domingo, 15 de novembro de 2020

BOM DIA EVANGELHO - 16 DE NOVEMBRO DE 2020

 

BOM DIA EVANGELHO


16 DE NOVEMBRO DE 2020 
Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum

Foto referencial. Crédito: Pixabay.MOSSUL, 14 nov. 20 / 07:00 am (ACI).- Cerca de duzentas famílias de cristãos deslocados que fugiram de Mosul e da planície de Nínive (Iraque) há 6 anos devido à violência do Estado Islâmico (ISIS), estão prestes a retornar para suas casas.Em 11 de novembro, a agência vaticana Fides informou que o governador da província de Nínive, Najim al Jubouri, confirmou que cerca de noventa famílias cristãs já estão retornando a Mosul, no norte do Iraque, e estão recuperando a posse de suas casas, tanto no centro como no leste da cidade velha. As outras famílias, cerca de cem, fariam isso nas próximas semanas.As famílias deslocadas que retornam poderão ocupar suas casas novamente depois de que se restaurem as condições de segurança adequadas de suas moradias e os serviços urbanos necessários.Entre junho e agosto de 2014, centenas de milhares de cristãos foram forçados a fugir de Mosul e de grande parte da província de Nínive quando o território foi conquistado por milícias jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (ISIS).Durante esse tempo, o regime jihadista sujeitou os habitantes de ambos os territórios à rigorosa lei da sharia, que incluía conversões e casamentos forçados, execuções em massa, tráfico de seres humanos e venda de mulheres como escravas sexuais. Durante este período, terroristas muçulmanos também bombardearam igrejas e assassinaram sacerdotes.Segundo assinalou ACN em 2019, "em 2014 havia cerca de 15 mil fiéis de diferentes Igrejas na cidade [Mosul]: caldeus, siro-ortodoxos, siro-católicos e algumas famílias armênias". Explicou que o baixo número de habitantes também foi causado pela fuga de muitas pessoas em 2008, após o assassinato do então Arcebispo de Mosul, Dom Paul Faraj Rahho, e do Pe. Ragheed, fato que teve como consequência o fechamento de muitas igrejas caldeias.A situação provocou o êxodo de centenas de milhares de cristãos e outras minorias religiosas, que se refugiaram na região autônoma do Curdistão iraquiano e, em particular, nos subúrbios de Erbil, sua capital. Aqueles que não conseguiram fugir enfrentariam a morte se não concordassem em se converter ao Islã ou pagar uma taxa de submissão.Em 9 de julho de 2017, após três anos de combates envolvendo o exército iraquiano, as forças curdas e a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, Mosul foi declarado livre do controle do ISIS. Em setembro, as autoridades locais anunciaram o retorno de 1.400 famílias cristãs refugiadas às suas áreas de origem, principalmente localizadas na planície de Nínive.Embora o novo retorno de famílias cristãs deslocadas seja “um sinal reconfortante”, a maioria não parece ter qualquer intenção de voltar para casa, mas sim de permanecer alojada em Erbil, na região de Dohuk ou continuar morando no estrangeiro para onde conseguiram emigrar, afirma a Agência Fides.Para o Pe. Amanuel Adel Kloo, sacerdote que voltou a Mosul em 2017, as pessoas ainda resistem em voltar porque “ainda têm medo” por causa da violência que sofreram. “No entanto, quando a igreja e os outros edifícios estejam abertos, as pessoas se sentirão seguras... e muitas pessoas voltarão”, disse à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre em 2019.Desde abril deste ano, a Unesco iniciou os trabalhos de restauração da Igreja Dominicana de Nossa Senhora da Hora, cujo nome oficial é Al-Saa’a e é uma das mais emblemáticas para a comunidade cristã de Mosul. O projeto também inclui a restauração da catedral siro-católica de Tahera.“O primeiro passo após a ocupação do Estado Islâmico é restaurar a confiança. São pessoas de diferentes comunidades que estão redescobrindo, enquanto trabalham juntas, que amam, por exemplo, a mesma música”, disse o Pe. Oliver Poquillon à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em novembro. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

 Oração: Ó Senhor, que amaste santa Gertrudes com amor eterno, falando a seu coração, dá-me ouvidos para escutar a tua voz e fé para responder a teu chamado, com entrega comparável a essa apaixonada de tua sabedoria eterna. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Evangelho (Lc 18,35-43):

Naquele tempo, quando Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do caminho, pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe: «Jesus Nazareno está passando». O cego então gritou: «Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!» As pessoas que iam na frente mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: «Filho de Davi, tem compaixão de mim!» Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o cego. Quando ele chegou perto, Jesus perguntou: «Que queres que eu te faça?» O cego respondeu: «Senhor, que eu veja». Jesus disse: «Vê! A tua fé te salvou». No mesmo instante, o cego começou a enxergar de novo e foi seguindo Jesus, glorificando a Deus. Vendo isso, todo o povo deu glória a Deus».

