domingo, 29 de janeiro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 30. JANEIRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


30 DE JANEIRO DE 2023 - Segunda-feira da 4ª semana do Tempo Comum

A Renovação Carismática Católica do Brasil promoveu uma emocionante Noite Carismática em homenagem ao Monsenhor Jonas Abib nesse sábado (28) durante o ENF 2023.  O momento especial começou com a exibição de um vídeo que trouxe testemunhos e marcantes falas do Monsenhor Jonas Abib em encontros com a RCC do Brasil.  Em seguida, Diácono Nelsinho Corrêa, da Comunidade Canção Nova, prosseguiu cantando músicas tão conhecidas na voz de Monsenhor Jonas.   Num momento de profunda inspiração, o Conselho Nacional foi todo ao palco e junto ao diácono e com os quase 10 mil carismáticos entoaram a célebre música "Não dá mais pra voltar".  Em seguida, Vinícius Simões, presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, falou sobre a importância do "sim" do Monsenhor na história do Movimento:  "Se estamos aqui hoje, é porque Monsenhor Jonas desbravou todos os cantos do Brasil e nos encorajou a sermos carismáticos!"   O presidente do Movimento ainda rendeu graças a Deus pela presença e vida da Comunidade Canção Nova, dizendo que a RCC os ama e ora sempre por todos seus membros.

Oração: Senhor Deus e nosso Pai, que sempre nos quer educar na Verdade, concedei-nos por intercessão de Santa Jacinta Marescotti a permanente coragem do arrependimento e conversão sinceras, a graça de resistir aos apelos do mundo, e a humildade de cumprirmos fielmente todas as nossas tarefas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria, Vossa Mãe, que em tudo foram obedientes a Vós. Amém.

Evangelho (Mc 5,1-20)

 Jesus e os discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. Logo que Jesus desceu do barco, um homem que tinha um espírito impuro saiu do meio dos túmulos e foi a seu encontro. Ele morava nos túmulos, e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. Muitas vezes tinha sido preso com grilhões e com correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava os grilhões, e ninguém conseguia dominá-lo. Dia e noite andava entre os túmulos e pelos morros, gritando e ferindo-se com pedras. Ao ver Jesus, de longe, o homem correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: «Que queres de mim, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Por Deus, não me atormentes!». Jesus, porém, disse-lhe: «Espírito impuro, sai deste homem!»- E perguntou-lhe: «Qual é o teu nome?» Ele respondeu: «Legião é meu nome, pois somos muitos». E suplicava-lhe para que não o expulsasse daquela região
Entretanto estava pastando, no morro, uma grande manada de porcos. Os espíritos impuros suplicaram então:«Manda-nos entrar nos porcos». Jesus permitiu. Eles saíram do homem e entraram nos porcos. E os porcos, uns dois mil, se precipitaram pelo despenhadeiro no mar e foram se afogando. Os que cuidavam deles fugiram e espalharam a notícia na cidade e no campo. As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. Chegaram onde estava Jesus e viram o possesso sentado, vestido e no seu perfeito juízo — aquele que tivera o Legião. E ficaram com medo. Os que tinham presenciado o fato explicavam-lhes o que havia acontecido com o possesso e com os porcos. Então, suplicaram Jesus para que fosse embora do território deles.
Enquanto Jesus entrava no barco, o homem que tinha sido possesso pediu para que o deixasse ir com ele. Jesus, porém, não permitiu, mas disse-lhe: «Vai para casa, para junto dos teus, e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti». O homem foi embora e começou a anunciar, na Decápole, tudo quanto Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

«Espírito impuro, sai deste homem!» - Rev. D. Ramon Octavi SÁNCHEZ i Valero(Viladecans, Barcelona, Espanha)

