quinta-feira, 5 de novembro de 2020

bom dia evangelho - 6. novembro. 2020

 

BOM DIA EVANGELHO


06 DE NOVEMBRO DE 2020
Sexta-feira da 31ª semana do Tempo Comum

Klara Duha e crianças. Crédito: Facebook Klara Duha. JACARTA, 04 nov. 20 / 12:00 pm (ACI).- Por mais de uma década, a religiosa franciscana Klara Duha, de 65 anos, cuidou como uma mãe de mais de mil crianças abandonadas que sofrem de deficiência, hidrocefalia e desnutrição no orfanato Faomasi Santa Elisabeth, Nias, norte de Sumatra (Indonésia). Segundo UCA News, a maioria das crianças atendidas pela religiosa no orfanato foram rejeitadas por suas famílias e, inclusive, encontradas na lixeira, em outros casos suas mães eram doentes mentais ou divorciadas com baixos recursos econômicos. A religiosa contou a UCA News que desde jovem “sonhava em servir a humanidade”, mas “não sabia como fazê-lo”. Por isso, após terminar o ensino médio em sua cidade, seguiu seu chamado à vocação religiosa. No início, seus pais se opuseram à sua vocação e exigiram que ela cumprisse o dever de ajudá-los, já que ela era a segunda de dez irmãos. Anos depois, em 1977, a Irmã Klara ingressou na Congregação Franciscana com o apoio de seus pais e em 1988 professou os votos perpétuos. Muitos anos depois de ingressar na ordem e graças a uma experiência que a comoveu profundamente, a religiosa descobriu seu chamado para ajudar as crianças abandonadas. A irmã Klara contou que um dia encontrou um bebê de um mês que tinha hidrocefalia, doença causada por excesso de líquido acumulado no cérebro, cujos pais tinham vergonha de levar ao hospital e, inclusive, queriam jogá-la ao mar por causa de sua condição, pois consideravam “uma maldição”. A religiosa levou a bebê para o Hospital Santa Elisabeth, administrado pela congregação franciscana em Semarang, Java Central (Indonésia), para uma cirurgia. Depois que a menina foi curada, a irmã Klara a entregou aos seus pais, mas eles se recusaram a recebê-la devido à sua aparência “terrível”. Foi então que "decidi cuidar da menina sozinha", disse. Desde 2006, depois dessa experiência e vendo que “a criança era bem cuidada”, mais crianças foram confiadas à sua tutela por encaminhamento dos sacerdotes em cujas paróquias existiam crianças com deficiência e hidrocefalia. A freira aceitava ao ver que os pais dessas crianças eram "muito pobres". A irmã disse que também cuidava de crianças doentes nas aldeias locais. “Muitas crianças em Nias sofrem de hidrocefalia, lábio leporino e algumas estão paralisadas. Muitos pais afirmam que é uma maldição, por isso não cuidam de seus filhos”, explica. Embora no passado a religiosa tivesse a vontade de “construir uma clínica para ajudar os doentes em Nias”, logo percebeu que “muitos dos doentes eram crianças”, então “mudou de ideia e estabeleceu um orfanato para abrigá-los e tratá-las”. Hoje, a menina que salvou, chamada Noverdelina Duha, tem 14 anos e é uma das 85 menores de dois meses a 18 anos do orfanato Faomasi Santa Elisabeth, que ela fundou em 2008 com o apoio do Rotary Club. Do total de crianças, 60 frequentam escolas do ensino fundamental até o ensino superior. “Eu poderia ter morrido ou ter sido jogada ao mar por meus pais se não fosse pela irmã Klara. Eu sobrevivi graças ao amor dela”, disse Noverdelina, que atualmente está no ensino médio e ajuda a freira a cuidar e educar os menores do orfanato. Irmã Klara cumpre a missão que considera um presente de Deus através da Igreja sob o lema “Amar a Deus, amar ao próximo”. Desta frase nasceu o nome "Faomasi", que significa "amor" no idioma nias. O edifício de diferentes usos que dirige com o apoio de oito pessoas foi construído pelo Kompas, o maior jornal da Indonésia. Por causa de seu trabalho contínuo e paixão por cuidar de crianças abandonadas, a irmã Klara foi chamada de “anjo da guarda” das crianças de Sumatra. "Tenho compaixão delas. Simplesmente não posso permitir que crianças inocentes sofram ou sejam abandonadas. Devo salvá-las”, assinalou e expressou a sua tristeza porque as crianças não recebem a visita de seus familiares. Para a religiosa, cuidar deles é uma alegria transbordante, que vem “de uma vida de oração e da generosidade dos doadores”. Embora "ainda não tenha recebido nenhum apoio do governo local", "muitos católicos e organizações" apoiam financeiramente o orfanato. Explicou que ela só tem fé e vontade de ajudar as pessoas, e que Deus trabalha para colocar os meios. A este respeito, destacou o apoio de um médico alemão “que contribui todos os meses com o orfanato”. “Não tenho dúvidas na hora de aceitar as crianças”, disse. “Deus as traz a mim e devo ajudá-las. Várias pessoas disseram que estou louca porque me viram sem dinheiro, mas posso ajudar as crianças”, afirmou. “Sou tão pobre quanto as crianças, mas Deus motivou os doadores a ajudá-las. É um problema da humanidade com o qual todos devemos nos preocupar”, concluiu. Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

 Oração; Ó Senhor Deus, fazei que a exemplo dos santos saibamos apresentar-nos diante de Vós como uma oferenda agradável e pura, agora e na hora de nossa morte. Amém. São Leonardo de Noblac, rogai por nós.

