Oração: Deus de amor, que por nós e com
o desejo de nos salvar Vos despojastes até mesmo do direito de Vos apresentar
na condição divina de Criador, assumindo a humanidade de simples criatura,
concedei-nos por intercessão e exemplo de Santa Margarida a graça e a sabedoria
de nos desapegarmos de tudo deste mundo, para que sem qualquer peso possamos
subir ao Céu, buscando somente a Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa
Senhora. Amém.
Evangelho (Mc 3,1-6)
Outra vez, Jesus entrou na sinagoga, e lá
estava um homem com a mão seca. Eles observavam se o curaria num dia de sábado,
a fim de acusá-lo. Jesus disse ao homem da mão seca: «Levanta-te! Vem para o
meio!» E perguntou-lhes: «Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou
fazer o mal, salvar uma vida ou matar?» Eles ficaram calados. Passando sobre
eles um olhar irado, e entristecido pela dureza de seus corações, disse ao
homem: «Estende a mão!» Ele estendeu a mão, que ficou curada. Saindo daí,
imediatamente os fariseus, com os herodianos, tomaram a decisão de eliminar
Jesus.
«Em dia de sábado, o que é permitido: fazer o bem ou fazer o mal, salvar uma vida ou matar?» - Rev. D. Joaquim MESEGUER García(Rubí, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus ensina-nos que há de obrar o bem o
tempo todo: não há um tempo para fazer o bem e outro para descuidar o amor aos
demais. O amor que vem de Deus conduz-nos à Lei suprema que deixou-nos Jesus no
novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» Jesus não derroga
nem critica a Lei de Moisés, já que Ele mesmo cumpre seus preceitos e acode à
sinagoga o sábado; o que Jesus critica é a interpretação estreita da Lei que
fizeram os mestres e os fariseus, uma interpretação que deixa pouco lugar à
misericórdia.
Jesus Cristo veio proclamar o Evangelho da salvação, mas seus adversários,
longe de deixar-se persuadir, procuram pretextos contra Ele; «Outra vez, Jesus
entrou na sinagoga, e lá estava um homem com a mão seca. Eles observavam se o
curaria num dia de sábado, a fim de acusá-lo» (Mc 3,1). Ao mesmo tempo que
vemos a ação da graça, constatamos a dureza do coração de uns homens orgulhosos
que acreditam ter a verdade do seu lado. Experimentaram alegria os fariseus ao
ver aquele pobre homem com a saúde restabelecida? Não, pelo contrário,
obcecaram-se ainda mais, até o ponto de fazer acordos com o herodianos —seus
inimigos naturais— para ver perder a Jesus, curiosa aliança!
Com sua ação, Jesus libera também o sábado das cadeias com as que o tinham amarrado
os mestres da Lei e os fariseus e, lhe restituem seu verdadeiro sentido: dia de
comunhão entre Deus e o homem, dia de liberação da escravidão, dia da salvação
das forças do mal. Santo Agostinho disse: «Quem tem a consciência em paz, está
tranquilo e, essa mesma tranquilidade é o sábado do coração». Em Jesus Cristo,
o sábado abre-se já o dom do domingo.
Margarida nasceu em Turoc, Hungria, em 1242, filha do rei Bela IV e da rainha Maria. Seus pais haviam feito um voto de consagração da filha ao Senhor, e criança ainda ela foi encaminhada para um convento dominicano em Vesprin. Em 1261 fez os votos definitivos, num outro convento da Ordem, construído pelo pai na ilha de Lebres, no rio Danúbio. Sua extraordinária devoção lhe mereceu comunicações particulares do Espírito Santo. De fato, Margarida destacou-se por uma vida de humildade e penitência incomuns. Dormia no chão, sobre uma pele rude, com uma pedra por travesseiro. Fazia questão de nada possuir, apesar da sua condição de princesa. Praticava uma especial devoção a Jesus Crucificado e à Eucaristia, chegando às lágrimas no momento da Comunhão: na véspera das Missas, alimentava-se somente de pão e água, passava a noite em oração, e no dia do Santo Sacrifício fazia jejum quase absoluto. Além disso, por amor a Cristo, amava especialmente também a Nossa Senhora, com rara piedade e fervor. Tratava as irmãs do convento com admirável doçura. Sem qualquer apego às coisas deste mundo, ansiava pelo momento de unir-se definitivamente a Deus, o que aconteceu após uma doença: faleceu em 18 de janeiro de 1271. Na sua sepultura, foram registradas graças e milagres, pelo que virou um local de peregrinação.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: É difícil
para um rico entrar no Reino dos Céus (cf. Mt 19,23), mas não impossível. Não é
a posse dos bens materiais que Jesus condena, mas o apego a eles. Santa
Margarida teve sua maior riqueza na fé, e nobreza verdadeira na alma, não
dependendo de mais nada para, já neste mundo, viver numa condição antecipada do
Paraíso. Se não temos a sua mesma vocação, nem por isso estamos autorizados a
deixar as coisas materiais, incluídos aí prazeres, prestígio, poder, etc.,
tomarem o lugar primordial que pertence a Deus, nesta passagem pela Terra.
Crescer no amor à Eucaristia, à Paixão de Jesus e à Nossa Senhora é caminho
certo de felicidade e realização, aqui e no futuro infinito.
TJL – A12.COM
– EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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