Hoje encontramos um fragmento do Evangelho que pode provocar o sorriso a mais de um. Imaginar-se uns dos mil porcos precipitando-se pelo monte abaixo, não deixa de ser uma imagem um pouco cômica. Mas a verdade é que a eles não lhes fez nenhuma graça, se enfadaram muito e lhe pediram a Jesus que se fora de seu território.
A atitude deles, mesmo que humanamente poderia parecer lógica, não deixa de ser francamente recriminável: prefeririam ter salvado seus porcos antes que a cura do endemoninhado. Isto é, antes os bens materiais, que nos proporcionam dinheiro e bem estar, que a vida em dignidade de um homem que não é dos “nossos”. Porque o que estava possuído por um espírito maligno só era uma pessoa que «Sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e nos montes, gritando e ferindo-se com pedras» (Mc 5,5).
Nos temos muitas vezes este perigo de apegar-nos ao que é nosso, e desesperar-nos quando perdemos aquilo que só é material. Assim, por exemplo, o camponês se desespera quando perde uma colheita mesmo tendo-a assegurada, ou o jogador de bolsa faz o mesmo quando suas ações perdem parte de seu valor. Em compensação, muitos poucos se desesperam vendo a fome ou a precariedade de tantos seres humanos, alguns dos quais vivem ao nosso lado.
Jesus sempre pôs em primeiro lugar as pessoas, mesmo antes que as leis e os poderosos de seu tempo. Mas nós, muitas vezes, pensamos só em nós mesmos e naquilo que acreditamos que nos traz felicidade, mesmo o egoísmo nunca traz felicidade. Como diria o bispo brasileiro Helder Câmara: «O egoísmo é a fonte mais infalível de infelicidade para si mesmo e para os que o rodeiam».
Pensamentos para o Evangelho de hoje: «É como se Jesus dissesse: Sai da minha casa, o que fazes na minha casa? Eu desejo entrar: Sai deste homem, desta morada preparada para mim» (São Clemente de Roma) «O cristão é alguém que carrega consigo um desejo profundo: o de encontrar o seu Senhor com os seus irmãos ... É isso que nos faz felizes!» (Francisco) «O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, torna necessária uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração que normalmente se realiza no quadro do sacramento da Reconciliação» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1856)

Santa Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarice, nasceu no ano de 1585, em Roma. Pertencia a uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção e o amor acima de tudo. Seus pais eram o príncipe Marco Antônio Marescotti e Otávia Orsini, os dois faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação. Educação Religiosa Ainda menina, foi enviada para um convento para a sua educação, numa escola franciscana. Sua irmã Inocência já era uma religiosa franciscana. Os pais desejavam para Clarice o mesmo caminho que a irmã seguia. No entanto, já moça, ela tinha o desejo de se casar e constituir sua família. Conheceu um jovem marquês por quem se apaixonou, mas coube-lhe o destino dele se casar com Ortênsia, sua irmã mais nova. Franciscana  à irmã o homem com quem ela queria se casar. Começou, então, a tomar outros caminhos para sua vida, entregando-se cada vez mais ao pecado. Desse modo, seu pai a enviou ao Mosteiro de São Bernardino, em Viterbo, onde ela havia estudado ainda pequena. Clarice não desanimou, recebeu o nome de Jacinta e submeteu-se ao hábito. Professou seu voto de castidade e tornou-se Terciária Franciscana, mas não fez os votos de pobreza, não abriu mão de suas roupas refinadas nem de uma moradia refinada.

Reflexão:  O que mais chama a atenção na vida de Santa Jacinta Marescotti é, naturalmente, a sua radical mudança de vida, da futilidade vazia à heroica caridade. Caminho difícil, sempre, mas deve-se lembrar que não é preciso esperar por situações trágicas que nos motivem a sermos santos, ainda que muitas vezes as tragédias sejam, talvez, um misericordioso último recurso de Deus para salvar uma alma, como aconteceu com ela. É preciso atenção para que a juventude, a beleza, as posses, a nobreza, enfim, boas coisas, não acabem se tornando ruins por nos afastarem de Deus, se as buscamos antes do que a Ele. Porém há um aspecto mais sutil da vida de Santa Jacinta, que deve também nos chamar a atenção. É o valor da fervorosa educação religiosa das crianças, que planta insuspeitas sementes, propícias a florescer mesmo muito depois e em circunstâncias adversas. Não fosse por estas boas raízes, talvez Jacinta nem entrasse no convento, correndo ainda maior risco na vida leviana do mundo, até e também na sua castidade. Mas foi com este pouco, esta “recordação espiritual”, que Deus trabalhou a sua alma, até a salvação. Não negligenciem os pais católicos de educar bem os filhos na Fé, pelo exemplo e pela palavra, pois não só esta vida depende deste cuidado, que é também obrigação.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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