sábado, 14 de janeiro de 2023

BOM DIA EVANGELHO - 16. JANEIRO. 023

 

BOM DIA EVANGELHO


16 DE JANEIRO DE 2023 - Segunda-feira da 2ª semana do Tempo Comum

O Papa: a família é o lugar que acolhe e cuida de todos, o ponto de partida

"Deus escuta as suas orações pela paz", disse Francisco na manhã deste sábado, na Sala Paulo VI, às cerca de setecentas crianças e jovens da Comunidade Papa João XXIII, fundada por dom Oreste Benzi. Em suas "casas de família", quem não tem encontra um pai e uma mãe. - Manoel Tavares – Vatican News

O Santo Padre recebeu, NA MANHÃ DE sábado, 14, no Vaticano, as crianças e adolescentes que representam a maior parte da Comunidade Papa João XXIII, fundada pelo sacerdote, conhecido como pe. Oreste Benzi.

Oração:

Ó Deus, que nunca abandonais os Vossos filhos, mesmo nas mais difíceis provações, dai-nos a coragem e firmeza de São Marcelo I na vida de Fé, para que não cedamos às pressões do mundo, e para que arrependidos voltemos à comunhão Convosco se por acaso fraquejarmos; e concedei-nos pela intercessão deste mesmo santo a diligência de nunca deixar de trabalhar corretamente, para as necessidades da alma e do corpo, em quaisquer circunstâncias. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora, que em tudo Vos serviram com perfeição. Amém.

Evangelho (Mc 2,18-22):

 Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Vieram então perguntar a Jesus: «Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu: «Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão.
»Ninguém costura remendo de pano novo em roupa velha; senão, o remendo novo repuxa o pano velho, e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos, senão, o vinho arrebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. Mas, vinho novo em odres novos!»

«Acaso os convidados podem jejuar enquanto o noivo está com eles?» - Rev. D. Joaquim VILLANUEVA i Poll(Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos como os judeus, além do jejum prescrito para o Dia da Expiação (cf. Lev 16,29-34), observavam muitos outros jejuns, tanto públicos como privados. Eram expressão de dor, de penitência, de purificação, de preparação para uma festa ou uma missão, de pedido a Deus de uma graça, etc. Os judeus piedosos consideravam o jejum como um acto próprio da virtude da religião e algo muito grato a Deus: aquele que jejua dirige-se a Deus em atitude de humildade, pede-lhe perdão, privando-se de algo que, causando-lhe satisfação, o iria afastar d’Ele.
O facto de Jesus não incutir esta prática nos seus discípulos e naqueles que O escutavam, surpreende os discípulos de João e os fariseus. Pensam que se trata de uma omissão importante nos Seus ensinamentos. E Jesus dá-lhes uma razão fundamental: «Podem por acaso os convidados do casamento jejuar enquanto o noivo está com eles?» (Mc 2,19). Segundo a interpretação dos profetas de Israel, o esposo é o próprio Deus, e é manifestação do amor de Deus pelos homens (Israel é a esposa, nem sempre fiel, objecto do amor fiel do esposo, Yaveh). Ou seja, Jesus equipara-se a Yaveh. Declara aqui a sua divindade: chama aos seus amigos «os amigos do esposo», os que estão com Ele, e então não precisam de jejuar porque não estão separados dele.
A Igreja permaneceu fiel a este ensinamento que, vindo dos profetas e sendo até uma prática natural e espontânea em muitas religiões, é confirmado por Jesus Cristo, que lhe dá um sentido novo: jejua no deserto como preparação para a Sua vida pública, diz-nos que a oração se fortalece com o jejum, etc.
Entre aqueles que escutavam o Senhor, a maioria seria constituída por pobres, que saberiam de remendos em roupas; haveria vindimadores que saberiam o que acontece quando o vinho novo se deita em odres velhos. Jesus recorda-lhes que têm de receber a Sua mensagem com espírito novo, que rompa o conformismo e a rotina das almas envelhecidas, que o que Ele propõe não é mais uma interpretação da Lei, mas uma vida nova.

São Marcelo I

Marcelo, de origem romana, era sacerdote, e assumiu a Cátedra de Pedro em 308, após um período de quatro anos de “vicatio”, isto é, sem Papa eleito. Neste período, de duríssimas perseguições aos cristãos sob o imperador Dioclesiano e depois Maxêncio, até os pagãos ficavam horrorizados com as crueldades, e o edito mais favorável aos fiéis incluía, “por especial doçura”, “somente a perda do olho direito e mutilação do pé esquerdo, com trabalho forçado nas minas”. Marcelo teve que lidar com a desordem na Igreja, agravada pela atuação de heréticos e dos “lapsis”, ou renegados, cristãos que haviam publicamente renunciado à Fé por causa das perseguições. Quanto a estes, muitos bispos do Oriente queriam a sua excomunhão sumária, particularmente dos que haviam sido do clero. Contudo, Marcelo, agindo de forma prudente e clemente, ainda que severa, optou por recebê-los de novo na comunhão da Igreja, após um período de penitência. Apesar das terríveis condições, conseguiu ele reorganizar as 25 paróquias de Roma. E também definiu que nenhum concílio poderia ser convocado sem autorização papal. Preso por ordem de Maxêncio, São Marcelo foi exilado e obrigado a trabalhar com os escravos no estábulo, em que fora transformada a sua própria igreja, dos cavalos do exército imperial. Por consequência de maus tratos, o Papa, mártir, faleceu em 16 de janeiro de 309.(Colaboração: José Duarte de Barros Filho)

Reflexão: Contrastante é, ainda hoje, a “especial doçura” que os governos mundanos e ateus reservam aos católicos (e outros), em muitas partes do globo, e a “severidade” de Deus e da Igreja para com os pecadores. É sempre inevitável a constatação de que, em nome de “direitos humanos” fundados em filosofias que excluem a Trindade e Maria Santíssima, seres humanos são tratados pior que cavalos, enquanto que as sábias e salutares medidas punitivas da Igreja são quando muito impedimento de recepção dos Sacramentos ou afastamento, por excomunhão ou outro tipo de interdição, sempre com a possibilidade de retorno à comunhão eclesiástica após um sincero arrependimento – medidas que impedem, por um lado, profanações de fato inadmissíveis, e por outro lado clamam à consciência para que esta se arrependa. “Suave é o Meu jugo”, diz o Senhor Jesus (cf. Mt 11,30); é preciso lembrar disso quando as propagandas se voltam para a crítica infundada à Igreja e à exaltação de administrações mundanas das sociedades.

TJL – A12.COM – EVANGELI.NET – VATICANNEWS.VA

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