Foto referencial. Crédito: Viktoria Sopokojna /
Unsplash. ALEPPO, 16 nov. 20 / 09:00 am (ACI).- Em declarações à
Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, o
bispo caldeu de Aleppo (Síria), Dom Antoine Audo, disse que a pandemia não se
compara ao bloqueio econômico que afunda a Síria na pobreza, e lembrou à
comunidade internacional que a guerra e a violência continuam. Segundo ACN, Dom
Audo viveu "em primeira pessoa os piores momentos da guerra na Síria
quando a cidade estava sitiada pelas tropas rebeldes e os bombardeios não
paravam dia e noite". Hoje, o conflito entrou em sua "fase
final" e, embora a guerra tenha se afastado de Aleppo, a população
"ainda precisa de ajuda para sobreviver". “A nova crise por
causa do coronavírus é um mal menor, se comparada ao bloqueio econômico do país
que sufoca a população síria na pobreza”, disse o Prelado à ACN. Dada a limitada
cobertura da mídia sobre a guerra na Síria, Dom Audo reafirmou que “a guerra
ainda não acabou, especialmente em Idlib, perto de Aleppo, e na região de
Jazira, no nordeste da Síria. A violência na parte norte afeta toda a Síria e o
povo sírio está mergulhado na miséria. Devido aos anos de
violência e destruição no país, o Prelado destacou que “a economia síria está
agora completamente destruída e o povo sírio brutalmente empobrecido”. Para o Prelado, a
comunidade internacional esqueceu-se da Síria, porque “as grandes potências
conseguiram o que procuravam, o enfraquecimento do estado sírio”. A este
respeito, lembrou “a exploração de petróleo pelos norte-americanos na região de
Jazira e o estabelecimento dos turcos no nosso país, em Idlib e na região de
Jazira”. Sobre o plano de
reconstrução da Síria, o Prelado disse que “a reconstrução avança timidamente”.
Explicou que esse avanço pode ser visto nas "lojas e zocos [mercado em uma
praça ou outro local ao ar livre dos países árabes] na cidade velha de Aleppo,
e também em algumas casas". Para Dom Audo, o
desenvolvimento da Síria está estagnado devido ao “grave problema de falta de
eletricidade e combustível”, que impede um verdadeiro início da economia e da
reconstrução. Sobre as
consequências da COVID-19 na vida dos sírios, o
Prelado disse que "a ameaça é contínua" devido à pobreza, mas que a
ajuda da ACN "que cobre até 70 por cento das cirurgias" impediu que
as consequências sejam mais graves. “Nossos hospitais
não têm equipamentos, realmente não temos meios de controle devido à pobreza
generalizada. Mas podemos dizer que, apesar de tudo, a epidemia poderia ter
sido muito pior”, afirmou. “Esta ajuda, pela
qual sou responsável em nome dos bispos católicos de
Aleppo, é muito importante porque permite ajudar frequentemente os cristãos a
realizarem cirurgias nos hospitais e somos muito agradecidos à ACN”,
acrescentou. Sobre as famílias cristãs
deslocadas pela guerra que estão retornando da Turquia, Líbano e outras regiões
para suas casas na Síria, Dom Audo explicou que “o retorno depende das regiões
e da situação econômica do país de origem”. “O atual retorno do
Líbano se deve à crise econômica. Em Aleppo não temos um fenômeno massivo de
retorno. Talvez haja mais no litoral”, destacou. Por fim, o Prelado
assegurou que continuarão fazendo todo o possível como Igreja Católica para
manter a sua presença entre as famílias cristãs agora e no futuro. “Prova disso é a
reconstrução de igrejas, casas e escolas em toda a Síria e principalmente em
Aleppo, também com a ajuda da fundação ACN. O nosso futuro, mesmo sendo
minoria, depende de sermos Igreja viva e fiel à graça recebida pelo batismo”, concluiu. Publicado
originalmente em ACI Prensa. Traduzido
e adaptado por Nathália Queiroz.
Oração: Pai de bondade e de amor, que escolhestes vosso servo Frediano para testemunhar a fé os povos, dai-nos seguir seus exemplos e viver com fidelidade nossa consagração batismal, levando aos homens e as mulheres vossa palavra de libertação.
Evangelho (Lc 19,11-28):
Naquele tempo, enquanto
estavam escutando, Jesus acrescentou uma parábola, porque estava perto de
Jerusalém e eles pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo. Disse: «Um
homem nobre partiu para um país distante, a fim de ser coroado rei e depois
voltar. Chamou então dez dos seus servos, entregou a cada um uma bolsa de
dinheiro e disse: Negociai com isto até que eu volte. Seus concidadãos, porém,
tinham aversão a ele e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: Não queremos
que esse homem reine sobre nós.
