceno na manhã desta segunda-feira (09). -Luiz Felipe
Bolis – VaticaNNews.VA
Evangelho (Mc 1,40-45):
Um leproso aproximou-se de Jesus e, de
joelhos, suplicava-lhe: «Se queres, tens o poder de purificar-me!». Jesus encheu-se
de compaixão, e estendendo a mão sobre ele, o tocou, dizendo: «Eu quero, fica
purificado». Imediatamente a lepra desapareceu, e ele ficou purificado. Jesus,
com severidade, despediu-o e recomendou-lhe: «Não contes nada a ninguém! Mas
vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta, por tua purificação, a oferenda
prescrita por Moisés. Isso lhes servirá de testemunho”.
Ele, porém, assim que partiu, começou a proclamar e a divulgar muito este
acontecimento, de modo que Jesus já não podia entrar, publicamente, na cidade.
Ele ficava fora, em lugares desertos, mas de toda parte vinham a ele».
«‘Se queres, tens o poder de purificar-me’(...)‘Eu quero, fica purificado’!» Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer(Barcelona, Espanha)
Hoje, na primeira leitura, lemos: «Hoje se ouvirdes
a sua voz, não endureçais os vossos corações!» (Heb 3,7-8). E repetimos-lo
insistentemente na resposta ao Salmo 94. Esta breve citação contém duas coisas:
um desejo e uma advertência. Ambas convêm nunca esquecer.
Durante o nosso tempo diário de oração desejamos e pedimos para ouvirmos a voz
do Senhor. Mas, provávelmente, com demasiada frequência preocupamo-nos em
preencher esse tempo com as palavras que Lhe queremos dizer e não deixamos
tempo para ouvir o que Deus nos quer comunicar. Velemos pois para cuidarmos o
silêncio interior que —evitando distrações e concentrando a nossa atenção—abre
um espaço para acolhermos os afetos, inspirações… que o Senhor, certamente,
quer suscitar nos nossos corações.
Um risco que não podemos esquecer, é o perigo de que o nosso coração —com o
tempo —se vá endurecendo. Por vezes, os golpes da vida podem-nos converter,
mesmo sem nos darmos conta, numa pessoa mais desconfiada, insensível,
pessimista, sem esperança… Devemos pedir ao Senhor que nos torne conscientes
desta possível deterioração interior. A oração é uma ótima ocasião para dar uma
olhadela serena à nossa vida e a todas as circunstâncias que a rodeiam. Devemos
ler os diversos acontecimentos à luz dos Evangelhos, para descobrirmos que
aspectos necessitam uma verdadeira conversão.
Tomara que peçamos a nossa conversão com a mesma fé e confiança com que o
leproso se apresentou a Jesus!: «De joelhos, suplicava-lhe: “Se queres, tens o
poder de purificar-me”!». (Mc 1,40). Ele é o único que pode tornar possível
aquilo que por nós próprios resultaria impossível. Desejamos que Deus atue com
a sua graça em nós, para que o nosso coração seja purificado e, dócil no seu
agir, seja cada dia mais um coração à imagem e semelhança do coração de Jesus.
Ele, com confiança, diz-nos: «‘Eu quero, fica purificado’» (Mc 1,41).
Eustáquio nasceu em 16 de abril de 1819, em Vernio, Itália, numa fervorosa família de camponeses. Gostava de auxiliar o pai na igreja e participar da Missa. Aos 18 anos, entrou para o convento dos Servos de Maria (os Servitas), e mudou o nome para Antônio Maria. Sacerdote em 1843, atuou como Definidor Geral da sua comunidade. Em 1847 foi enviado para a paróquia de Santo André em Viareggio, ali ficando como pároco por 48 anos, até a sua morte. Foi precursor do modo de atuação típico da Ação Católica, ao criar associações para diversas atividades dos leigos: Companhia de São Luís e a Congregação da Doutrina Cristã para os jovens, Companhia Mariana de Nossa Senhora das Dores para os homens, Congregação das Mães Cristãs para as mulheres, além de fundar a Congregação (religiosa) das Irmãs Auxiliares Servas de Maria (as “Manteladas” de Viareggio), direcionadas para a educação dos adolescentes e assistência das crianças enfermas. Não guardava nada para si próprio, nem mesmo roupas. Apesar da intensa atividade caritativa, rezava sem descuido, e de tal modo, que muitas vezes os paroquianos o viam em êxtase, ficando suspenso ou caminhando sem pôr os pés no chão Em duas epidemias de cólera, nos anos de 1854 e 1892, Padre Antônio cuidava pessoalmente dos doentes. Na última, contraiu uma pneumonia fulminante ao sair da casa de um deles numa noite fria e tempestuosa, falecendo em 12 de janeiro.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: O pastor, o bom pastor, deve conhecer e dar a vida pelas suas ovelhas.
Direcionar convenientemente as atividades dos leigos é um dos aspectos deste
pastoreio, e Santo Antônio Maria soube fazê-lo através da iniciativa de criar
associações adequadas. Mas, sobretudo, soube fazê-lo da santidade de vida, na
caridade aos doentes e necessitados, e ainda mais na oração, pura e efetiva:
sem esta, nenhuma atividade dá frutos para a Vida. Grande apreço e amor demos
ter aos párocos, e muitas orações devem ser a eles dedicadas.
TJL – A12.COM –
EVANGELI.NET – ACIDIGITAL.COM
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