Evangelho (Lc 16,1-8)

Naquele tempo, Jesus falou ainda aos discípulos: «Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: Que ouço dizer a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens. O administrador, então, começou a refletir: Meu senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Cavar, não tenho forças; mendigar, tenho vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração.
»Então chamou cada um dos que estavam devendo ao seu senhor. E perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? Ele respondeu: Cem barris de óleo! O administrador disse: Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve: cinqüenta! Depois perguntou a outro: E tu, quando deves? Ele respondeu: Cem sacas de trigo. O administrador disse: Pega tua conta e escreve: oitenta.
E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque agiu com esperteza. De fato, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz».

«Os filhos deste mundo são mais espertos (...) em seus negócios do que os filhos da luz.» -Mons. Salvador CRISTAU i Coll Obispo Auxiliar de Terrassa(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos apresenta uma questão surpreendente à primeira vista. Com efeito, diz o texto de São Lucas: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Evidentemente, não se nos propõe aqui que sejamos injustos em nossas relações, e menos ainda com o Senhor. Não se trata, não obstante, de um louvor à estafa que comete o administrador. O que Jesus manifesta com seu exemplo é una queixa pela habilidade em solucionar os assuntos deste mundo e a falta de verdadeiro engenho dos filhos da luz na construção do Reino de Deus: «E o proprietário admirou a astúcia do administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos da luz no trato com seus semelhantes» (Lc 16,8).
Tudo isso nos mostra - mais uma vez!- que o coração do homem continua tendo os mesmos limites e pobrezas de sempre. Na atualidade falamos de tráfico de influências, de corrupção, de enriquecimentos indevidos, de falsificação de documentos... Mais ou menos como na época de Jesus.
Mas a questão que tudo isto nos propõe é dupla: Por acaso pensamos que podemos enganar a Deus com nossas aparências, com nossa mediocridade como cristãos? E, ao falar de astúcia, teríamos também que falar de interesses. Estamos interessados realmente no Reino de Deus e sua justiça? É frequente a mediocridade em nossa resposta como filhos da luz? Jesus disse também que ali onde esteja nosso tesouro estará nosso coração (cf. Mt 6,21). Qual é nosso tesouro na vida? Devemos examinar nossos anelos para conhecer onde está nosso tesouro... Diz-nos Santo Agostinho: «Teu anelo contínuo é tua voz contínua. Se deixas de amar calará tua voz, calará teu desejo».
Talvez hoje, ante o Senhor, teremos que questionar qual deve ser nossa astúcia como filhos da luz, isto é, dizer nossa sinceridade nas relações com Deus e com nossos irmãos. «Na realidade, a vida é sempre uma opção: entre honestidade e desonestidade, entre fidelidade e infidelidade, entre bem e mal (...). Com efeito, diz Jesus: É preciso decidir-se» (Bento XVI).

Santo do Dia:São Leonardo de Noblac

Leonardo nasceu no ano 491 na província da Gália. Na juventude Leonardo não quis seguir a carreira das armas, preferindo viver ao lado do Bispo da região. Só mais tarde Leonardo decidiu ingressar num mosteiro para se dedicar somente à vida religiosa.
Mais tarde buscou o isolamento para meditar e viver sua fé na oração. Encontrou o lugar certo para isso num bosque afastado. Lá havia apenas uma casa tosca e simples que lhe servia de morada. Mas seu sossego durou pouco pois a cada dia crescia o número de pessoas que vinham atrás de seus conselhos, orações e consolo.
A história nos narra que o monge Leonardo auxiliou os trabalhos de parto da rainha Clotilde, esposa do rei Clodoveu. Como recompensa o rei doou aquelas terras à Leonardo, que ergueu um altar à Nossa Senhora e aos poucos se tornou uma intensa e fervorosa comunidade religiosa, culminando com a construção do mosteiro de Noblac.
Diz a tradição que o monge Leonardo, só deixava o mosteiro quando alguma missão o exigia, especialmente quando se tratava de resgatar e converter os pagãos encarcerados. O culto de Santo Leonardo de Noblac, uma das devoções mais antigas dos fieis franceses, se propagou em todo o mundo cristão e foi reconhecido pela Igreja.(Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR)

Reflexão: São Leonardo de Noblac é dos santos mais populares na Europa central. Diz um estudioso que em sua honra foram erigidas nada menos que seiscentas Igrejas e capelas. De nobre ascendência abraçou a vida solitária e distinguiu-se pela sua santidade e milagres. Manifestava uma virtude toda particular na libertação de cativos e prisioneiros.

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