Mas o homem foi nomeado rei e voltou. Mandou chamar os servos, aos quais havia
dado o dinheiro, a fim de saber que negócios cada um havia feito. O primeiro
chegou e disse: Senhor, a quantia que me deste rendeu dez vezes mais. O homem
disse: Parabéns, servo bom. Como te mostraste fiel nesta mínima coisa, recebe o
governo de dez cidades. O segundo chegou e disse: Senhor, a quantia que me
deste rendeu cinco vezes mais. O homem disse também a este: Tu, recebe o
governo de cinco cidades. Chegou o outro servo e disse: Senhor, aqui está a
quantia que me deste: eu a guardei num lenço, pois eu tinha medo de ti, porque
és um homem severo. Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste. O
homem disse: Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca. Sabias que sou um
homem severo, que recebo o que não dei e colho o que não semeei. Então, por que
não depositaste meu dinheiro no banco? Ao chegar, eu o retiraria com juros.
Depois disse aos que estavam aí presentes: Tirai dele sua quantia e dai àquele
que fez render dez vezes mais. Os presentes disseram: Senhor, esse já tem dez
vezes a quantia! Ele respondeu: Eu vos digo: a todo aquele que tem, será dado,
mas àquele que não tem, até mesmo o que tem lhe será tirado. E quanto a esses
meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e
matai-os na minha frente».
Depois dessas palavras, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para
Jerusalém.
«Negociai com isto até que eu volte» -P. Pere SUÑER i Puig SJ(Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho propõe-nos a
parábola das minas: uma quantidade de dinheiro que aquele nobre repartiu entre
seus servos, antes de partir de viagem. Primeiro fixemo-nos na ocasião que
provoca a parábola de Jesus. Ele ia subindo para Jerusalém, onde o esperava a
paixão e a conseqüente ressurreição. Os discípulos «pensavam que o Reino de
Deus ia se manifestar logo» (Lc 19,11). É nessas circunstâncias que Jesus
propõe esta parábola. Com ela, Jesus ensina-nos que temos que fazer render os
dons e qualidades que Ele nos deu, isto é, que nos deixou a cada um. Não são
nossos de maneira que possamos fazer com eles o que queiramos. Ele deixou-nos
esses dons para que os façamos render. Os que fizeram render as minas - mais ou
menos - são louvados e premiados pelo seu Senhor. É o servo preguiçoso, que
guardou o dinheiro num lenço sem o fazer render, é o que é repreendido e
condenado.
O cristão, pois, tem que esperar,claro está, o regresso do seu Senhor, Jesus.
Mas com duas condições, se quer que o encontro seja amigável. A primeira
condição é que afaste a curiosidade doentia de querer saber a hora da solene e
vitoriosa volta do Senhor. Virá, diz em outro lugar, quando menos o pensemos.
Fora, por tanto, as especulações sobre isto! Esperamos com esperança, mas numa
espera confiada sem doentia curiosidade. A segunda condição, é que não percamos
o tempo. A esperança do encontro e do final gozoso não pode ser desculpa para
não tomarmos a sério o momento presente. Precisamente, porque a alegria e o
gozo do encontro final será tanto melhor quanto maior for a colaboração que
cada um tiver dado pela causa do reino na vida presente.
Não falta, também aqui, a grave advertência de Jesus aos que se revelam contra
Ele: «E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre
eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente» (Lc 19,27)
Frediano teria nascido na Irlanda, numa data desconhecida do século IV. Cristão e monge, o jovem saiu de sua terra natal como peregrino e estudante, com destino à Roma, onde viveu como ermitão. A sua vida austera, de trabalho, oração e penitência, somada à sabedoria e cultura, logo se fizeram evidentes. Assim sendo, o clero da região e o povo decidiram que Frediano era o cidadão mais indicado para ser Bispo. Foi eleito e consagrado Bispo de Luca, em 560. Conduziu o rebanho de sua diocese com muito zelo e caridade. Sempre cuidando dos pobres, era incansável, na busca de esmolas para construir asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. Utilizou toda a ciência que possuía sobre matemática, engenharia, agricultura e hidrografia, para ajudar a população. Uma das mais citadas de suas realizações foi o desvio do curso de um rio que comumente inundava a região. O Bispo Frediano morreu no dia 18 de março de 588. (Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)
Reflexão: Nossa Igreja ofereceu ilustres homens e mulheres
para a santificação da humanidade. Dentre eles, temos a figura de são Frediano,
eremita que foi reconhecido pela sua capacidade de administrar conflitos e
incentivar a proclamação da fé. Que o testemunho cristão deste santo
inspire-nos a viver fielmente nossa vocação missionária.
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– EVANGELI.NET
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