Muro de Berlim. Foto: Departamento de Defesa dos Estados Unidos - Domínio público / Retrato oficial de São João Paulo II. REDAÇÃO CENTRAL, 09 nov. 20 / 06:00 am (ACI).- Ao celebrar neste dia 9 de novembro os 31 anos da queda do Muro de Berlim, é importante recordar o papel fundamental de São João Paulo II na queda dos regimes totalitários comunistas na Europa Oriental. “Na verdade 50% da queda do muro está relacionada a João Pablo II, 30% à Solidariedade e Lech Walesa, e apenas 20% ao resto do mundo. Essa era a verdade naquela época e é a verdade agora”, afirmou Walesa em 2009. Walesa, líder político polonês e cofundador do partido Solidariedade, ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1983, devido aos seus esforços pela democracia e acabar com a tirania comunista em Polônia, sua terra natal. O Muro de Berlim começou a ser construído em 1961, mas os problemas remontam ao final da Segunda Guerra Mundial. Depois que terminou o regime nazista, os aliados dividiram o controle de Berlim, a capital da Alemanha, assim como o país: o lado oriental ficou nas mãos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e o lado ocidental sob o controle dos Estados Unidos, Reino Unido e França. Berlim ficou inteiramente dentro do lado soviético, mas dividida pela metade. O muro foi construído como um esforço do regime soviético para impedir a fuga do território que controlavam para o lado ocidental e democrático. Deste modo, a estrutura se tornou um símbolo da chamada “cortina de ferro” entre os países ocidentais e a URSS e seus países satélites. Mas, um ponto fundamental da queda do regime soviético ocorreu quando São João Paulo II foi eleito Papa, em outubro de 1978. Para Walesa, antes do pontificado de São João Paulo II, “o mundo estava dividido em dois blocos” e “ninguém sabia como se livrar do comunismo”. “Em Varsóvia (Polônia), em 1979, ele (São João Paulo II) simplesmente disse: ‘Não tenham medo’ e logo rezou: ‘Que o teu Espírito desça e mude a imagem da terra... desta terra’”. O movimento Solidariedade, sob a liderança de Walesa e a inspiração do Papa, chegou a aglomerar mais de um terço dos trabalhadores da Polônia e teve um papel fundamental no fim do comunismo nesse país, assim como no resto da URSS. Em um comentário póstumo pela morte de São João Paulo II em 2005, o historiador britânico Timothy Garton Ash, agnóstico liberal, indicou que, embora “ninguém possa provar de forma conclusiva que ele (São João Paulo II) foi a principal causa do fim do comunismo”, “as figuras mais importantes de todos os lados”, entre eles, o falecido ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, “estão de acordo que ele foi”. “Sem o Papa polonês, não haveria ocorrido uma revolução de Solidariedade na Polônia em 1980; sem Solidariedade, não teria acontecido nenhuma mudança dramática na política soviética em relação à Europa Oriental sob (Mikhail) Gorbachov; sem essa mudança, não teria ocorrido uma revolução em 1989”, na Checoslováquia. Em 9 de novembro de 1989, depois que as autoridades soviéticas permitiram a passagem do leste para o oeste de Berlim, começaram a demolir o muro. Em 1991, Mikhail Gorbachov dissolveu a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Um fragmento do Muro de Berlim é preservado no Santuário de Fátima, como símbolo de agradecimento à Virgem Maria por guiar “com carinho maternal” os povos “à liberdade”.
Evangelho (Lc 17,11-19)
Um dia, caminhando para Jerusalém, Jesus passava
entre a Samaria e a Galileia. Estava para entrar num povoado, quando dez
leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: «Jesus,
Mestre, tem compaixão de nós!» Ao vê-los, Jesus disse: «Ide apresentar-vos aos
sacerdotes».
Enquanto estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao
perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; prostrou-se
aos pés de Jesus e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus lhe
perguntou: «Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve
quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?» E disse-lhe:
«Levanta-te e vai! Tua fé te salvou».
«Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu» -P. Conrad J. MARTÍ i Martí OFM(Valldoreix, Barcelona, Espanha)
Hoje, Jesus passa perto de nós para nos fazer viver
a cena mencionada mais acima, com um ar realista, na pessoa de tantos
marginalizados como há na nossa sociedade, os quais se fixam nos cristãos para
encontrar neles a bondade e o amor de Jesus. Nos tempos do Senhor, os leprosos
formavam parte do estamento dos marginalizados. De fato, aqueles dez leprosos
foram ao encontro de Jesus na entrada de um povoado (cf. Lc 17,12), pois eles
não podiam entrar nos povoados, nem lhes estava permitido aproximar-se das pessoas
(«pararam a certa distância»).
Com um pouco de imaginação, pode cada um de nós reproduzir a imagem dos
marginalizados da sociedade, que têm nome como nós: imigrantes, drogados,
delinquentes, doentes de aids, desempregados, pobres... Jesus quer restabelecê-los,
remediar os seus sofrimentos, resolver os seus problemas; e pede-nos
colaboração de forma desinteressada, gratuita, eficaz... por amor.
Além disso, tornamos mais presente em cada um de nós a lição que dá Jesus.
Somos pecadores e necessitados de perdão, somos pobres que todo o esperam dele.
Seríamos capazes de dizer como o leproso «Jesus, Mestre, tem compaixão de mim»
(cf. Lc 17, 13) Sabemos recorrer a Jesus com uma oração profunda e confiante?
Imitamos o leproso curado, que volta a Jesus para lhe agradecer? De fato, só
«Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta
voz» (Lc 17,15). Jesus sente a falta dos outros nove: «Não foram dez os
curados? E os outros nove, onde estão?» (Lc 17,17). Santo Agostinho deixou a seguinte
sentença: «Graças a Deus`: não há nada que alguém possa dizer com maior
brevidade (...) nem fazer com maior utilidade que estas palavras». Portanto.
nós, como agradecemos a Jesus o grande dom da vida, a nossa e a da família; a
graça da fé, a santa Eucaristia, o perdão dos pecados...? Não acontece alguma
vez que não lhe agradecemos pela Eucaristia, apesar de participar
frequentemente nela? A Eucaristia é —não duvidemos— a nossa maior vivência de
cada dia.
Santo do Dia:São Martinho de Tours
Martinho
nasceu na Hungria por volta do ano 316 e pertencia a uma família pagã. Seu pai
era comandante do exército romano. Por curiosidade começou a freqüentar uma
Igreja cristã. Para evitar a conversão do filho, o pai o alistou no exército,
mas foi inútil. Martinho já tinha sido escolhido por Jesus para tornar-se um
homem santo.
Foi nessa época que ocorreu o famoso episódio do manto. Diz a história que
diante de um mendigo que passava frio, Martinho se comoveu e repartiu com ele
seu manto. Na mesma noite, Martinho teve um sonho no qual Jesus apareceu a ele
vestido com o manto doado. Foi o sinal para a conversão do jovem.
Fez-se batizar com 22 anos e tornou-se monge e discípulo de Santo Hilário. Mais
tarde, em 360, Martinho fundou uma comunidade de monges. Mas logo eram tantos
jovens religiosos que buscavam sua orientação, que Martinho construiu o primeiro
mosteiro da França.
Martinho liderou então a conversão de muitos e muitos habitantes da região
rural. Com seus monges ele visitava as aldeias pagãs, pregava o evangelho,
derrubava templos e ídolos e construía igrejas. Onde encontrava resistência
fundava um mosteiro, operando muitos prodígios em beneficio dos pobres e
doentes que tanto amparava.
Quando ficou vaga a diocese de Tours, em 371 o povo o aclamou para ser o Bispo.
Martinho aceitou, apesar de resistir no início. Mas não abandonou sua
peregrinação apostólica, visitava todas as paróquias, zelava pelo culto e não
desistiu de converter pagãos e exercer exemplarmente a caridade. Exerceu o
bispado por vinte e cinco anos, vindo a falecer em novembro de 397.(Colaboração:
Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Martinho despertou para a fé quando
ainda menino e depois, mesmo soldado da cavalaria do exército romano, jamais
abandonou os ensinamentos de Cristo. A sua vida foi uma verdadeira luta em
favor do cristianismo. Existem quatro mil igrejas dedicadas a ele na França, e
o seu nome é dado a milhares de localidades, povoados e vilas. "Senhor, se
o vosso povo precisa de mim, não vou fugir do trabalho. Seja feita a vossa
vontade" dizia Martinho, Bispo de Tours, aos oitenta e um anos de idade.
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