«A tua fé te salvou» - Rev. D. Antoni CAROL i Hostench(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46) dá-nos toda uma lição de fé, manifestada com franca simplicidade perante Cristo. Quantas vezes nos seria útil repetir a mesma exclamação de Bartimeu!: «Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc 18,37). É tão proveitoso para a nossa alma sentir-nos indigentes! O fato é que o somos, mas, infelizmente, poucas vezes o reconhecemos de verdade. E..., claro está: fazemos o ridículo. São Paulo adverte-nos: «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?» (1Cor 4,7).
Bartimeu não tem vergonha de se sentir assim. Em não poucas ocasiões, a sociedade, a cultura do politicamente correto querem fazer-nos calar: com Bartimeu não o conseguiram. Ele não se encolheu. Apesar de o «mandarem ficar calado, (...) ele gritava mais ainda: Filho de Davi, tem compaixão de mim!» (Lc 18,39). Que maravilha! Apetece dizer: —Obrigado, Bartimeu, por esse exemplo.
E vale a pena fazê-lo como ele, porque Jesus ouve. E ouve sempre!, Por mais confusão que alguns organizem à nossa roda. A confiança simples -sem preconceitos- de Bartimeu desarma Jesus e rouba-lhe o coração: «Mandou que lhe trouxessem o cego e (...) perguntou-lhe: «Que queres que eu te faça?» (Lc 18,40-41). Perante tanta fé, Jesus não anda com rodeios! E Bartimeu também não: «Senhor, que eu veja!». (Lc 18,41). Dito e feito: «Vê! A tua fé te salvou» (Lc 18,42). Assim, pois, —a fé, se é forte, defende toda a casa— (Santo Ambrósio), quer dizer, tudo pode.
Ele é tudo; Ele dá-nos tudo. Então, que outra coisa podemos fazer perante Ele, se não lhe dar uma resposta de fé? E esta resposta de fé equivale a deixar-se encontrar por este Deus que —movido pelo afeto de Pai— nos procura sempre. Deus não se impõe, mas passa frequentemente muito perto de nós: aprendamos a lição de Bartimeu e ... Não o deixemos passar ao largo!

Santo do Dia:Santa Gertrudes

Nascida na Saxônia, em 1256, era filha de fervorosos pais cristãos. Aos cinco anos de idade foi entregue do mosteiro cisterciense de Helfa, onde cresceu adquirindo grande cultura cristã. Possuidora de grande carisma místico tornou-se religiosa consagrada.
Gertudres revelou-se como uma profunda mística. Sua vida contemplativa era sinal de perseverança para as outras religiosas. Aos vinte e cinco anos de idade teve a primeira das visões que, como ela mesma narrou, transformaram sua vida. Toda a sua rica experiência transcreveu e reuniu no livro "Mensageiro do Divino amor", talvez a mais importante obra cristã de teologia mística.
A união com Cristo vivo constitui a essência de suas aspirações e de suas experiências místicas. Este amor tão próximo à humanidade de Cristo levou-a a descobrir a devoção ao Sagrado Coração, constituindo-se numa das iniciadoras de seu culto. Mas para ela o coração significa “toda a pessoa do Verbo feio carne, que o desejo de união leva a atingir no seu coração, onde se encerra toda a virtude da divindade”.
Mais tarde foi eleita abadessa, cargo que exerceu até o fim de seus dias. Adoeceu e sofreu muitas dores físicas por mais de dez anos. Faleceu em 1302.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: A vida contemplativa foi a forma escolhida por Santa Gertrudes para dedicar-se a Deus. Versada em Sagradas Escrituras, devotava a maior parte de seu tempo à oração e à contemplação da paixão de Jesus e da eucaristia. Foi, sem dúvida, uma das grandes místicas de seu tempo.

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