O Papa:
a família é o lugar que acolhe e cuida de todos, o ponto de partida
"Deus escuta as suas orações pela paz", disse Francisco na
manhã deste sábado, na Sala Paulo VI, às cerca de setecentas crianças e jovens
da Comunidade Papa João XXIII, fundada por dom Oreste Benzi. Em suas
"casas de família", quem não tem encontra um pai e uma mãe. - Manoel
Tavares – Vatican News
O Santo Padre recebeu, NA MANHÃ DE sábado, 14, no Vaticano, as
crianças e adolescentes que representam a maior parte da Comunidade Papa João
XXIII, fundada pelo sacerdote, conhecido como pe. Oreste Benzi.
Oração:
Ó Deus, que nunca abandonais os Vossos filhos,
mesmo nas mais difíceis provações, dai-nos a coragem e firmeza de São Marcelo I
na vida de Fé, para que não cedamos às pressões do mundo, e para que
arrependidos voltemos à comunhão Convosco se por acaso fraquejarmos; e concedei-nos
pela intercessão deste mesmo santo a diligência de nunca deixar de trabalhar
corretamente, para as necessidades da alma e do corpo, em quaisquer
circunstâncias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, que em tudo Vos
serviram com perfeição. Amém.
Evangelho (Mc 2,18-22):
Os discípulos de João e os
fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus: «Por que os
discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos
não jejuam?» Jesus respondeu: «Acaso os convidados do casamento podem jejuar
enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados
não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele
dia jejuarão.
»Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo
repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em
odres velhos, senão, o vinho arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os
odres. Mas, vinho novo em odres novos!»
«Acaso os convidados podem jejuar enquanto o noivo está com eles?» - Rev. D. Joaquim VILLANUEVA i Poll(Barcelona, Espanha)
Hoje, vemos como os judeus, além
do jejum prescrito para o Dia da Expiação (cf. Lev 16,29-34), observavam muitos
outros jejuns, tanto públicos como privados. Eram expressão de dor, de
penitência, de purificação, de preparação para uma festa ou uma missão, de
pedido a Deus de uma graça, etc. Os judeus piedosos consideravam o jejum como
um acto próprio da virtude da religião e algo muito grato a Deus: aquele que
jejua dirige-se a Deus em atitude de humildade, pede-lhe perdão, privando-se de
algo que, causando-lhe satisfação, o iria afastar d’Ele.
O facto de Jesus não incutir esta prática nos seus discípulos e naqueles que O
escutavam, surpreende os discípulos de João e os fariseus. Pensam que se trata
de uma omissão importante nos Seus ensinamentos. E Jesus dá-lhes uma razão
fundamental: «Podem por acaso os convidados do casamento jejuar enquanto o
noivo está com eles?» (Mc 2,19). Segundo a interpretação dos profetas de
Israel, o esposo é o próprio Deus, e é manifestação do amor de Deus pelos
homens (Israel é a esposa, nem sempre fiel, objecto do amor fiel do esposo,
Yaveh). Ou seja, Jesus equipara-se a Yaveh. Declara aqui a sua divindade: chama
aos seus amigos «os amigos do esposo», os que estão com Ele, e então não
precisam de jejuar porque não estão separados dele.
A Igreja permaneceu fiel a este ensinamento que, vindo dos profetas e sendo até
uma prática natural e espontânea em muitas religiões, é confirmado por Jesus
Cristo, que lhe dá um sentido novo: jejua no deserto como preparação para a Sua
vida pública, diz-nos que a oração se fortalece com o jejum, etc.
Entre aqueles que escutavam o Senhor, a maioria seria constituída por pobres,
que saberiam de remendos em roupas; haveria vindimadores que saberiam o que
acontece quando o vinho novo se deita em odres velhos. Jesus recorda-lhes que
têm de receber a Sua mensagem com espírito novo, que rompa o conformismo e a
rotina das almas envelhecidas, que o que Ele propõe não é mais uma
interpretação da Lei, mas uma vida nova.
Marcelo, de origem romana, era sacerdote, e assumiu a Cátedra de Pedro em 308, após um período de quatro anos de “vicatio”, isto é, sem Papa eleito. Neste período, de duríssimas perseguições aos cristãos sob o imperador Dioclesiano e depois Maxêncio, até os pagãos ficavam horrorizados com as crueldades, e o edito mais favorável aos fiéis incluía, “por especial doçura”, “somente a perda do olho direito e mutilação do pé esquerdo, com trabalho forçado nas minas”. Marcelo teve que lidar com a desordem na Igreja, agravada pela atuação de heréticos e dos “lapsis”, ou renegados, cristãos que haviam publicamente renunciado à Fé por causa das perseguições. Quanto a estes, muitos bispos do Oriente queriam a sua excomunhão sumária, particularmente dos que haviam sido do clero. Contudo, Marcelo, agindo de forma prudente e clemente, ainda que severa, optou por recebê-los de novo na comunhão da Igreja, após um período de penitência. Apesar das terríveis condições, conseguiu ele reorganizar as 25 paróquias de Roma. E também definiu que nenhum concílio poderia ser convocado sem autorização papal. Preso por ordem de Maxêncio, São Marcelo foi exilado e obrigado a trabalhar com os escravos no estábulo, em que fora transformada a sua própria igreja, dos cavalos do exército imperial. Por consequência de maus tratos, o Papa, mártir, faleceu em 16 de janeiro de 309.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)
Reflexão: Contrastante é, ainda hoje, a
“especial doçura” que os governos mundanos e ateus reservam aos católicos (e
outros), em muitas partes do globo, e a “severidade” de Deus e da Igreja para
com os pecadores. É sempre inevitável a constatação de que, em nome de “direitos
humanos” fundados em filosofias que excluem a Trindade e Maria Santíssima,
seres humanos são tratados pior que cavalos, enquanto que as sábias e salutares
medidas punitivas da Igreja são quando muito impedimento de recepção dos
Sacramentos ou afastamento, por excomunhão ou outro tipo de interdição, sempre
com a possibilidade de retorno à comunhão eclesiástica após um sincero
arrependimento – medidas que impedem, por um lado, profanações de fato
inadmissíveis, e por outro lado clamam à consciência para que esta se
arrependa. “Suave é o Meu jugo”, diz o Senhor Jesus (cf. Mt 11,30); é preciso
lembrar disso quando as propagandas se voltam para a crítica infundada à Igreja
e à exaltação de administrações mundanas das sociedades.
TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA
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