Foto: Shutterstock - STEKLO - BRASILIA, 18 Jan. 23 / 10:00 am (ACI).- “As últimas medidas, a exemplo da desvinculação do Brasil com a Convenção de Genebra e a revogação da portaria que determina a comunicação do aborto por estupro às autoridades policiais, precisam ser esclarecidas pelo Governo Federal considerando que a defesa do nascituro foi compromisso assumido em campanha”, diz nota publicada hoje (18) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Oração:Senhor, Pai
Santo, que nos criastes por infinito amor e nos destes a dignidade de Vossos
filhos, algo que nem aos anjos concedestes: pela intercessão de São Mário e
companheiros mártires, dai-nos as graças necessárias para Vos sermos fiéis
formando e apoiando uns aos outros, na Igreja doméstica da nossa família em
comunhão com Vosso Corpo Místico, enterrando o pecado na vivência das virtudes,
para que a nossa peregrinação em direção ao destino dos Apóstolos Vos seja
agradável e obra de misericórdia para os irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.
Evangelho (Mc 3,7-12):
Jesus, então, com seus
discípulos, retirou-se em direção ao lago, e uma grande multidão da Galiléia o
seguia. Também veio a ele muita gente da Judéia e de Jerusalém, da Iduméia e de
além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia, porque ouviram dizer quanta
coisa ele fazia. Ele disse aos discípulos que providenciassem um barquinho para
ele, a fim de que a multidão não o apertasse. Pois, como tivesse curado a
muitos, aqueles que tinham doenças se atiravam sobre ele para tocá-lo. E os
espíritos impuros, ao vê-lo, caíam a seus pés, gritando: «Tu és o Filho de
Deus». Mas ele os repreendeu, proibindo que manifestassem quem ele era.
«Uma grande multidão da Galiléia o seguia. Também veio a ele muita gente da Judéia e de Jerusalém, da Iduméia e de além do Jordão, e até da região de Tiro e Sidônia» - Rev. D. Melcior QUEROL i Solà(Ribes de Freser, Girona, Espanha)
Hoje, ainda temos recente o
batismo de João nas águas do rio Jordão, deveríamos recordar a relevância do
nosso próprio batismo. Todos fomos batizados num só Senhor, numa só fé, «num só
Espirito para formar um só corpo» (1Cor 12,13). Eis aqui o ideal de unidade:
formar um só corpo, ser em Cristo uma só coisa, para que o mundo acredite.
No Evangelho de hoje vemos como «uma grande multidão da Galiléia» e também
muita gente procedente de outros lugares (cf. Mc 3,7-8) se aproximam do Senhor.
E Ele acolhe e procura o bem para todos, sem excepção. Devemos ter isso muito
presente durante o octavário de oração pela unidade dos cristãos.
Apercebamo-nos como, no decorrer dos séculos, os cristãos nos dividimos em
católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos, e um largo et cetera de confissões
cristãs. Pecado histórico contra uma das notas essenciais da Igreja: a unidade.
Mas aterremos na nossa realidade eclesial de hoje. A da nossa diocese, a da
nossa paroquia. A do nosso grupo cristão. Somos realmente uma só coisa?
Realmente a nossa relação de unidade é motivo de conversão para os afastados da
Igreja? «Que todos sejam um, para que o mundo acredite» (Jo 17,21), pede Jesus
ao Pai. Este é o reto. Que os pagãos vejam como se relaciona um grupo de
crentes que, congregados pelo Espirito Santo na Igreja de Cristo, têm um só
coração e uma só alma (cf. Hch 4,32-34).
Recordemos que, como fruto da Eucaristia —em simultâneo com a união de cada um
com Jesus— deve manifestar-se a unidade da Assembléia pois, alimentamo-nos do
mesmo Pão para sermos um só corpo. Portanto, o que significam os sacramentos, e
a graça que contêm, exige de nós gestos de comunhão para com os outros. A nossa
conversão é à unidade trinitária (o qual é um dom que vem do alto) e a nossa
tarefa santificadora não pode obviar os gestos de comunhão, de compreensão, de
acolhimento e de perdão para com os demais.
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «Este é o
caminho pelo que chegamos à salvação: Jesus Cristo. Por Ele, podemos elevar
nossa mirada até o alto dos céus; por Ele, vemos como num espelho a face
imaculado e excelso de Deus» (São Clemente Romano) «Sua pessoa [Jesus] não é
outra coisa que amor. Os signos que realiza, sobretudo para os pecadores, para
as pessoas pobres, excluídas, doentes e sofrentes levam consigo o distintivo da
misericórdia» (Francisco) « Ao liberar algumas pessoas de males terrestres
-fome, injustiça, doença, morte-, Jesus operou sinais messiânicos. Ele, no
entanto, não veio para abolir todos os males da terra, mas para liberar os
homens da mais grave das escravidões, a do pecado (Catecismo da Igreja
Católica, n°549)
No século III, marcado por violentas perseguições do Império Romano aos católicos, Mário e sua esposa Marta, com os filhos Audífax e Ábaco, saíram da Pérsia em peregrinação a Roma, para visitar os túmulos de São Pedro e São Paulo. Já nos arredores da cidade, encontraram o sacerdote Valentim, que cuidava de sepultar os corpos decapitados de cerca de 270 mártires da Fé. A família piedosamente se juntou a ele nesta obra de misericórdia. E neste trabalho foram todos descobertos e presos pelas autoridades romanas. Instados a renegarem o Cristo e adorarem o imperador, negaram-se e foram portanto condenados à morte. Valentim foi condenado também por celebrar o matrimônio cristão, proibido pelas leis romanas. Mário e os dois filhos foram decapitados logo, na via Cornélia, e Valentim um mês depois, no mesmo lugar. Marta, que ainda não havia sido batizada, foi levada para um poço 21 quilômetros fora dos muros da cidade, e afogada. Seus corpos foram encontradas por uma cristã que, como eles anteriormente, providenciou o sepultamento dos irmãos fiéis, neste caso no túmulo da sua própria família, num terreno da sua residência na mesma Via Cornélia. No local encontram-se ainda hoje as ruínas de uma Igreja, visitada pelos turistas. Os restos mortais dos mártires foram aí encontrados e posteriormente levados como relíquias de veneração para diferentes igrejas na Itália e na Alemanha. Porém estes mártires ficaram conhecidos e populares no próprio século III, na Europa e em outros lugares, sua história sendo divulgada principalmente entre os católicos, muito em função de um Concílio realizado nos anos 268-270, quando Cláudio era imperador e a perseguição aos cristãos foi bastante reduzida. (Como curiosidade, o nome “Mário” tornou-se muito comum e largamente adotado a partir destes acontecimentos). (Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
TJL
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